evidentemente, dívidas do Estado para as empresas públicas que, consoante as estimativas de cálculo e de acordo com os dados técnicos de que dispomos, rondam entre 140 e cerca de 200 milhões de contos. Nós estamos a procurar uma forma de resolver este problema, ainda que parcialmente.
Neste momento não estou em condições de avançar directamente nos pormenores, mas quero deixar claro à Câmara que o Governo está não só interessado -porque interessados creio que estiveram todos os governos da República - mas também empenhado em encontrar fórmulas de resolver este problema, que é um, entre outros, dos bloqueios financeiros da economia portuguesa. E não se deite, de forma nenhuma, o ónus primeiro sobre o Estado, segundo sobre as empresas públicas e ponto final. Isso não chega, é porventura uma perspectiva curta de vistas! É que há bloqueios financeiros generalizados na economia portuguesa e não me interessa neste momento discutir como, quando e quem os gerou.
O que me Amadeu Pires também tocou no problema das empresas públicas -, este ponto da dívida do Estado às empresas públicas é um de entre outros bloqueios da economia portuguesa.
Verifico que o Sr. Deputado Carlos Carvalhas leu o texto que apresentei no Instituto de Defesa Nacional, porque referiu matéria que estava incluída nesse texto e a que eu não me referi hoje na exposição que fiz - aliás, ao referir matéria que não foi aqui abordada, isso significa que leu com algum cuidado. E a esse propósito V. Ex.ª disse que eu me tinha repetido, mas não me parece que queira exigir ao Governo tanta mutabilidade que mude de posição no espaço de algumas semanas! ...
Referiu o Sr. Deputado Carlos Carvalhas alguns pontos sobre a racionalização do sector empresarial do Estado. Julgo que alguns dos tópicos que referiu já foram abordados, e são elementos que têm a ver com o conjunto dos problemas deste sector, mas permitir-me-á que lhe responda que há outros elementos adicionais que também contam na sua reestruturação e que não são, de modo nenhum, apenas os 6 ou 7 que referiu.
O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): -São, são!
O Orador: - V. Ex.ª apontou até nalguns casos pormenores de organização técnica, que não são elementos que tenham uma importância directa em termos gerais. Designadamente quanto ao problema que referiu, e que tem, na verdade, alguma importância, relativo ao abastecimento da nafta química, certamente que outros colegas meus do Governo lhe poderão dar explicações com um muito mais profundo conhecimento de causa.
frisar repetidamente - são valores indicativos, são ordens de grandeza que se referem a montantes em velocidade de cruzeiro no período de plena adesão.
Gostaria agora, uma vez que um ou mais de entre os Srs. Deputados me pediram para o fazer, de precisar melhor alguns pontos adicionais. Primeiro, problema que várias países, Estados membros, têm encontrado da utilização plena dos recursos aos fundos comunitários a que têm direito e todos sabemos que há casos de dificuldade em absorver e utilizar os próprios recursos disponíveis.
Ora, isto significa um esforço muito grande e muito sério que é preciso fazer para criar na economia portuguesa capacidades de absorção dos recursos financeiros a que Portugal virá a ter direito no período de pós-adesão. E este não é um problema secundário da política económica portuguesa nos próximos 5 ou