O Orador: - Como, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Peço-lhe o favor de ser breve, Sr. Deputado

oportuno. As respostas, pelo exemplo que já nos deu, penso que continuaremos a aguardá-las para além deste debate. Com efeito, já não tenho quaisquer esperanças que ainda venha a dá-las no decurso dele.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Secretário de Estado, há mais deputados inscritos para pedirem esclarecimentos a V. Ex.ª Deseja responder imediatamente ou aguarda que lhe sejam formuladas as restantes perguntas?

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro: - Respondo já, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro: - Diz o Sr. Deputado Lopes Cardoso que eu não o desiludi. Mas. o Sr. Deputado Lopes Cardoso desiludiu-me...

Risos da UEDS.

O Orador: - ...e desiludiu-me em primeiro lugar porque a sua interpelação respeitava à comunicação social em geral e à ANOP em particular.

O Sr. José Vitorino (UEDS): - Esse é um argumento fácil!

O Orador: - E, sintomaticamente, foi esquecida a interpelação no que diz respeito à política de comunicação social em geral.

O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Espere aí, não se afogue!

O Orador: - Ora, por parte do Governo, é um sintoma positivo registar isso.

O Sr. António Vitorino (UEDS): - Não foi só isso!

O Orador: - Mas desiludiu-me mais, porque cingindo-se à ANOP, e pelas perguntas que formulou, parece não conhecer alguns aspectos fundamentais desse mesmo processo.

O Sr. José Vitorino (UEDS): - É falso, mas não faz mal!

O Orador: - Em primeiro lugar, quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que o Governo não confunde os meios com os fins. E quando o Governo no seu programa diz que deverá estabelecer um contrato-programa com a agência noticiosa para que ela possa servir o País junto das comunidades da língua portuguesa e junto das regiões...

Uma voz do PS: - Não é isso!

O Orador: - ... é porque a ANOP pode servir esse fim, se se desenvolver para esses vectores fundamentais.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, como sabem, o Regimento não permite que se estabeleça diálogo.

O Sr. José Vitorino (UEDS): - Mas pode-se interromper sempre que quiser!

receitas da agência.

Havia, porém, uma condição primeira que se impunha por parte dessas empresas, designadamente, as estatizadas arquem se podia impor, no imediato, esta solução. É que algumas delas, acabadas de sair da situação económica difícil, exigiam que, perante esse sacrifício que lhes era imposto, e aos trabalhadores das mesmas, a agência aceitasse, também, ser colocada em situação económica difícil.

Sr. Deputado Lopes Cardoso, nem o conselho de gerência nem os directores da agência e esses já o