nistro Dr. Magalhães Mota, perfeitamente expressa, por exemplo, nas questões do leite e da batata de semente?

Burburinho.

Uma última pergunta, Sr. Deputado. Qualificou como sabotagem as lutas dos trabalhadores. Qualificou como chantagem a hipótese de um Governo de esquerda.

O Sr. Alfredo de Sousa (PPD): - Protesto contra este longo discurso.

Uma voz: - Isto é uma nova intervenção na ordem do dia.

Burburinho prolongado.

Outra voz: - Cala-te e ouve.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, faça favor de concluir as suas perguntas.

O Orador: - Sr. Deputado, apesar da sua conhecida falta de serenidade, nunca esperei que não conseguisse ouvir a última pergunta.

Vozes de protesto.

É muito simples, Sr. Deputado. Qualificou como sabotagem a luta dos trabalhadores. Qualificou como chantagem a ameaça de um Governo de esquerda. E é de perguntar: que terrível medo persegue os representantes da burguesia em Portugal? Ou será que sob a capa do perigo da chantagem e da sabotagem está uma ameaça sinistra da burguesia reaccionária em Portugal?

(O orador não reviu.)

Burburinho.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Alberto Avelino.

vinicultor e agora, com a subida da temperatura, lhes está a causar graves problemas no armazenamento dos vinhos, com a subida da acidez e todos os outros problemas que isso traz e, inclusive, o oportunismo dos armazenistas, a oferecerem qualquer preço, porque eles têm necessidade absoluta de comprar adubos, e não só, para cultivar as terras; eu pergunto se esta política tão bem feita pelo Dr. Magalhães Mota, que é um dos expoentes bem altos do PPD, se é esta política, repito, que o PPD tenciona seguir amanhã no Governo, que eles, felizmente, agarram-se ao sonho de conseguirem nas próximas eleições.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Casimiro Paulo dos Santos.

O Sr. Casimiro Paulo dos Santos (PS): - Ouvi com muita atenção a intervenção do Sr. Deputado e, caso curioso, a sua intervenção vem até ao encontro de um jornal que eu li, jornal do Ribatejo, que traz um extracto de um jornal do Minho, um artigo puramente reaccionário, onde foca também que andávamos a gastar o dinheiro de um tio rico. Ora eu queria perguntar concretamente ao Sr. Deputado se considera que ás divisas do nosso país, as divisas em ouro, serão produto do trabalho de todos os portugueses, de todos os explorados deste país, ou talvez do seu tio rico Caetano, que está no Brasil. Era isto que eu queria realmente que o Sr. Deputado me respondesse: se as divisas existentes no País, se o dinheiro existente no País é fruto do trabalho da massa explorada deste país, que são os trabalhadores, ou do seu tio rico que está no Brasil, seja o Caetano ou o Tomás. É isso que eu. queria perguntar.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Alfredo de Sousa tem a palavra para responder às perguntas que lhe foram formuladas. Permitir-me-ia pedir-lhe que se esforçasse para não ultrapassar o seu tempo.

O Sr. Alfredo de Sousa (PPD): - Muito obrigado, Sr. Presidente, por me ter lembrado isso a mim.

O Sr. Presidente: - Eu tinha pedido a todos os Deputados intervenientes, faça favor de notar, não foi especialmente para si.

O Orador: - Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - A sua observação parece extemporânea.

Aplausos.

Pateada.

O Orador: - Viu-se a tempo, Sr. Presidente.

Pateada.

Aplausos.

Vozes de protesto.

O Orador: - Não foi extemporânea, Sr. Presidente, porque eu tive de lembrar a tempo a ultrapassagem nítida do limite por parte de um Deputado.