prudente», empregando palavras que eu próprio utilizei, reduzir os consumos abaixo do nível mínimo de subsistência para tantas famílias e se iríamos impedir o alargamento do mercado interno e o aumento de produção.
Sr.ª Deputada, julgo que, de uma forma que eu compreendo, e procurando utilizar afirmações minhas durante a exposição que fiz, tentou tirar ilações que, de modo nenhum, estão contidas naquilo que afirmei.
Primeiro de tudo, gostaria de deixar claro que o Governo tem consciência de que há situações sérias em termos de níveis de consumo em muitas famílias portuguesas.
A Sr.ª Ilda Figueiredo (PCP): - Há mesmo fome!
baixos da Europa -nós sabemos isso-, o que temos é de procurar lutar, e lutar com firmeza, contra essa situação e a proposta que formulou na segunda parte da sua questão, quando salientou que a política do Governo impede o alargamento do mercado interno, não era mais do que a experiência que outros países da Europa fizeram. Países que tiveram de retroceder, em relação a essa política, em grande velocidade, diria à toute vitesse, para conseguir controlar a situação uma vez que ela começou a derrapar muito para além daquilo que era possível controlar e muito para além, e ao contrário dos objectivos que nalguns países se pretendiam atingir.
O Sr. José Magalhães (PCP): -Viva a «faim!»
O Sr. Deputado Rogério de Brito abordou uma matéria bem delimitada, bem caracterizada, relativa & problemas agrícolas. Julgo que não é o momento mais oportuno para discutir especificamente os problemas da agricultura - haverá outras oportunidades - o que gostaria de pedir ...
O Sr. José Magalhães (PCP): - A pergunta era sobre financiamentos!
O Orador: Precisamente, se me deixar continuar vai ouvir isso.
O que gostava de dizer ao Sr. Deputado Rogério de Brito era o seguinte: o que está previsto, em termos de financiamento para os diversos sectores, designadamente para o da agricultura, é aquilo que foi possível, dentro de uma estreiteza de verbas no quadro do Orçamento, orçamentar para cada um dos sectores.
ntido - mas sim em termos da incapacidade de funcionamento da economia num horizonte relativamente próximo.
É nesta perspectiva, Sr. Deputado, que o Governo entende, por isso o afirmei, que esse objectivo ao ser atingido é uma garantia para o desenvolvimento clã economia portuguesa.
Suponho que foi ainda o Sr. Deputado Pinheiro Henriques que me perguntou se a articulação entre as grandes opções do Plano e o Plano de Modernização da Economia Portuguesa será completado no final de 1984.
O Governo assumiu um compromisso, na nota de apresentação do documento das grandes opções do Plano, de apresentar o Programa de Recuperação Financeira e Económica até ao final do 1º semestre de 1984 e o Programa de Modernização da Economia Portuguesa até ao final do ano de 1984. É um compromisso com algumas responsabilidades que o Governo pretende cumprir e está, naturalmente, a trabalhar e a dar os primeiros passos nesse sentido e é porque há toda essa responsabilidade assumida que todo o trabalho de preparação, quer em termos das grandes opções do Plano, quer em termos das actuações do Governo, está encaminhado para não praticar actos