plenárias, as reuniões de comissões e o ordenamento dos trabalhos.

Ora bem, parece que isto vai ao encontro das preocupações do Sr. Deputado Nogueira de Brito e, assim, não necessitaríamos de perder 2 dias de reuniões plenárias, como acabou de salientar o Sr. Deputado José Vitorino.

Portanto, tomávamos aqui -como é obrigatório - a deliberação e depois, na conferência dos presidentes dos grupos parlamentares, ordenaríamos os trabalhos

e as matérias, uma vez que a conferência dos lideres tem competência para isso.

Foi este o sentido que quisemos dar a este projecto «aberto» apresentado por nós ao Plenário e onde cabe perfeitamente a proposta apresentada pelos partidos políticos da coligação governamental.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Nogueira de Brito, se deseja responder aos pedidos de esclarecimento, tem a palavra.

ainda nesta sessão legislativa.

Ora, isso não aconteceu. Ontem apenas cá chegaram algumas propostas e outras ainda estão para chegar, e isso é inadmissível.

Ao Sr. Deputado Carlos Brito, quero dizer que atentei mais à discussão feita dos projectos de resolução do que propriamente ao conteúdo daquele que agora me chegou. Não voltei a página, o que só fiz agora com o seu auxílio. Não há dúvida nenhuma de que o vosso projecto de resolução está mais de acordo com aquilo que nós propomos do que o projecto apresentado pela maioria.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Saias.

O Sr. Luís Saias (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Socialista como, aliás, era de esperar, vai votar a proposta de resolução de que um dos seus deputados é também subscritor. Acerca dela gostaria de tecer as seguintes ligeiras considerações: antes de mais, existe concordância quanto à necessidade de prorrogar o período de funcionamento da Assembleia da República. Mais do que isso, existe a coincidência de que tanto no projecto de resolução do Partido Comunista como no dos Partidos Socialista e Social-Democrata o período de prorrogação proposto é até ao dia 14 de Julho. 15to quer dizer que a Câmara, quase unanimemente, está de acordo em que deve haver prorrogação e que esse prorrogação deve ir, pelo menos, numa 1ª fase, até ao dia 14 de Julho.

As divergências centram-se, para já, no elenco das matérias a serem objecto de apreciação da Assembleia durante o período de prorrogação. Nós pensamos que o projecto apresentado pela maioria é mais realista, no s entido de que propõe para o período de prorrogação aquilo que é possível fazer-se.

O Partido Comunista contesta que no projecto de resolução sejam fixados os tempos globais. A este propósito, o Sr. Deputado Carlos Brito referiu que se irá analisar uma das matérias - alei da segurança interna- como «gato por brasas». No entanto, penso que as preocupações do Sr. Deputado não passam de receios e pode acontecer que não venham a ter qualquer justificação. Basta que os tempos globais a atribuir à discussão desta matéria sejam globais suficientes para que ela seja discutida com a profundidade e seriedade que a gravidade da mesma impõe.

Penso, portanto, que o projecto de resolução apresentado pela maioria pode e deve ser aprovado, ainda que na reunião que os lideres dos grupos parlamentares efectuarão tendo em vista a distribuição dos tempos se atenda à importância e à gravidade das matérias que vão ser agendadas.

Há um ponto para o qual chamo a atenção dos Srs. Depu tados proponentes do outro projecto de resolução, ou seja, do Grupo Parlamentar do Partido Comunista, e que é o facto de nele nada se referir quanto ao Regimento.

Ora, a realidade é que existe uma matéria merecedora de que a Assembleia ...

Q Sr. Carlos Brito (PCP): -Dá-me licença, Sr. Deputado?

O Orador: - Com certeza.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Não excluímos, Sr. Deputado, a inclusão dessa matéria. Mas tinham-nos chegado uns zunzuns, segundo os quais, dentro da própria coligação governamental, não havia grande empenho na conclusão das alterações ao Regimento, pelo menos até ao fim deste período extraordinário de trabalho.