Se a resposta é afirmativa, pergunto se os Deputadas continentais do PPD se devem sentir vinculados às posições expressas pelo Sr. Deputado.
E, em último lugar, pergunto se o projecto actualmente em discussão é ou não favorável a essas posições «de qualquer independência».
Uma última questão, Sr. Deputado: sabendo-se que nos Açores não se sabe bem onde acaba o PPD e onde começa a FLA, e pressupondo que o Sr. Deputado conhece intimamente esta organização, ...
... gostaria que me respondesse ao seguinte: este projecto é ou não favorável aos objectivos da FLA? No caso negativo, qual vai ser a posição dos militantes PPD-FLA?
Num projecto apresentado pelo Sr. Deputado à 8.ª Comissão, defendia-se que os Açores e a Madeira tivessem hino e bandeira próprios, além de poderem celebrar tratados internacionais, bem como uma forma camuflada de forças armadas próprias regionais. Importa que a Assembleia fique esclarecida, e nesse sentido faço as seguintes perguntas: essas propostas podem ser tomadas como propostas do PPD? No acaso afirmativo, continua o PPD a lutar por elas como justas?
Apenas isto, Sr. Deputado.
(O orador não reviu.)
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Marques Pinto tenha a bondade.
O Sr. Marques Pinto (MDP/CDE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Algumas perguntas que eu tinha para formular ao Sr. Deputado Mota Amaral já foram formuladas pelo Sr. Deputado Vital Moreira.
Eu, realmente, durante a intervenção do Sr. Deputado Mota Amaral, verifiquei, com espanto, uma transposição muito rápida do ditador Salazar para o 25 de Abril. Foi passado em branco o período da época caetanista.
Ora, exactamente, a pergunta que fez o Sr. Deputado Vital Moreira era a mesma que eu queria formular: é se, durante o tempo que o Sr. Deputado permaneceu na Assembleia Nacional fascista, alguma proposta apresentou no sentido de se dar aos Açores a autonomia que. agora o .PPD defende intransigentemente.
Também, de facto, durante a discussão que se travou no decurso da 8.ª Comissão, o Sr. Deputado Mota Amaral adiantou a hipótese de os Açores também terem bandeira e hino, forças armadas quase privativas e até uma representação preferencial na sua representação diplomática.
Pergunto, realmente, ao Sr. Deputado, Mota Amaral, se esses princípios que defendeu durante a discussão na 8.ª Comissão ainda fazem parte hoje do ideário e da defesa que o PPD tem em relação à autonomia dos Açores, visto que falou da transferência dos centros de decisão política para os Açores.
Referiu também que há ilhas nos Açores onde não há qualquer médico. Atendendo a um patriotismo regional, que eu já aqui ouvi citar na boca do Sr. Deputado Viveiros, pergunta-se, por que é que os médicos açorianos, dentro desse patriotismo regional, não se aguentam, não se abalançam a irem servir nessas ilhas onde as próprias populações que eles defendem dentro desse princípio de autonomia e procuram outras terras para ganhar fartos lucros e fartos proventos?
(Palavras do Sr. Deputado Américo Viveiros que não foram registadas.)
Outra voz: - Cala-te!
O Orador: - Estou a intervir, Sr. Deputado, e peço-lhe que me ouça com a mesma atenção com que eu o ouvi a si.
Pausa.
Pausa.
Eram fundamentalmente estas perguntas. Sr. Deputado Mota Amaral, que interessava ao meu. partido conhecer para poder avaliar bem toda a discussão que vai prosseguir-se acerca dos Açores e da Madeira.
(O orador não reviu.)
O Sr. Presidente: - Poderá V. Ex.ª usar da palavra, se assim o entender.
O Sr. Mota Amaral (PPD): - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Não posso deixar de sublinhar, embora não valesse a .pena porque a Câmara dela imediatamente se deu conta, a coincidência dos pedidos de esclarecimento apresentados pelo Deputado do Partido Comunista e pelo Deputado do MDP/CDE,