cistas. Não se estranhe pois que o Partido Comunista Português preste nesta Assembleia homenagem aos combatentes do 18 de Janeiro de 1934.
Aplausos do PCP e do MDP/CDE.
O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado César Oliveira.
vistos, no próprio trabalho que efectua aqui, mas antes num facto exterior ao próprio MDP/CDE e que consiste afinal em impugnar a existência da ASDI e da UEDS aqui no Parlamento? Ou seja, a dignidade do MDP/CDE não decorre do seu próprio trabalho, decorre afinal de um facto exterior a esse partido? É curioso!
Vozes da UEDS e da ASDI: - Muito bem!
e, portanto, o que lhe faz engulho é o nome? Mas temos a certeza que chamando-nos de diversos modos, com diversos epítetos, etc., nunca a nossa dignidade e o nosso trabalho aqui nesta Assembleia será devido a um mero sinal exterior de partido político que, pelos vistos, é aquilo que preocupa a Sr .ª Deputada Helena Cidade Moura. Mas o que ainda mais preocupa o
MDP/CDE é, ao fim e ao cabo, uma questão ridícula e caricata, pois estão ofendidíssimos por o Sr. Presidente da República ouvir a UEDS e a ASDI quando faz consultas à Assembleia. É inveja? Então porque é que o MDP/CDE não levantou exactamente o mesmo problema quando se tratava dos Reformadores? Porque é que o MDP/CDE nunca protestou nesta Assembleia ou fora dela por os Reformadores serem ouvidos pelo Sr. Presidente da República?
É por isso que me interrogo sobre o que é que faz correr o MDP/CDE! Não será pelo facto de se aproximarem as eleições presidenciais e porque lhe faz engulho que haja na área do socialismo democrático uma força coerente, uns deputados responsáveis que, criticando o Governo, não abdicam no entanto de uma certa posição política e do apoio que deverão prestar a quem quer que seja, no sentido de elevar à presidência da República um democrata e uma antifascista? Não será que o que o MDP/CDE quer é cortar-nos a voz, porque exactamente somos independente s e críticos em relação ao Governo, e porque o MDP/CDE, ou alguém por sua interposta pessoa, quer ficar com o exclusivo da crítica ao Governo? Não será o monopólio, da crítica ao Governo que faz correr o MDP/CDE?
Tenho algumas perguntas a fazer na quinta-feira à Sr .ª Deputada Helena Cidade Moura, mas não faremos uma declaração política porque esta questão é mesquinha e não tem justificação política. É que se eu fosse do MDP/CDE, pensava que "se há uns deputados na Assembleia da República que são críticos em relação ao Governo, e têm-no sido, até conviria à minha estratégia política que se aprofundasse a crítica da área do socialismo democrático ao Governo de coligação". E então, faria o mesmo que o CDS fez há bocadinho. Mas, de facto, não é este o raciocínio que o MDP/CDE e a Sr.ª Deputada Helena Cidade Moura fazem.
Aqui há uns anos, e a Sr.ª Deputada desculpar-me-á se sou duro de palavras, o Sr. Deputado António José de Almeida nesta Assembleia, vira ndo-se para o Ministro João Franco, disse-lhe:
Sr. Ministro, V. Ex.ª tem a mentalidade de um polícia de giro, educado num colégio de jesuítas.
Eu não vou tão longe, mas direi à Sr .ª Deputada Helena Cidade Moura que ela tem a mentalidade de ser educada num colégio de freiras e numa escola do Komitern quando no período estalinista!
Aplausos da UEDS e da ASDI.
Entretanto, tomaram assento na bancada do Governo o Sr. Ministro da Administração Interna (Eduardo Pereira) e o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Armando Lopes).
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, não havendo mais inscrições, podemos passar ao período da ordem do dia.
Para um pedido de esclarecimento ao Sr. Ministro da Administração Interna está inscrito o Sr. Deputado Manuel Fernandes, a quem dou a palavra.