É, pois, um apelo ao realismo que quero fazer ao Sr. Deputado Nogueira de Brito. Talvez na reunião da Comissão Permanente da próxima semana já se possa dispor de outros elementos e nessa altura V. Ex.ª poderá fazer uma outra proposta mais realista e concreta. Por conseguinte, faço um apelo ao realismo.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nogueira de Brito.
qualquer outro período. Que não seja a Assembleia a inviabilizar a discussão destes temas!
Quem chamou estes temas à colação perante a Assembleia foi o Governo, aliás na sequência de afirmações que tinham sido feitas pelo meu partido em relação à integração na CEE.
Mas o Governo manda uma carta para a Assembleia, disse que apresentava o Orçamento Suplementar - e suponho que o já terá apresentado ou está para o fazer. Portanto, que não seja uma vez mais a Assembleia a ficar com o odioso de não ter querido discutir temas que são do maior interesse para o País.
Em segundo lugar, a proposta está feita em termos tais que estas duas matérias só serão agendadas se forem criados os pressupostos que tornem possível o seu agendamento. Assim, Sr. Deputado Marques Mendes, suponho que não há falta de realismo.
Perante o repto que nos foi lançado pelo Governo, vamos nós, em nome do realismo - que o CDS defende -, recusar essa discussão, Sr. Deputado? Não, que não caia sob re os deputados, designadamente sobre o nosso grupo parlamentar, esse odioso. Não, pois nós estamos prontos a discutir, mas consideramos que em primeiro lugar devemos arrumar a casa. Se o Governo quer discutir e entende que o deve fazer antes de tomar decisões fundamentais, por exemplo, nas negociações com a CEE, nós estamos prontos a debater essas matérias.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Marques Mendes.
«andar com o carro à frente dos bois» não é deliberar com realismo.
Não estou a insinuar, de modo algum, que o CDS, ao não subscrever esta proposta, esteja a querer rejeitar esse debate. Longe de mim essa ideia, pois nunca dissemos que o CDS ou nós defendíamos essa ideia. Mas, tal como acentuei a propósito da eleição do membro do Tribunal Constitucional, a expressão «designadamente» permite que, se as condições forem criadas e houver acordo do Sr. Presidente ouvida a conferência de líderes, essa matéria seja agendada, se for arrumada a casa, tal como V. Ex.ª acabou de dizer.
O Sr. Carlos Lage (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Carlos Lage pediu a palavra para que efeito? É que V. Ex.ª já não pode fazer nenhuma intervenção.
O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, estabeleceu-se um debate sobre este ponto proposto pelo CDS. Pelo menos é o que se pode chamar, ou seja, está a travar-se um debate ...
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, regimentalmente V. Ex.ª só pode fazer um pedido de esclarecimento, para o que dispõe de 3 minutos.
Assim, tem V. Ex.ª a palavra para formular um pedido de esclarecimento, Sr. Deputado Carlos Lage.