durante todo o ano, o professor pedia para entregar o caderno diário com os sumários. Com um ar solene, ele respondia sempre: «O Sr. Professor ainda tem o caderno...»

Pois bem, eu ainda não tenho isto pronto, pelo que se V. Ex.ª não se importa, dar-me-á mais 2 ou 3 minutos para ver se consigo arranjar a tal solução.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a comparação com uma escola primária não é lá muito lisonjeira!

proposta de resolução que apresentamos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, registamos as modificações agora propostas para o projecto de resolução e, pessoalmente, congratulo-me com esta solução.

Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, gostaria de dizer que, a partir do momento em que há consenso para agendar este projecto de resolução se deve proceder ao respectivo agendamento.

Pela nossa parte, estamos de acordo e pensamos que os problemas regimentais suscitados pela bancada do Partido Comunista Português deixam de ter cabimento, na medida em que entendemos que será sempre possível o agendamento por consenso.

Por outro lado, queria perguntar ao Sr. Deputado José Luis Nunes qual o significado real da manutenção do primeiro considerando. De concreto e de substantivo o que há é que a Assembleia decide prorrogar o prazo normal de funcionamento entre 2 e 15 de Outubro. Então, o que é que se pretende dizer com «considerando o teor das deliberações....»? Pretende-se com isso estar a propor um agendamento já e de forma implícita? Considerar «o teor da deliberações anteriores» só tem sentido se elas e as matérias que nela se inscreviam forem consideradas integralmente.

É isto que significa a manutenção deste primeiro parágrafo?

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado José Luís Nunes, se deseja responder, tem a palavra.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sr. Deputado Lopes Cardoso, se V. Ex.ª me permitisse, não lhe ia dar esse esclarecimento: caso V. Ex.ª entenda que isto tem interesse, poderemos discutir este assunto noutra sede porque não ouvi a sua pergunta... Mas tenho receio de dizer que não ouvi porque o Sr. Deputado é capaz de querer repetir a pergunta...

O que proponho é que, a partir do momento em que se conseguiu um laborioso consenso sobre isto, se passe a entender o seguinte: houve um teor de deliberações da Assembleia da República para prorrogação do período normal de funcionamento, podendo esse teor ser interpretado de uma forma lata. Porém, a nossa interpretação é que aquilo que esteve na base dessa prorrogação foi a necessidade de agendar questões urgentes que não havia sido agendadas e trabalhadas até ao momento. Posteriormente, convocou-se uma nova sessão da Assembleia para os dias 2 a 15 de Outubro.

Por seu turno, o meu partido reserva-se o direito de, em declaração de voto, dizer à Assembleia da República o que é que vai propor que seja agendado nessa reunião de Comissão Permanente.

Foi esta a solução que encontrámos para que se pudesse sair deste impasse.

Por último, sugiro que se termine com esta sessão porque a hora já vai adiantada - e dizer, às 7 da manhã, que a hora já vai adiantada é um eufemismo!

O Sr. Luís Beiroco (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Luís Beiroco pede a palavra para que efeito?

O Sr. Luís Beiroco (CDS): - Para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Luis Beiroco (CDS): - Sr. Presidente, utilizando esta figura regimental, queria dizer que se acaba de estabelecer uma nova praxe: recomeçar os trabalhos sem que esteja presente um grupo parlamentar.

Devo dizer que quando cheguei deveria, em bom rigor, ter pedido meia hora de suspensão. Não o fiz, excepcionalmente, devido ao adiantado da hora, mas é possível que tenha agido mal porque talvez o devesse ter feito.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Luís Beiroco, tenho de lamentar o sucedido, mas nós não nos apercebemos da ausência do Grupo Parlamentar do CDS. Para que tal tivesse acontecido só há, Sr. Deputado, uma justificação: o estado de cansaço em que todos nos encontramos não é de molde a tornar mais agudos os nossos sentidos, muito pelo contrário.

Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.