rativas e informando que o Movimento Cooperativista Português espera contribuir para a melhoria do sector vinícola.

Uma carta do Sr. António Cavaleiro, de Rio Maior, relativamente a uma intervenção do Sr. Deputado Emídio Guerreiro, com a qual não concorda, porque, cito, «quem tem telhados de vidro não deve atirar pedradas». Ele refere-se a uma intervenção em que o Sr. Deputado Emídio Guerreiro criticou o Deputado da UDP.

Uma exposição do Sr. Joaquim do Nascimento Reis sobre o problema dos pequenos e médios agricultores, que ë longa e fica à disposição dos Srs. Deputados, mas cujo teor é este: os agricultores não beneficiaram com o 25 de Abril. Passaram a comprar tudo mais caro e em contrapartida passaram a vender a maior parte dos produtos por preço inferior. Os agricultores não têm salário mínimo nem horário de trabalho.

Uma carta do Sr. José Paulo Monteiro, de Salreu, sobre o problema dos reformados, dizendo a certa altura: «Eu e mais reformados, quando veio e 25 de Abril, estivemos convencidos que o processo revolucionário nos trazia algum proveito.» Conclui depois que se enganou.

Uma carta, com letra quase indecifrável, do Sr. António Correia Rodrigues, que fala na santa aliança PS, PPD e CDS, criticando os Deputados por não se limitarem a fazer a Constituição.

Uma carta, no mesmo sentido, do Sr. João da Costa, de Guimarães, manifestando a sua repulsa por aquilo que se tem passado nesta Assembleia, lamentando que os Deputados tenham consumido o tempo que previamente lhes tinha sido determinado para elaboração da Constituição Política da República, tendo chegado ao fim de três meses com apenas vinte e seis artigos aprovados. Diz depois que, em vez de os Deputados passarem o tempo a insultar-se e a caluniar o V Governo Provisório, incluindo, cito, «o seu abnegado timoneiro, o nosso Primeiro-Ministro, General Vasco Gonçalves (apupos), deviam preocupar-se com a feitura da Constituição».

A este respeito convém informar, não só o nosso correspondente, mas todo o povo português, de que a crítica feita nesta carta é injusta. Esta Assembleia só começou o debate da Constituição em 11 de Julho, porque teve de aprovar e discutir o Regimento, verificar os poderes, nomear comissões, iniciar o debate dos projectos apresentados pelos vários partidos, e só no dia 11 de Julho é que começou o debate na generalidade do texto constitucional e até esta data foram aprovados, salvo erro, quarenta e três artigos, o que significa um terço da Constituição.

O Sr. Presidente: - Vamos agora fazer a leitura dos requerimentos chegados à Mesa.

Foram lidos. São os seguintes:

Requerimento

O Deputado da UDP, Américo dos Reis Duarte.

Requerimento

Considerando:

de fome nas prisões franquistas e essa repressão já causou várias vítimas, uma das quais mortal;

6- Ajusta luta dos povos de Espanha contra o ianqui-franquismo, contra a exploração e a opressão;

7 - Que é dever do povo português, como este tem demonstrado através de inúmeras moções e de outros meios de solidariedade, apoiar a luta dos povos de Espanha, e neste momento em especial a libertação dos presos políticos em Espanha e a abolição da pena de morte;

8 - Que a actuação das autoridades portuguesas para com o antifascista espanhol, o estudante Villaluenga, foi de colaborar com o regime assassino de Franco ao entregá-lo à guarda civil espanhola na fronteira de Paradela em 28 de