de meter uma cunha entre a destruição do capitalismo monopolista de Estado e o socialismo. O que aconteceria seria isto: A classe operária e os trabalhadores vão dando os passos necessários para apressarem a chegada ao socialismo; as estruturas capitalistas que se manteriam, não sendo suficientemente controladas, isso daria, entre outras coisas, a desagregação e o caos económico, isso daria, entre outras coisas, a manutenção de uma base social facilmente presa do projecto ideológico da grande burguesia e provocaria o melhorar de condições para o triunfo da contra-revolução. Em relação ao problema das pequenas e médias empresas e dos pequenos e médios proprietários, que nós consideramos, de facto, base social desta fase da revolução, isso explica-se por uma razão muito simples: é que nós consideramos que o sistema de capitalismo monopolista de Estado, esses pequenos proprietários são objecto, também, de uma exploração por parte dos monopolistas, que se traduz a vários níveis. Ora, ao serem objecto de exploração pelos monopólios, eles poderão ser ganhos para o lado da luta da classe operária e dos trabalhadores, na luta contra esses mesmos monopólios. E, ao entrarem nessa luta contra os monopólios, aprenderão que os seus interesses poderão ser melhor defendidos pelo socialismo e não por qualquer tipo de reconversão das estruturas capitalistas. Portanto, não há a mínima ambiguidade da parte do nosso partido ao recusar a co-gestão e, ao mesmo tempo, ao manifestar que as pequenas e médias empresas devem ser protegidas.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Para esclarecimentos, tenha a bondade, Sr. Deputado Bento Gonçalves.

O Sr. Bento Gonçalves (PPD): - Eu só perguntava ao Sr. Deputado se a pequenez do Partido Comunista alemão ocidental não é, antes, devido à diferença do nível de vida entre os trabalhadores da Alemanha Ocidental e os trabalhadores da Alemanha Oriental?

(O orador não reviu.)

O Sr. Manuel Gusmão (PCP): - Eu enunciei várias razões para essa pequenez eleitoral e numa delas referi-me ao facto de na Alemanha, como em outros países, as estruturas do capitalismo monopolista de Estado, ligadas a um processo de constituição, terem conseguido, de facto, mas isso, sobretudo, à custa de determinadas condições de conjuntura e do sistema imperialista e à custa das lutas e das reivindicações dos trabalhadores alemães, como, aliás, dos trabalhadores de todo o Mundo, melhores condições económicas. E isso facilita, de facto, a penetração no movimento operário de ilusões reformistas e economicistas.

Isto é também um factor e, eu disse-o, mas disse-o nesta formulação, não aquela que disse.

(O orador não reviu.)

O Sr. Furtado Fernandes (PPD): - Sr. Presidente ...

O Sr. Presidente: - Já pediu o esclarecimento, Sr. Deputado.

Antes de prosseguirmos, queremos dar à leitura um comunicado, que acabou de chegar à Mesa, dos trabalhadores dos Serviços das Relações Públicas, em relação à Assembleia.

O Sr. Secretário (Coelho de Sousa):

Deliberações tomadas pelos trabalhadores dos Serviços de Informação e Relações Públicas (SIRP) da Assembleia Constituinte, em reunião geral realizada

1 - Considerando que de há muito os trabalhadores do SIRP têm vindo a desenvolver diversas formas de luta pela satisfação das suas justas reivindicações;

Uma voz: - É bestial!...

O Sr. Secretário (Coelho de Sousa):

8 - Considerando que as medidas necessárias ao reforço dessas rubricas e à antecipação dos respecti-