relação às afirmações que faz sobre a actuação do Governo Regional, passando de certo modo um atestado de menoridade ao povo madeirense.

Lembrar-lhe-ia só o seguinte, Sr. Deputado: se acha que o Partido Social-Democrata e o Governo social-democrata da Madeira está a fazer tanto e tão mal ao povo madeirense, se está, realmente, a desbaratar os dinheiros públicos, se não trabalha nada, se nada aparece, se há despotismo pessoal, se tudo está mal, porque razão continua o eleitorado madeirense a dar o seu aval, cada vez mais substancial, à actuação do Partido Social-Democrata, e porque razão o Partido Socialista cada vez diminui mais o seu peso eleitoral - temos eleições autárquicas à porta, vamos ver como é que as coisas correm!...

Vozeado PSD: - Muito bem!

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - Para contraprotestar, tem a palavra o Sr. Deputado António Loja.

O Sr. António Loja (PS): - Apenas para corrigir determinadas afirmações que aqui foram feitas.

Protesto contra o facto de a Sr.ª Deputada pretender insinuar, nesta Assembleia, que fui filiado no Partido Social-Democrata. Nunca o fui! Estive na bancada do PSD - como muito bem sabe - a título de independente, tal como estou nesta bancada. Sabe, perfeitamente, que pertenço a outro partido.

Protestos do PSD.

Uma voz do PSD: - É politicamente despersonalizado!

O Orador: - Esclarecido este ponto, V. Ex.ª disse que se espantava que, estando eu aqui há escassas 2 semanas, ainda não tivesse falado. Espanto-me muito mais que os deputados da Madeira do Partido Social-Democrata, que estão aqui há anos, falem tão pouco.

O Sr. António Arnaut (PS): - Muito bem!

Vozes do PS: - Muito bem!

Protestos do PSD.

Central não poderá continuar a avalisar esses absurdos e irresponsáveis empréstimos.

Quanto às perspectivas que tenha o Partido Socialista, deixo-as a este partido. No entanto, devo dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que não iniciámos ainda a campanha para as autárquicas e parece-me que V. Ex.ª está na disposição de o fazer.

Aplausos do PS e da ASDI.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado António Moniz.

O Sr. António Moniz (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sempre foi afirmado pelo Partido Popular Monárquico que o êxito de qualquer política agrícola não reside apenas na introdução de regras inovadoras e pragmáticas, numa perspectiva meramente técnica ou apenas económica, mas sim na participação do homem do campo nas transformações que se lhes propõem.

E essas transformações não serão levadas a cabo, enquanto se continuar a tratar os agricultores como os eternos páreas da nossa comunidade, as sucessivas administrações encolhendo os ombros de resignação ao fatalismo que há muitas décadas caiu sobre as já marterizadas gerações e gerações dos que vivem da agricultura e que não têm direito a férias, nem a subsídios, nem auferem a justa retribuição do seu trabalho de sol a sol, o justo lucro do palmo de terra que herdaram, arrendaram ou compraram com o suor do rosto e o justo juro pelos riscos que sempre correm quando enfrentam o acaso dos vendavais, granizes e seca

Os agricultores, com o aumento do gasóleo, dos pesticidas e dos adubos, fazem continuamente maravilhas de equilíbrio económico para sobreviver, depauperando involuntariamente a economia nacional, pois são forçados a dispensar o pessoal necessário às suas explorações, a reduzir as rações ao gado, a poupar nas