muito mais baixo do que aquele que está a ser proposto neste momento da revisão do Regimento.
Para finalizar, faço o apelo a todos os democratas, para que não vacilem em defender a democracia, em defender as regras ou a revisão das regras que conduzem à consolidação da democracia, à eficácia do Parlamento, ao rigor dos seus debates - que implica preparação e tempo.
O Sr. José Magalhães (PCP): - Agora é que vai ser!
O Orador: - Não e a presença de muitos deputados que alarga o debate. Pelo contrário, prejudica o seu rigor -, a frontalidade da contradita ...
O Sr. José Magalhães (PCP): - Bufos?!
O Sr. José Magalhães (PCP): - Para trás?
O Orador: - ..., na medida em que também entendemos que não devemos passar de uma situação claramente inadequada para uma posição corripletamente diferente, porque julgamos que, por uma questão de princípio e de método, será bom uma passagem gradua! da posição que é inteiramente inaceitável relativamente àquilo que nós pensamos ser uma posição melhor: a de um quórum ainda mais baixo. Digo isto não só pelas razões que já apresentámos mas também por comparação com os exemplos das democracias consolidadas.
Vozes do PCP: - Sem quórum!
A Sr.ª Ilda Figueiredo (PCP): - A Assembleia sem deputados!
O Orador: - Para terminar, queria apenas dizer ao Sr. Deputado José Magalhães, que disse que esta alteração seria um erro histórico.
O Sr. José Magalhães (PCP): - Não é um erro; é uma deliberada actuação política de que hão-de pagar historicamente.
O Orador: - Isso já é uma segunda versão da afirmação proferida antes. Reporto-me à primeira, a de que esta alteração seria um erro histórico. Sobre isso, dir-lhe-ei que erro histórico foi o secretário-geral do seu partido ter afirmado que jamais haveria democracia parlamentar no nosso país.
Aplausos cio PSD, tio CDS e de alguns deputados do PS.
Enganou-se! Isso foi um erro histórico.
Mas um outro erro histórico foi o facto de, tendo o seu secretário-geral afirmado isso, jamais ter sido demitido.
E um outro erro histórico, porque quando o responsável político superior se engana deve ser demitido. Não o fizeram. Foi um grave erro histórico.
O Sr. José Magalhães (PCP): - Aplique isso ao Mota Pinto!
O Orador: - Mas pior que isso e o facto de, para alem de o vosso secretário-geral ter feito essa afirmação - que se verificou ler sido um grave erro histórico -, para alem do facto de o vosso secretário-geral continuar ainda hoje a ser secretário-geral, haver ainda um outro terceiro erro histórico.
O Sr. José Manuel Mendes (PCP): - E o quarto?
O Orador: - Eu diria, maior do que os 2 primeiros, se é possível! É que o vosso partido é hoje, na Europa Ocidental, o único partido comunista que não acompanhou a história.
Risos do PCP.
Por isso, para além da vossa ideia de democracia, para além do vosso secretário-geral, os Srs. Deputados e o vosso partido são hoje o mais clamoroso erro histórico.
Aplausos do PSD, do PS e do CDS.
Vozes do PCP: - É uma aberração da natureza! É muito sincero!
O Sr. José Manuel Mendes (PCP): - Isto e que é um penedo!
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Para que efeito está a pedir a palavra. Sr.ª Deputada?
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Para um brevíssimo protesto, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra. Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Sr. Deputado Silva Marques, creio que não vale a pena desmentir ou reafirmar aqui o que disse ou não disse o secretário-geral do meu partido, porque se há pessoa que não pode revogar o que disse no passado - e que a história veio a desmentir ...
Vozes do PCP: - Muito bem!
A Oradora: - ...- é o Sr. Deputado.
Ainda me lembro dos seus escritos para aquela «folhinha» cor-de-rosa do Funchal em que apelava à acção armada. E «já»!
Risos do PCP.
Não antes nem depois: «já e à bomba»!; em que nos falava das maravilhas do maoismo, da China, nos acusava de revisionistas, de desvios de direita, etc..