E se V. Ex.ª não tem conhecimento disso procure informar-se.
Ainda em relação às associações de deficientes, o Sr. Deputado vem para aqui com referenciais, à Associação de Deficientes das Forças Armadas, imas foi pena que nenhum dos elementos do seu grupo parlamentar tenha assistido a um colóquio que se realizou a semana passada na Associação de Deficientes dias Forças Armadas, para o qual foram convidados todos os grupos parlamentares e onde eu estive presente. E foi uma pena que não tivesse lá ido porque» então teriam ouvido os deficientes dias Forças Aramadas falar e veriam que conotação tem essa Associação com o Partido Comunista Português.
O Sr. Silva Marques (PSD): - Já não tem! Estão a pender implantação.
O Orador: - Não tem, nem nunca teve. De maneira que o Sr. Deputado está completamente enganado acerca das associações de deficientes.
Vozes do PCP: - Muito bem!
O Sr. Presidente: - Paira contraprotestar, tem a palavra o Sr. Deputado Lemos Damião.
O Sr. Lemos Damião (PSD): - Sr. Presidente, Sr». Deputados: Muito rapidamente, direi ao Sr. Deputado e meu amigo César Oliveira que, ide facto, aquilo que ele disse ma parece ser mesmo uma deficiência dia parte daqueles que a toda a hora estão a apelar contra aquilo que é natural, contra a maioria sociológica deste paus. É que, afectivamente, nós somos poder com toda a legitimidade, e contra isso, Santo António, não há nada a fazer!...
O Sr. César Oliveira (UEDS): - Pelo contrário, Sr. Deputado. Isso só será assim até às .próximas eleições.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Ou antes!
O Orador: - Certo, Sr. Deputado até às próximas eleições, que estão longe, mas que, por outro lado, vão reforçar precisamente a nossa posição, V. Ex.ª vai ver.
Risos do PCP.
Quanto às moções de censura de muitos militantes nossos,, referiu-se ao Sr. Ministro Rebelo de Sousa. Ora, ele está aqui e não precisa que seja eu a defendê-lo. Mas o que é certo, Sr. Deputado, é que V. Ex.ª não pode analisar qual é a felicidade que tem um militante de um partido democrático transparente como este, que fala livremente e expõe claramente o seu raciocínio.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Ah, agora são o PDT? Agora são o partido democrático transparente?...
O Orador: - Não foi por isso que o Governo não caiu nem é por isso que vai cair; não é por isso que o Primeiro-Ministro é melhor ou pior não é por isso
que o Presidente do meu partido vai deixar de ser presidente do meu partido. Não é por nada disso, Sr. Deputado.
Felizmente nós estamos de boa saúde - como vê! Continuamos a crescer, a nossa implantação aumenta em todo o País, é palpável, visível, etc.
Aplausos de alguns deputados do PSD.
Risos do PCP.
Sr. Deputado Vidigal Amaro, agora vou dizer-lhe uma coisa que me vai na alma e que lhe digo com espontaneidade porque é aquilo que sinto sinceramente.
Admiro-me muito, Sr. Deputado, quando vejo que o PCP toma iniciativas para levar atrás de si os trabalhadores para a sua luta. Para deitar o Governo abaixo fazem marchas de silêncio, fazem marchas de desempregados, levam os trabalhadores para a greve, mas eu nunca o vi o Partido Comunista Português tomar iniciativas para resolver os problemas dos deficientes. Todavia, se proventura algum dia tomar essas iniciativas e nós as aceitarmos como acções para bem dos deficientes, nós próprios seremos capazes de acompanhá-los nessas acções. Mas isso VV. Ex.ª s não fazem. São só palavras e de palavras estão os deficientes cheios. O que eles querem é obras, actos concretos, que é aquilo que este governo lhes está a dar, que o Secretário Nacional de Reabilitação lhes vai dar e que nós, com a nossa cobertura, nos empenharemos em dar-lhes.
Foi isto que eu disse na minha intervenção e está dito.
Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Vidigal Amaro.
a orgânica do Secretariado Nacional de Reabilitação, mas foi lançada luz sobre o obscuro processo que conduziu à revogação do anterior estatuto do Secretariado Nacional e ficaram expostos os seus responsáveis.
Quanto à maior operacionalidade, o que ficou provado foi que o Secretariado Nacional de Reabilitação tem apresentado propostas e recomendações só não convertidas em diplomas legais por falta de vontade política do Governo.