defesa de um Secretário de Estado que foi aqui acusado por uma forma que considero perfeitamente inadmissível. Assim, sinto ser meu dever proferir algumas breves palavras a esse respeito.

O Sr. Presidente: - Dar-lhe-ei a palavra em seguida, Sr. Ministro.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, queria fazer uma pergunta muito simples à Mesa, que é a seguinte: qual e o tempo de que dispõe o meu grupo parlamentar?

O Sr. Presidente: - O seu grupo parlamentar dispõe de 15 minutos.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, queria também interpelar a Mesa no sentido de pedir que fossem feitos agora todos os pedidos de esclarecimento, protestos e outras intervenções que solicitem uma resposta minha, que eu tentarei responder no mais breve espaço de tempo possível porque tenho que reservar tempo para a intervenção de encerramento, que terá lugar amanhã.

O Sr. Presidente: - Deseja responder no fim, não é, Sr. Deputado?

O Sr. João Amaral (PCP): - Sim, Sr. Presidente.

Pausa.

Estão-me aqui a dizer que o CDS já teve mais 3 minutos para direito de defesa e eu peço a V. Ex.ª que acrescente também 3 minutos ao nosso tempo.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Nunes.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sr. Deputado João Amaral, quando há pouco disse que o Sr. Deputado fez uma amálgama eu queria dizer que o Sr. Deputado não denuncia a corrupção, serve-se da corrupção para atacar uma política e isto ficou claro nas suas últimas palavras.

No que diz respeito ao problema de Macau, a questão não é o Sr. Stanley Ho, Sr. Deputado. Mesmo os jornais não falam no Sr. Stanley Ho - que não sei se e inocente ou culpado, desconheço- ou, quando o fazem, referem também outras coisas, como seja o ambiente de corrupção generalizada no território de Macau!

Simplesmente, o Sr. Deputado, por honestidade intelectual, tem de começar por dizer que o Governo não tem nenhum controle sobre o território de Macau!

Vozes do PCP: - Mas o problema não é em Macau, é aqui!

O Orador: - A corrupção, a mim, interessa-me como uma questão de princípio, mas aos Srs. Deputados interessa como uma arma de propaganda!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Vitorino.

O Sr. José Vitorino (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Tem-se gerado aqui hoje, ao longo desta sessão, algumas situações que o meu grupo parlamentar reputa de certa gravidade. Esta é mais uma delas!

Mas, naturalmente, uma coisa é virem a público algumas notícias ou acusações sobre pessoas ou instituições e outra coisa completamente diferente e um deputado ou deputados assumirem-nas e, com base nelas, partirem para uma acusação global de corrupção, quase como uma linha de acção do Governo!

A questão e esta: põem-se em causa pessoas e instituições com base em dados falsos ou, pelo menos, incertos!

Naturalmente que se o Sr. Deputado tivesse chegado aqui hoje e tivesse formulado dúvidas, tivesse posto questões, tivesse dito que circulava isto, aquilo e aqueloutro, mas não se permitisse, a partir daí, tirar conclusões e fazer acusações de ordem global ao Governo, o problema era completamento diferente, repito, o problema era completamento diferente!

Há que não mistificar as coisas, Sr. Deputado, porque V. Ex.ª, como os deputados do grupo parlamentar do PSD e de todos os outros grupos e agrupamentos parlamentares e mesmo como o Governo, segundo disse esta noite aqui o Sr. Ministro de Estado, certamente que - independentemente de sermos oposição ou Governo - todos nós estamos interessados em saber, com Ioda a verdade e toda a transparência, tudo o que se passa sobre quaisquer actos menos limpos ou menos legítimos.

Agora, ninguém tem o direito de acusar alguém de forma precipitada e muito menos ainda tem o direito de tirar conclusões e de acusar o Governo de uma forma global!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro do Trabalho e Segurança Social.

Fomento Cooperativo, o Ministério da Indústria, a Secretaria de Estado do Tesouro, ou a banca. É de acordo com o juízo global