já, uma conferência de líderes de grupos parlamentares para se discutir esse problema.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Estamos de acordo!

O Sr. António Taborda (MDP/CDE): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. António Taborda (MDP/CDE): - Sr. Presidente, era só para dar o nosso acordo à imediata realização da reunião.

O Sr. Hasse Ferreira (UEDS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito. Sr. Deputado?

O Sr. Hasse Ferreira (UEDS): - Sr. Presidente, era unicamente para dizer que estamos de acordo.

O Sr. Gomes de Pinho (CDS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Gomes de Pinho (CDS): - Sr. Presidente, queria transmitir à Mesa o nosso propósito de solicitar que a responsável pelo programa 1.ª Página possa eventualmente ser requisitada para dar informações à conferência dos líderes parlamentares.

Protestos do PS e do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, não sei se isso será possível!

Srs. Deputados, com a preocupação de ganhar-mos tempo convidava os líderes dos grupos e agrupamentos parlamentares para uma reunião a realizar imediatamente no gabinete do Sr. Presidente da Assembleia da República. Entretanto, para que os trabalhos prossigam normalmente, peço ao Sr. Vice-Presidente Basílio Horta que me substitua na Mesa enquanto decorrer a reunião que referi.

Assumiu a presidência o Sr. Vice-Presidente Basílio Horta.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Gonzalez.

O Sr. António Gonzalez (IND): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: É o nosso país um exemplo de desequilíbrio na ocupação humana e na má gestão dos recursos naturais, seja comparando a costa com o interior, o campo com a cidade, dentro desta, bairro com bairro ou o norte com o sul.

São estas assimetrias, resultantes de um desenvolvimento caótico e lucrativista imediato, que criam as situações de ruptura que hoje estamos a pagar, e continuaremos a pagar, se não se fizer algo que as vá reduzindo. Assim, a maior parle dos problemas com que nos debatemos, desde os transportes urbanos, a alimentação, a habitação, o abastecimento de águas, e tratamento dos esgotos e lixos e os problemas da saúde e poluição em geral, têm as suas raízes e continuarão a ter, na má gestão do espaço e das potencial idades nacionais.

A ocupação intensiva do solo, pela habitação e indústria, na maior parte das vezes em más condições, em torno das grandes cidades criam prob lemas às autarquias e ao Governo Central, com que todos só faremos, como, por exemplo, as dramáticas e previsíveis situações actuais devidas às fortes chuvas que se abateram, um pouco por toda a parte, sobre o nosso país.

Sem um desenvolvimento regional, estaremos sempre a remediar as consequências e nunca a atacar as causas!

Paralelamente à decisão de regionalizar, de descentralizar o planeamento do nosso país, é importante pensar no património a gerir, ou seja:

rais - como vamos proteger as zonas ribeirinhas no seu todo, as jazidas minerais, as florestas e as espécies animais e vegetais - importante património genérico a preservar- se as verbas a elas atribuídas muitas vezes nem sequer são de manutenção de uma situação já deficiente?

Por exemplo, o Ministério da Qualidade de Vida para as suas diversas rubricas dispõe de 1,4 milhões de contos, mais destinados a gastos administrativos e informativos do que a investimentos na investigação e em estruturas de correcção e vigilância.

O Ministério do Mar, com responsabilidades enormes e complexas que abrangem ainda as praias e arribas de grande valor ecológico, científico e económico, de que verbas dispõe, nominal e comparativamente ao ano passado, para fazer frente a uma situação calamitosa ao longo da nossa costa?

E que colaboração com autarquias, associações e instituições científicas e culturais neste campo? Pensa o Governo considerar como parceiro social o colectivo destas organizações de protecção do património natural e cultural?

Por outro lado, qual o papel reservado por este Governo ao movimento cooperativo e autogestionário