última reunião de Bruxelas e a participação que nela teve o Sr. Ministro das Finanças, realmente era credível.

Quanto às posições do Sr. Primeiro-Ministro nesta matéria - e apreciar o que faz o Sr. Primeiro-Ministro é privilégio desta Câmara -, elas têm sido, também, oscilantes. Desde ameaças contundentes, até declarações de namoro e de satisfação quando por cá passam os seus amigos da Internacional Socialista, tudo tem acontecido nesta matéria, sendo vários os sentidos das declarações do Sr. Primeiro-Ministro.

Protestos do PS.

O Sr. José Lello (PS): - A Sr.ª Tatcher é membro da Internacional Socialista?!...

O Orador: - Sr. Deputado José Lello, quer esclarecer-me a que partido pertence a Sr.ª Tatcher? Bom, isso não preciso. No entanto, faço é votos para que ela constitua um exemplo vivo e permanente do Sr. Primeiro-Ministro.

Vozes do CDS: - Muito bem!

permita que lhe chame a atenção para o facto.

É claro que de deficiências estruturais da nossa economia falei eu. Nessa matéria - e isto resume praticamente o conteúdo de todos os protestos - eu interrogo-me: então, o Governo propôs-se governar com uma maioria que o sustentava folgadamente pelo período da legislatura para atacar os problemas da estrutura ou não?

O Sr. José Lello (PS): - Mas são 4 anos!

do Sr. Deputado José Lello ou se é dos outros, não sei se é dos da Suíça ou não - que disse que «a carteira de encomendas está no zero, não temos crédito, não temos perspectivas, não sabemos quais são os sectores da nossa economia que o Estado tenciona incluir num plano de relançamento estrutural, não sabemos nada; estamos numa total ignorância de tudo e isso nos conduz muito frequentemente, à impossibilidade de pagar salários», é preciso consciencializarmo-nos de que a impossibilidade de pagar salários reside muitas e as mais das vezes nessa circunstância. Ora, essa é a obrigação do Governo, pois não pode continuar a deixar passar o tempo ao abrigo de programas de equilíbrio conjuntural, dos quais também não nos dá contas nem resultados, não atacando este problema nem abrindo perspectivas aos agentes económicos.

É esse o sentido da minha crítica.

Finalmente, numa questão muito concreta do Sr. Deputado Corregedor da Fonseca que me pergunta se concordamos com aquil nós isso não constitui problema, porque nós temos um norte, temos princípios e, por isso, podemos votar sempre de acordo com eles, sejam quais forem as coincidências conjunturais do nosso voto.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado Carlos Lage, nós não andamos a coscuvilhar coisa nenhuma. Agora o que nos é difícil é tapar os ouvidos e os olhos, não ler nem ouvir notícias, não perceber o que se passa, mesmo aqui, nesta Câmara. Se VV. Ex.ªs perceberam que o Sr. Deputado Luís Beiroco teve uma divergência com o