pela efectiva prestação dos serviços em condições de competitividade e de eficácia social e não por decretos, por slogans ou por qualquer outra via que não seja esta de avaliação diária pela população portuguesa.

Aplausos do PS, do PSD, da ASDI e da UEDS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

lado o facto de que os grandes grupos poderão sempre, nesse caso, constituir grandes bancos porque o plafond baixo não impedirá maiores empresas ou, mesmo que impeça, não proibirá de as multiplicar - ou, ao contrário, entende que os plafonds devem ser fixados suficientemente altos para restringir a entrada no mercado o que, de imediato e claramente, limitaria o acesso ao sector, apesar de liberalizado, apenas aos grandes grupos económicos?

E, para terminar, o Sr. Deputado perdoar-me-á que lhe diga que vi na sua intervenção a preocupação de justificar inócuidade da abertura da banca ao sector privado mas vi muito pouco no sentido de justificar quais as vantagens reais dessa abertura, aliás, um pouco, no sentido do que se diz no próprio preâmbulo, ou seja, que a abertura da banca irá demonstrar que se não faz bem, também não faz mal. Quer dizer, parece que a abertura da banca é uma espécie de placebo que se dá para contentar, para tratar certas doenças de carácter ideológico, de certos sectores que se julgarão curados pelo placebo que se lhes vai dar a tomar.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Almerindo Marques deseja responder já ou no fim?

O Sr. Almerindo Marques (PS): - Sr. Presidente; tenho um problema que tenho que compatibilizar. Não sei se há mais pedidos de esclarecimento, mas eu é que não tenho tempo.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, há vários pedidos de esclarecimento se quiser responder já faça favor.

O Sr. Almerindo Marques (PS): - Prefiro responder no fim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Com certeza, Sr. Deputado. Tem então a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

tranquilo -, sendo um terreno perigoso, o melhor seria ser a Assembleia a legislar nesta matéria, podendo todos os Srs. Deputados do Partido Socialista dar a sua contribuição? A anterior lei de delimitação dos sectores foi feita aqui na Assembleia da República!

Os Srs. Deputados poderão dizer: bem, mas isso retardava a Assembleia, que tem de fechar em 15 de julho! Até lhe digo, mas podíamos discutir isto em Setembro! Já fizemos aqui leis em Setembro e com grande celeridade. Estou a lembrar-me que a actual Lei Eleitoral para a Assembleia da República foi feita em Setembro, juntamente com uma correcção à Lei do Recenseamento, e fizemo-lo em 15, 20 dias! Portanto, era perfeitamente possível fazer isso em Setembro e ser a Assembleia a intervir, ser a Assembleia a acautelar aquelas questões que, a todos nós, parecem ser de acautelar.

O Sr. Deputado quando falou da importância estratégica da banca na nossa economia não terá provado de mais? Por aquilo que o Sr. Deputado diz até parece que não haveria perigo em abrir tudo, entregar toda a banca ao grande capital, reconstituir os velhos grupos, vindo de novo o Sr. Champalimaud, o Sr. Mello, o Sr. Espírito Santo, etc. Dá a ideia que não haveria perigo nenhum nisso? Porque é tão pouco importante, pesa tão pouco, a sua estratégia é tão irrelevante. Então, por que não?! ...

O Sr. Deputado não terá provado de mais, na ânsia de mostrar que não há perigos? E essa maneira de mistificar o problema que aqui nos traz e as preocupações que temos adiantado?! ...

Repare, essas preocupações não foi esta bancada que as inventou aqui à pressa! ... São preocupações que têm sido manifestadas ao longo de anos por figuras muito destacadas, muito experimentadas, até mesmo por técnicos reconhecidos do seu partido e também por dirigentes, desde o Secretário-Geral do seu partido ao actual Ministro de Estado, e tantos outros. Não se pode, com uma pedrada, fazer esquecer esses perigos.

Diz o Sr. Deputado que os perigos não são esses ... Digo-lhe mais, Sr. Deputado: são e grandes! Mais, não sei se cus senhores daqui por 1 ano não estarão