vos duodécimos poderiam ser tomadas de há muito, pois desde o princípio do ano era previsível a sua necessidade;

9 - Considerando que os trabalhadores sentem que têm vindo a ser sucessivamente enganados, na melhor das hipóteses por incompetência das pessoas a quem, aos níveis de responsabilidade, caberia tomar tais medidas;

Vozes: - Apoiado!

O Sr. Secretário (Coelho de Sousa):

10 - Decidem:

10.1 - Que até ao dia 23 (terça-feira), inclusive, seja pago ao pessoal eventual as remunerações totais correspondentes aos meses de Junho, Julho e Agosto;

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Secretário (Coelho de Sousa):

19 de Setembro de 1975. - Pelos Trabalhadores, José Alberto Pires.

Aplausos prolongados de pé.

O Sr. Presidente: - A esse respeito, eu queria dizer que sendo mais do que evidente a razão que assiste aos funcionários nestas suas reclamações feitas há tanto tempo, e que esperávamos agora ver satisfeitas, mas barrámos com este obstáculo na Repartição da Contabilidade Pública de que dependemos, queria dizer que se efectuaram já ontem diligências que nos levam a esperar que possamos resolver o assunto e evitar mais este transtorno grande, que seria a interrupção dos trabalhos.

Como prova da boa vontade e interesses destes funcionários em acompanhar as nossas actividades, citarei o facto de não ter havido qualquer dificuldade da parte deles em estarem presentes às 14 horas, em vez da hora habitual que estava marcada.

Aplausos.

O Sr. Deputado José Luís Nunes quer falar a este. respeito?

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Exactamente, Sr. Presidente.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Como habitualmente, o meu Partido solidariza-se com as reivindicações apresentadas pelos funcionários desta Assembleia. Recorda que na base destas reivindicações esteve uma política errada e antipopular de desprestígio da Assembleia Constituinte.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Aproveito a oportunidade para manifestar a sua confiança no Governo de salvação nacional recentemente constituído, e que hoje toma posse e que saberá resolver este e outros problemas do nosso país.

(O orador não reviu.)

Aplausos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Barbosa de Melo.

O Sr. Barbosa de Melo (PPD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Popular Democrático, com as palmas que deu quer no fim da leitura da moção apresentada pelos trabalhadores, quer no fim da intervenção do Deputado José Luís Nunes, quis expressar que concorda inteiramente e está contra mais esta prova de falta de consideração pela Assembleia Constituinte e, ao mesmo tempo, perante este caso exemplar de inépcia da governação que esteve entre nós. Espera, por outro lado, que realmente, e tenho essa confiança, o novo Governo encare, como aliás consta do programa já tornado público, a tomada de medidas de prestígio para esta Assembleia Constituinte.

(O orador não reviu.)

Aplausos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Freitas do Amaral.

O Sr. Freitas do Amaral (CDS): - Muito breves palavras para dizer também que me associo às palavras anteriores de solidariedade para com os trabalhadores da Assembleia e ainda para recordar que, como já uma vez aqui dissemos a propósito de assunto semelhante, todos estes casos se inseriam naquilo a que então chamei uma estratégia de desprestígio da Assembleia Constituinte. É particularmente curioso que essa estratégia tenha podido prolongar os seus efeitos mesmo para além do Governo que dela foi intérprete. É um caso de efeitos póstumos de um nefasto Governo.

(O orador não reviu.)

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Exactamente. Vamos dar agora a palavra ao nosso estimado