manco, sobre um projecto que é insuficiente ou sobre um projecto que não pode merecer a nossa concordância, é evidente que teremos que nos. perder com comentários que são necessariamente negativos, teremos que versar posições e argumentações que não agradarão, nem hoje nem amanhã, ao Sr. Deputado Marcelo Curto.

Se, porventura, pudéssemos alargar e abstrair o sentido da discussão, talvez ela pudesse ganhar em profundidade e talvez fosse mais fácil alcançarmos um consenso. Mas quando se trata de um projecto como este é difícil convergirmos num resultado comum.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Marcelo Curto, se V. Ex.ª pretendesse responder a um protesto contra uma sua intervenção, mesmo que o Sr. Deputado não tivesse tempo, era evidente que eu lhe concederia a palavra. (Mas neste caso é o Sr. Deputado que pretende protestar quando não tem tempo. E se eu abrir esta excepção cria-se um precedente que depois todos os partidos têm direito de utilizar.

Talvez algum grupo parlamentar, pudesse; ceder tempo ao Sr. Deputado...

O Sr. Marcelo Curto (PS): - Sr. Presidente, embora eu não goste dei o fazer, tenho de invocar o direito de defesa, porque o Sr. Deputado Narana Coissoró não se coibiu dei provocar a bancada do PS mencionando...

O Sr. Presidente: -Sr. Deputado, para não perdermos mais tempo, tem V. Ex.ª a palavra para exercer o direito de defesa. Dispõe de 2 minutos.

internos do PS, que. nós não lhe admitimos e contra a qual, pela minha voz, protestamos veementemente. \

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Narana Coissoró.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Sr. Presidente, não pretendo contraprotestar, mas apenas- dar um esclarecimento.

Não tive qualquer intenção de provocar quem quer que fosse, pois a única coisa que disse -aliás, em tom laudatório, porque o Sr. Deputado Marcelo Curto é um dos líderes de uma facção muito prezada do PS, que se> chama a «esquerda laborista» - foi que este projecto vem desta facção, foi que eu até o achava generoso e que esta projecto está ligado a outros 3 ou 4 projectos anteriores. Não tive qualquer outra intenção senão a de lhe prestar homenagem.

Mas se prestar homenagem à «esquerda laborista» é provocar o PS, isso é com ele, não é comigo!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Amaral.

O Sr. Rui Amarai (PSD):- Sr. Presidente, antes de iniciar a minha intervenção eu desejava que V. Ex.ª me informasse sobre qual é o tempo de que disponho.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, V. Ex.ª dispõe de 5 minutos.

O Sr. Rui Amaral (PSD): - Sr. Presidente, então, tenho que regressar à questão que foi levantada no princípio.

Na verdade, pela minha voz, nós demos o nosso consenso a que o problema ...

O Sr. Presidente: - Desculpe-me, Sr. Deputado, mas não há qualquer consenso nesse sentido.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: -Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Penso que esta situação não é propriamente a de um Sr. Deputado que levanta um problema.

Penso que estamos perante um acordo entre os grupos parlamentares, acordo esse que se estabeleceu numa reunião de líderes. É, naturalmente, nós estamos habituados a que esses acordos se cumpram.

Se há efectivamente uma vontade de alterar esses acordos, penso que essa iniciativa deve partir das direcções dos grupos parlamentares, propondo novos tempos e não reiniciando a discussão ou aplicando o Regimento.

Penso que estamos a entrar numa posição que não é correcta!

Nós até estamos dispostos a rediscutir o assunto, deve ser discutido na sede própria e aí é que haverá,