O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, há um relatório e parecer da Comissão de Regimento e Mandatos para ser apreciado pela Assembleia.

Tem a palavra, para o ler. o Sr. Deputado Pinto da Silva.

O Sr. Pinto da Silva (PS): - Srs. Deputados, o relatório e parecer da Comissão de Regimento e Mandatos, são do seguinte teor:

Em reunião realizada no dia 7 de Maio de 1982. pelas 10 horas, foram apreciadas as seguintes substituições de deputados:

1 - Solicitadas pelo Partido do Centro Democrático Social:

Américo Maria Coelho Gomes de Sá (círculo eleitoral do Porto) por Manuel Eugénio Pimentel Cavaleiro Brandão (esta substituição é pedida para os próximos dias 10 e 17 de Maio corrente, inclusive).

João Lopes Porto (círculo eleitoral do Porto) por Manuel Eugénio Pimentel Cavaleiro Brandão (esta substituição é pedida para os próximos dias 18 a 24 de Maio corrente, inclusive).

Mário Gaioso Henriques (círculo eleitoral de Aveiro) por António Paulo Rolo (esta substituição é pedida para os próximos dias 10 e 11 de Maio corrente, inclusive).

2 - Solicitada pelo Partido Popular Monárquico:

António Borges de Carvalho (círculo eleitoral de Viseu) por João Mateus (esta substituição é pedida para os próximos dias 10 a 12 de Maio corrente, inclusive).

As substituições em causa são de admitir, uma vez que se encontram verificados os requisitos legais.

6 - O presente relatório foi aprovado por unanimidade dos deputados presentes que formaram maioria.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos passar à votação do presente relatório e parecer da Comissão de Regimento e Mandatos.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PPM. da UEDS e da UDP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Pacheco Mendes.

torre pentágona que existiu à porta do Castelo e que sempre foi conhecida por Torre de Hercules, na margem do Mondego também conhecida por Campo de Hercules. Nessa famosa Torre estava a seguinte inscrição Quinaria Turris Herculea Fundata Manu.

Outros pertendem que fossem os colimbrios, 308 anos antes de Cristo; outros afirmam que o seu primeiro nome foi Colimbriga e que fora fundada em Condeixa-a-Velha: e há mesmo quem assevere que Colimbria e Colimbriga são povoações diferentes. Seria Colimbria a Coimbra de hoje. Esta última tese alicerça-se nas afirmações de André de Resende e João Vaseu que dizem que no 8.º Concílio de Toledo, realizado em 652, aparecem dois bispos, cada um da sua Coimbra, porque na província Lusitana havia duas cidades com o mesmo nome. Esta tese encontra-se explicitada na Crónica de Espanha, capítulo 10.º Lá aparecem as referências aos Bispos Celindonius, Episcopus Colimbricensis e Sisebertus, Collibricensis Episcopus.

Se não fora complicada já esta tese. mais longe me levariam as considerações sobre Conimbriga fundada por um tal Brigo, rei de Espanha, em remotas eras. Poderíamos tecer ainda considerações sobre as palavras briga e conim, palavras celtas, ou sobre as palavras collis e imbrium. Mas deixemos isto para outra oportunidade e para especialistas da matéria. Agora fiquemos por estes maravilhosos documentos que nos permitiram navegar no campo das hipóteses históricas e embrenhemo-nos na história mais recente que nos trouxe aqui.

Coimbra foi uma cidade que nasceu de grandes convulsões e foi muitas vezes presa de invasões. Os selingos, os alanos, os suevos, os visigodos e os vândalos são exemplos. Há mesmo quem diga, com certa graça, que os vândalos ainda por lá se escondem. Teve uma relativa paz no reinado de Hermenerico, rei dos suevos, que governou a Lusitânia. Várias vezes mudou de dominador - desde os godos até à dominação moura de Al Boacem, alcaide, e até Allamah que foi vencido por Raimundo 1 de Leão, em 850.