apresentada, de facto, pelo deputado socialista belga Dejardin, havia deputados de todas as bancadas no plenário, mas o único que votou essa proposta, que visava uma recomendação ao Conselho de Ministros no sentido da suspensão da Turquia, foi de facto um deputado comunista. Os outros ou se abstiveram ou votaram contra essa proposta do deputado socialista belga, Dejardin, e não foi, assim, aceite no Conselho da Europa. Não quis estender esta minha afirmação ao facto de numa comissão, como a Sr.ª Deputada Amélia de Azevedo referiu, ter a Sr.ª Deputada tomado posição contra a presença da Turquia no Conselho da Europa. Sabemos isso perfeitamente, mas o que eu disse foi que em plenário isso não aconteceu.

Por outro lado, gostaria de esclarecer algumas outras afirmações que aqui foram feitas.

O Sr. Deputado Manuel Alegre referiu que o PSD e o PS terão sido os primeiros a levantar o problema da suspensão da Turquia no Conselho da Europa. Quero dizer-lhe que isso não é correcto, porque ainda antes de o Sr. Deputado Manuel Alegre pertencer ao Conselho da Europa, outro deputado, o meu camarada Carlos Carvalhas, que está aqui presente, foi precisamente o primeiro a levantar no Conselho da Europa o problema da suspensão da Turquia.

Portanto, esse problema não se coloca, e, para terminar, gostava de dizer que o que importa não é tanto esta questão da competição partidária: o mais importante é reforçarmos esta unidade, que parece existir - e esperemos bem que sim-, para accionarmos os mecanismos no sentido de, em uníssono, fazermos que a Turquia seja suspensa do Conselho da Europa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Hasse Ferreira para responder às interpelações que lhe foram feitas.

ostaria de dizer que espero que as posições aqui afirmadas pela maioria dos grupos parlamentares sejam um salutar prenúncio de um voto desta Assembleia da República firme e decidido, pleno de significado democrático e com repercussões internacionais.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado António Taborda.

O Sr. António Taborda (MDP/CDE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vai realizar-se nos próximos dias 22 e 23 de Outubro, em Almada, o II Congresso Nacional de Deficientes.

Em Abril de 1980 teve lugar o I Congresso, que elaborou um relatório final que continha uma série de propostas e sugestões de trabalho que contemplavam os grandes capítulos onde se debateram os principais problemas que afectam os deficientes.

Não cabe no âmbito desta intervenção a análise e o balanço das propostas que então foram avançadas e cuja solução está para a esmagadora maioria dos problemas equacionados - no campo das miragens, sempre perseguidas, mas nunca alcançadas ...

A simples enumeração dos grandes capítulos que o relatório do I Congresso ordena dá-nos uma ideia aproximada da importância e interacção dos vários temas:

Situação, causas e prevenção da deficiência;

Segurança social;

Ensino e educação especial;

Habitação, urbanismo e transportes;

Reabilitação profissional e trabalho;

Tempos livres e desporto;

Movimento associativo e integração social.