nutos para os partidos mais pequenos. Isto em termos não rígidos, e claro.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, dá-me licença?

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, na altura em que V. Ex.ª invocou o Regimento, eu não tinha presente a disposição que citou; vi-a depois. Contudo, penso que a interpretação correcta é aquela que o Sr. Presidente apresentou em segundo lugar, isto é, os tempos que estão fixados no artigo 246 " referem-se s-5 às intervenções e não às outras figuras possíveis.

Segunda questão: não ficou acordado na reunião de líderes qualquer limitação de tempo, uma vez que houve um grupo parlamentar que disse não a aceitar. Não foi possível, portanto, estabelecer um consenso. Houve, sim, a afirmação por parte de outros grupos parlamentares - e não falo por eles, falo apenas por mim- de que procuraríamos, na medida do possível, não ultrapassar os tempos que tinham sido fixados para o anterior debate, sem que isso significasse qualquer espécie de compromisso da nossa parte, pois se esses tempos fossem ultrapassados, essa situação não poderia ser aqui invocada. E devo informar des de já a Mesa de que ultrapassaremos com certeza esses 25 minutos que nos tinham sido atribuídos no debate anterior.

O Sr. Presidente: - Vamos então continuar, tendo em conta o que o Sr. Deputado Lopes Cardoso acaba de dizer. Os partidos que entenderem ultrapassar aquela norma, até ao máximo de meia hora para os agrupamentos parlamentares e de uma hora para os grupos parlamentares, e quando se trate de intervenções, poderão fazê-lo.

Para protestar, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carpos Brito (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Embora sob a forma de protesto, vou apenas fazer um comentário muito breve, em 3 alíneas, às alegações do Sr. Deputado António Rebelo de Sousa.

Em primeiro lugar, e relativamente à referência que fez a leitura, essas observações não são dignas de si e por isso não lhe respondo.

Quanto às questões da alternância, quero dizer-lhe que nós não só a defendemos, como a praticamos!

Risos do PS.

Estivemos no governo, saímos do governo; voltámos a entrar no governo e em 1976 voltámos a sair; recentemente declarámos a nossa disposição de assumir as responsabilidades de governo e nessa disposição nos encontramos.

Aplausos do PCP.

O Sr. Igrejas Caeiro (PS): - Ora aí é que está!

O Orador: - Naturalmente que entendemos escolher os parceiros, pois não são quaisquer uns que nos servem ...

Em terceiro lugar, gostaria que soubesse que, enquanto o Sr. Deputado falava se comentava na nossa bancada -c, olhe que isso é quase uma homenagem o seguinte: «enquanto há quem mude de ideias e se mantenha nu mesmo partido, este Sr. Deputado muda de partido mantendo as mesmas ideias!»

Aplausos do PCP.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. (Lopes Cardoso (UEDS): - Para pedir esclarecimentos, ao Sr. Deputado António Rebelo de Sousa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

como há gestores conservadores na banca nacionalizada -, criando nós a banca privada, não passará a haver lá gestores imbuídos do espírito da Constituição de 1976 e que vão trabalhar no sentido das transformações socialistas no nosso país! ...

Mas a questão não é só essa. O Sr. Deputado António Rebelo de Sousa disse que não há processo de impedir que determinados gestores, uma vez nomeados por um governo conservador, ponham a banca ao serviço de interesses económicos particularizados e não do interesse colectivo. Mas, então, Sr. Deputado, se nem na banca nacionalizada é possível criar um sistema que a impeça de estar ao serviço de grupos económicos, como é que o Sr. Deputado pensa ser possível copiar esse sistema para uma banca privada que irá ser criada?

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Rebelo de Sousa.

O Sr. António Rebelo de Sousa (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Há aqui uma lamentável confusão feita pelo Sr. Deputado Lopes Cardoso.

Eu não disse que não é possível controlar o poder exercido por gestores conservadores; o que eu disse foi que esse é um problema independente e perfeitamente dissociável da outra questão, que é a naciona-