A não ingerência nos assuntos internos;

5) O direito de cada nação a defender-se só ou em conjunto, conforme a Carta das Nações Unidas;

6) A não utilização das organizações de defesa colectiva para servir os interesses particulares de uma grande potência;

7) A) O não exercício de pressão de um país sobre os outros;

B) A não utilização de acto ou de ameaça de agressão ou da força contra a integridade territorial ou independência política de outro país;

8) A solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos, tais como: a negociação, a conciliação, a arbitragem ou a solução judicial, assim como todos os outros meios pacíficos escolhidos pelas partes e conforme a Carta das Nações Unidas;

9) Promoção do interesse e da cooperação mútuas;

10) O respeito da justiça e das obrigações internacionais.

A República Portuguesa reexaminará todos os tratados e acordos culturais, económicos e de cooperação celebrados pelo regime fascista, submetendo-os a um amplo debate e exame populares, cabendo ao povo decidir a sua denúncia, revisão ou confirmação.

(Celebração de novos tratados)

Todos os tratados e acordos celebrados com Estados estrangeiros deverão, obrigatoriamente, sê-lo à luz dos princípios acima enunciados.

Fica proibida a cedência a Estados estrangeiros ou a organizações internacionais de bases militares em território português.

(Defesa dos cidadãos portugueses no estrangeiro)

A República Portuguesa obriga-se a empreender todos os esforços diplomáticos junto dos Governos estrangeiros na resolução dos problemas apontados pelas assembleias de trabalhadores emigrados.

A República Portuguesa obriga-se a pedir o repatriamento dos portugueses presos e condenados no estrangeiro pela acção desenvolvida em favor da democracia e da defesa dos direitos do povo trabalhador.

(Independência total e absoluta para as colónias)

A República Portuguesa reconhece o direito à independência total e absoluta de todos os territórios ainda sob administração colonial portuguesa, subordinando-se à vontade dos respectivos povos, expressa através das suas organizações de libertação nacional.

A República Portuguesa compromete-se a respeitar na íntegra todos os acordos com esses movimentos e a seguir uma política de não ingerência por qualquer forma nos assuntos internos desses povos.