sua determinação e na sua luta pela liberdade, nós estivemos com esse povo, fomos esse povo, fomos essa luta, fomos essa caminhada pana a democracia e para a liberdade., fomos com ele a Revolução.
Uma voz: - Estiveram com o Spínola! ...
Vozes: - Muito bem!
Vozes de protesto.
O Orador: - Quando o golpismo do PCP, ditado pelos erros acumulados das análises dos seus dirigentes e pela sua louca sofreguidão do poder, destruía, numa política de terra queimada, todas as estruturas produtivas do País, agudizando tensões sociais e fomentando aquele intolerável clima de ódio e de ameaça que vivemos durante longos meses, nós, PPD, não estávamos como alguns debaixo da cama, a tremer de, medo, ou a espreitar astutos ...
Burburinho.
... pelo canto da cortina, a ver em que paravam as modas, à espera do ensejo de, serra riscos nem sobres saltos, tirarem do lume as castanhas que outras tinham posto a assar.
Uma voz: - Muito bem!
Burburinho.
O Orador: - Enquanto isso, nós, sociais-democratas do PPD, estávamos na rua.
Uma voz: - Como fascistas.
O Orador: - Sujávamos as mãos, sujávamos no trabalho penoso de ajudarmos a construir um futuro mais livre e mais justo para os Portugueses.
Uma voz: - Mostra lá os calos das mãos!
Vozes de protesto.
O Orador: - Atentos à urgência das tarefas, fiéis à confiança da povo, fiéis a nós próprios e ao nosso projecto de um socialismo democrático
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - ... de raiz humanista, virado para a igualização das oportunidades e das situações concretas dos Portugueses, construído progressivamente, num clima de paz, de liberdade e de entendimento entre os homens, ao ritmo exacto da vontade popular.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Assim, e porque a social-democracia que queremos para Portugal, carro caminho realista e possível para este socialismo, não é nem será nunca um mera jugo de aparências ilusórias, «um capitalismo de cara lavada» ou «um mudar alguma coisa para que tudo continue na mesma», mas, antes uma autêntica. transformação política económica, social e cultural da sociedade portuguesa, sempre nos viemos empenhando ...
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - ... e continuaremos a empenhar-nos a todos os níveis nessa luta, participando no VI Governo e saudando calorosamente, sem falsos entusiasmos, todos os passos dados em frente no sentido da construção desse socialismo democrático, sempre que os mesmos se mostrarem corresponder à livre expressão da vontade do povo português.
O Sr. Manuel da Costa (PS): - Amén!
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Não poderemos, pois, tolerar que partidos como o CDS, novos ricos da Revolução ...
... que nunca fizeram nada por este país ...
Burburinho.
Uma voz: - Nem vós ...
O Orador: - ... de vocação marcadamente conservadora, para não dizer mais, e, como tal ...
Burburinho.
... congenitamente incapazes não só de uma adesão autêntica aos indiscutíveis valores que se misturam com os erros da, revolução portuguesa, mas incapazes até de uma correcta identificação dos objectivos desta, não poderemos tolerar, dizíamos, que partidas como o CDS suciam inopinadamente de uma qualquer porta falsa do fundo do cenário para, no delírio de um eleitoralismo prematuro ...
... nos pretenderem vir acusar, a nós, PPD, de todos os malefícios, de todas as carências e de todos os erros, cometidos ao longo do processo revolucionário, que ele, CDS, sobejamente sabe não serem da nossa autoria e que, igualmente, sabe que, em devido tempo, tentámos a todo o custo evitar e denunciámos com firmeza.
Uma voz: - E sempre denunciaremos.
Uma voz:- Muito bem!
O Orador: - Para depois, farisaicamente, exibir coma falsa alternativa a suspeita brancura das suas mãos descomprometidas ao serviço do povo, tornadas airada mais brancas pela oportunística acção de um qualquer Omo de circunstância.
Vozes: - Muito bem!
O Orador:- Não saberá o CDS que numa revolução, como disse alguém, «ter as mãos limpas é não ter mãos»?
Uma voz:- Muito bem!
O Orador:- Fará o CDS tão fraca ideia do povo português que peie que bastará a simples exibição do facto negativo e suspeita, que é essa brancura,