ensino que seria ministrado, e a estabelecer por acordo, as quais seriam, sem dúvida alguma, bem menores que aquelas que o Estado faria se a tal se abalançasse;

Considerando que os colégios particulares ofereceriam vastíssima e proveitosa colaboração em idêntica instalação de rapazes e raparigas, conforme fossem masculinos ou femininos;

Considerando que o Governo não terá, com certeza, receio de mostrar ao povo que estas entidades mais uma vez poderão ser extremamente válidas, colaborando na resolução deste grave problema nacional;

Considerando que é de primária intuição o recorresse a máquinas já montadas e que, instantaneamente, poderão responder;

Considerando que não seria de admitir qualquer apropriação do Estado quanto a estas entidades privadas, administrando propriedade privada e que poderão ser um « braço direito», sem mais preocupações para o Governo, a quem já bastam as inúmeras que o esmagam;

Considerando que, de tal forma, se libertariam os pais, sem abandono dos filhos, para mais calmamente resolverem o seu futuro e o dos seus:

Requeiro ao Governo que, pelo Ministério respectivo e com a maior urgência, me informe se pensa dirigir-se às referidas dioceses e aos responsáveis pelos estabelecimentos de ensino e, estabelecida uma plataforma de acordo, aceita os seus serviços para os fins em vista ou, no caso contrário, como julga resolver este gravíssimo problema.

O Sr. Presidente: - Temos mais requerimentos na Mesa, que vão ser lidos.

O Sr. Secretário Alfredo de Carvalho: - Requerimentos da UDP:

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Proponho que seja suspensa a leitura desse requerimento.

O Sr. Secretário:

5 - Considerando que foi o Sr. Cal Brandão, governador civil, que nomeou a nova Comissão Administrativa da Câmara, e que é ele que se opõe ao funcionamento do conselho municipal;

Uma voz:- Somos todos!

Vozes: - Não apoiado! Fora!

Manifestações.

O Sr. Secretário:

6 - Considerando que na mesma altura em que o VI Governo Provisório, reaccionário, tomava posse, milhares de trabalhadores impunham mais uma derrota aos opressores do povo, seguindo o princípio de « não recuar nem um passo> e «não ceder nem uma das conquistas já alcançadas».

Requeiro que o Governo me informe: Porque é que a PSP e a GNR ainda não foram dissolvidas;

b) Quais as outras medidas repressivas que fazem parte do programa do VI Governo Provisório para repor a tão falada «autoridade, disciplina e ordem»;

c) Qual a posição do Governo face à proposta aprovada pelo conselho municipal do Porto e pelo povo reunido em frente da Câmara Municipal do Porto, cujas resoluções transcrevemos: Exigir do Governo a demissão imediata do governador Cal Brandão.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Não apoiado! Exigir a demissão imediata da comissão de. gestão e a sua substituição por uma comissão administrativa cuja composição tenha o aval do conselho municipal.

3) Exigir do Governo o reconhecimento imediato do conselho municipal como órgão popular de vigilância dos serviços e gestão da Câmara.

4) Denunciar publicamente perante o povo do Porto as atitudes fascistas da polícia de repressão pública, que carregando sobre o povo à maneira do fascismo, não poupando à sua sanha assassina nem mulheres nem crianças, exigindo de imediato um inquérito à actuação do tenente Carmona, comandante da força policial e carrasco do povo.

5) Exigir o regresso do brigadeiro Corvacho, pois só ele e mais ninguém serve os interesses dos explorados do Porto.

Manifestações.