vermos a UDP crescer maioritariamente nesta Assembleia.

Risos do CDS.

Se a Câmara não vê nenhum inconveniente, eu aproveitava para responder às perguntas do Sr. Deputado Rocha de Almeida devido a não o ter feito há pouco, por lapso.

Sr. Deputado, nós não enjeitamos as responsabilidades que assumimos enquanto estivemos e estamos no Governo. Não foi o contrário que eu disse, mas sim que pertencemos a governos em posição minoritária - de acordo com os resultados eleitorais -, e não teci, a respeito desta matéria, nenhum juízo de valor, fiz apenas uma constatação e não a tentativa - longe de mim tal ideia...

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - Dá-me licença que o interrompa, Sr. Deputado?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - Sr. Deputado, sei que da parte de V. Ex.ª só por um descuido é que não tinha respondido às minhas perguntas, embora tivesse no pleno direito não o fazer.

A minha intervenção só teve uma única finalidade: assisti, aquando da intervenção última do meu companheiro de bancada deputado Fernando Condesso, a um desassossego muito grande por ele ter emitido aqui uma opinião pessoal.

Vozes do PCP e da UDP: - Pessoal?!

O Orador: - V. Ex.ª vem agora defender essa posição ao dizer que todo e qualquer deputado tem o direito a intervir aqui como quer, porque de outra forma entrávamos num processo de intenções onde tínhamos de fazer o juízo de cada afirmação, de cada pessoa, de cada política deste país. Ainda bem que é assim, ainda bem que cada um se responsabiliza pelas suas afirmações.

Não há direito que as bancadas reajam de uma forma extemporânea, muitas vezes sem perceberem ou terem a preocupação de saber o que se quer dizer, sem terem a preocupação de saber qual a intenção que preside às afirmações de cada um.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Essa é boa!

O Orador: - Sr. Deputado, como vê estamos calmos, agradeço-lhe o seu esclarecimento, não estamos aqui para contrariar posições assumidas em declarações políticas que, em todo o caso, são sempre diferentes de opiniões pessoais que não sejam feitas sob a forma dessa figura...

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Deputado, dá-me licença?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - O Sr. Deputado disse que eu ataquei mais um do que o outro, mas a verdade é que ataquei os dois ao mesmo tempo e pelas mesmas

razões, ou seja, pela circunstância de existir um governo AD durante tanto tempo, de se manter, de persistir, contra os interesses e a vontade do povo expressa das mais variadas maneiras, e que vão desde a vontade eleitoral até à luta na rua.

Ambos contribuíram para esta situação de degradação total das condições de vida do nosso povo.

O Orador: - Tem toda a razão, Sr. Deputado. Não há dúvida que V. Ex.ª, como fala aqui em nome do povo, vai fazer falta na futura Assembleia da República se, por acaso, o seu partido não conseguir eleger ao menos 1 deputado.

O Sr. Deputado consegue representar, ser o instrumento e o porta-voz dos interesses do povo português! Já o sabíamos há muito tempo!

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Pela primeira vez estou de acordo com V. Ex.ª!

O Sr. Silva Marques (PSD): - Vai ser substituído, cometeu muitos erros!

O Sr. Sanches Osório (Indep.): - Prescindo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Em relação à declaração política do Sr. Deputado Carlos Brito, havia pedidos de palavra dos Srs. Deputados Borges de Carvalho e Silva Marques. Os Srs. Deputados mantêm os pedidos de palavra?

O Sr. Silva Marques (PSD): - Prescindo, Sr. Presidente.

O Sr. Borges de Carvalho (PPM): - Prescindo também, Sr. Presidente.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Prescindo, Sr. Presidente.