nós não somos uma sociedade socialista, somos uma sociedade capitalista e temos que encontrar, nestas condições concretas, o melhor que é possível fazer, mas com a consciência de que isto tem dificuldades. E se não queremos ser puramente demagógicos, temos de reconhecer essas dificuldades e assentar, de uma vez para sempre, que só uma sociedade socialista pode garantir às pessoas o direito de escolher a profissão que mais lhes interessa a elas e com a qual melhor podem servir a colectividade, o povo trabalhador. E, quando falamos em liberdade, devemos também saber que a liberdade, para ser real, não é a liberdade da pessoa humana em abstracto. Porque, quando se fala em pessoa humana, quer-se talvez dizer como aquele escritor que dizia: «O problema da mulher portuguesa é não ter criadas em condições para educar os seus filhos.» Não, não é a pessoa humana em geral que interessa, mas a pessoa humana concreta, e as pessoas humanas na sua maioria são os trabalhadores. É natural que, voltados para esta realidade, devamos procurar outras soluções para estes problemas, realmente muito difíceis.

Tenho dito.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Continua em apreciação?

Ninguém mais pede a palavra?

Pausa.

Vamos então proceder à votação do texto proposto pela Comissão para o n.º 1, visto não termos propostas de alteração na Mesa.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - A votação vai fazer-se número por número, não é verdade?

O Sr. Presidente: - Número por número. Temos, portanto, o n.º 1. Vai votar-se.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

O Sr. Presidente: - Vamos agora proceder à apreciação do n.º 2. Há propostas que vão ser recordadas.

O Sr. Secretário (António Arnaut): - Há uma proposta que é mais de redacção do que de emenda. É do Sr. Deputado António Macedo, do PS. Vou repetir a leitura.

Foi lida de novo.

O Sr. Presidente: - Portanto, está em apreciação esta proposta de emenda.

Alguém deseja usar da palavra?

Pausa.

Vamos pôr à votação esta proposta de emenda, que equivale à substituição do texto, se bem entendo.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

O Sr. Presidente: -0 texto para o n.º 2 será, portanto, este que caba de ser votado.

Passamos à apreciação do n.º 3.

O Sr. Secretário (António Arnaut): - Vamos proceder à leitura das propostas sobre este número pela ordem de entrada na Mesa.

Pausa.

Chegou agora outra proposta, do meu ilustre camarada José Luís Nunes, que será lida em último lugar, para se respeitar a ordem de entrada na Mesa.

Há três propostas relativamente ao n.º 3. A primeira é apresentada pelo Sr. Deputado Furtado Fernandes. Vou repetir a leitura.

Foi lida de novo.

O Sr. Romero de Magalhães (PS): - Peço a palavra para pedir um esclarecimento.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade.

O Sr. Romero de Magalhães (PS): - Eu queria pedir um esclarecimento.

Por exemplo, eu, como professor, queria saber o seguinte: num concurso de provas públicas tenho de escolher lugar, e há, por exemplo, cinco vagas; somos dez concorrentes e temos de ficar os dez lá enfiados. Porque tem de ser assim constitucionalmente?

É uma proposta totalmente absurda.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado dá-me licença? Nós não estávamos a proceder à discussão, estávamos a proceder à leitura das novas propostas de alteração, que são apreciadas na oportunidade devida.

Não havia motivo para pedir o esclarecimento agora.

O Sr. Romero de Magalhães (PS): - Peço desculpa.

O Sr. Secretário (António Arnaut): - É que o Sr. Romero de Magalhães está muito preocupado com o lugar que lhe virá a caber no futuro.

O Sr. Romero de Magalhães (PS):- Vaga ocupada.

O Sr. Secretário (António Arnaut): - Vou, portanto, ler novamente o n.º 3 com as alterações propostas pelo Sr. Deputado Furtado Fernandes.

Foi lida novamente.

O Sr. Secretário: - Segue-se a proposta do Sr. Deputado Mário Pinto, que propõe a emenda da parte final do n.º 3. Repito a leitura.

Foi novamente lida.