malmente não são racionalizadas, pois, não há, praticamente, industrialização das culturas algarvias.

O Sr. Presidente: - Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Álvaro Brasileiro.

luta que os produtores de tomate travaram contra os aumentos dos custos de produção e tem conhecimento dos preços que reivindicavam? Tem o Sr. Ministro conhecimento da esmola - sim, da esmola! - de $20 que o Governo prometeu aos agricultores para minimizar os aumentos dos custos dos factores de produção? Ë que os agricultores queixam-se que algumas fábricas não lhes querem pagar e que só o farão se o Governo as subsidiar. Consta, e dizem pela parte de algumas fábricas, que este subsídio se fosse entregue rondaria os 110 000 contos. Que diz disto, Sr. Ministro?

Finalmente, sobre o problema da beterraba sacarina. Que pensa o Sr. Ministro desse projecto? Está posto de lado ou qual é a ideia que, tem sobre esta questão?

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Igualmente para pedir esclarecimentos ao Sr. Ministro da Agricultura, Florestas e Alimentação, tem a palavra o Sr. Deputado Gaspar Pacheco.

O Sr. Gaspar Pacheco (PSD): - O Sr. Ministro falou sobre o PADAR e gostaria que explicitasse melhor o que é que é esse programa, em que zonas será implantado e se já está alguma coisa feita sobre ele.

Por outro lado, V. Ex.ª refere sempre que 70 % dos funcionários do Ministério da Agricultura estão sediados em Lisboa. Gostaríamos de saber se isso é verdade ou não.

Noutro ângulo, pergunto-lhe para quando é lançado o instituto de denominação de origem? Estamos a assistir, no tocante aos vinhos, à rotulagem deficiente, em que cada uma das regiões rotula como quer. O Instituto do Vinho do Porto tem um determinado tipo de rótulos, a Comissão de Viticultura tem outros e a Junta Nacional dos Vinhos tem outro. Para quando um organismo central, a fim de uniformizar a rotulação e toda a problemática de exportações?

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminaram as interpelações ao Sr. Ministro da Agricultura, Florestas e Alimentação.

O Sr. Deputado Soares Cruz pretende usar da palavra?

O Sr. Soares Cruz (CDS): - Sr. Presidente, pretendia fazer uma interpelação à Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado, tem a palavra.

O Sr. Soares Cruz (CDS): - Pretendia uma interpelação, apresentando uma proposta.

Julgo que para o bom funcionamento dos trabalhos, seria importante que a Mesa fizesse um esforço para recolher todas as intervenções que, eventualmente, tratem sobre o tema da agricultura, para que, no início dos trabalhos da parte da tarde, fossem feitas em conjunto, aproveitando a presença do Sr. Ministro. A discussão ganharia assim mais interesse, pois todas elas se conjugam no mesmo objectivo.

O Sr. Presidente: - Desculpe, Sr. Deputado, mas V. Ex.ª pretende que a Mesa recolha as interpelações já feitas?

O Sr. Soares Cruz (CDS): - Não, Sr. Presidente. Pretendo que a Mesa recolha as intervenções de fundo que se vão fazer acerca do tema da agricultura e que estão na intenção de muitos dos Srs. Deputados presentes.

O Sr. Presidente: - Estão previstas as seguintes intervenções: do Sr. Deputado António Gonzalez; do Sr. Deputado Pinheiro Henriques; do Sr. Ministro do Mar; do Sr. Deputado Soares Cruz; do Sr. Deputado Jorge Lacão; da Sr.ª Deputada Margarida Tengarrinha e do Sr. Ministro da Indústria e Tecnologia.

O Sr. Soares Cruz (CDS): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Desculpe-me, Sr. Deputado, mas as "Mesas", como os homens, têm sempre momentos infelizes de incompreensão e eu estou num desses. Ex.ª deseja que estas intervenções sejam feitas imediatamente a seguir ao início dos trabalhos, para depois o Sr. Ministro da Agricultura responder a tudo globalmente? É isso?

O Sr. Soares Cruz (CDS):- Não, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, Sr. Deputado, peço-lhe imensa desculpa, mas não percebi. Tenha V. Ex.ª a bondade de me esclarecer.

O Sr. Soares Cruz (CDS):- Sr. Presidente, quem tem a pedir desculpa sou eu, porque com certeza fui eu próprio que não me consegui fazer perceber,