O Sr. Santos Silva (PPD): - Portanto, amanhã eu fico mais esclarecido se, disse ...

O Sr. Octávio Pato (PCP). - Mas era verdade ou não era?

O Sr. Santos Silva (PPD): - Desculpe. não interrompa Sr. Deputado Pato.

Manifestações na Sala.

O Sr. Santos Silva (PPD): - Deixe-me só com este fricassé ...

Deixe-me só acabar este fricassé! ...

Olhe, eu tenho pena que tenha dito qualquer coisa que os meus amigos me informaram que constituía uma ofensa grave para mim.

Amanhã o saberei e realmente se resolverá este assunto com a dignidade com que ele deve ser resolvido.

Entendido?

Estamos esclarecidos?

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Pergunto isto, Sr. Doutor, se ...

Se o senhor se recorda ...

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado dá-me licença?

Dá-me licença, Sr. Deputado Carlos Brito?

Peço a atenção para o facto de que as explicações dadas retiram qualquer significado da ofensa à hora do Sr. Deputado Santos Silva.

As explicações devem ser neste aspecto, a meu ver consideradas satisfatórias.

O Sr. Santos Silva (PPD): - Sr. Presidente, desculpe ...

O Sr. Presidente: - E vamos terminar este incidente ...

O Sr. Santos Silva (PPD): - Sr. Presidente. V. Ex.ª desculpe, mas quem sabe se elas são satisfatória, sou eu e mais ninguém! ...

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - O Sr. Presidente dá-me licença?

O Sr. Presidente: - Rapidamente, que o incidente já está esclarecido.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Não, não! Há uma afirmação do Sr. Presidente que eu não aceito.

Evidentemente que eu não faria qualquer declaração que ofendesse a honra do Deputado Santos Silva.

O Sr. Presidente: - Não fiz a afirmação de que o tinha feito. Eu fiz a afirmação de que a Sr. Deputado Santos Silva tinha entendido, nesse sentido, e pedido explicações.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Uma segunda questão: gostaria que o Dr. Santos Silva dissesse se tinha ou não, factos que eu citei como verdadeiros, e se tem agora a recordação deles.

Este facto que ele referiu ...

O Sr. Santos Silva (PPD): - Desculpe. Eu não ouvi bem.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - A minha pergunta é esta: Estes factos que lhe referi, são ou não são verdadeiros?

O Sr. Santos Silva (PPD): - Não! Suponho que não, que não são verdadeiros. Eu vou recapitular:

Eu não creio, não, mas é claro ...! Mas nós conversámos sobre o 5 de Outubro. Do 28 de Setembro não me recordo de ter conversações nenhumas consigo. Eu estou no Porto, venho cá acidentalmente, suponho que estive duas vezes, essas sessões eram presididas peio Sr. Coronel Varela Gomes, que é uma testemunha que eu invoco, que é uma pessoa que eu estimo, que, embora estejamos desviados politicamente, tenho a certeza que, c um homem de honra e, portanto, as coisas recordam-se.

Aliás, o Sr. Doutor invocou duas pessoas e eu conheço muito bem e tenho absoluta confiança nelas. Se realmente nós nos levantamos da cadeira, nos sentamos ...

Eu não tenho ideia, absolutamente nenhuma, do 28 de Setembro. Até me lembro que nós nos reunimos no dia 27, e foi a última vez que eu suponho me ter reunido consigo. Foi no dia 27 de Setembro que eu fui para o Porto, o coronel Varela Gomes estava muito incomodado, foi na altura em que eu conheci a mulher do coronel Varela Gomes, à porta, que também estava muito inquieta com o que se estava a passar, naturalmente inquieta com a ameaça de qualquer coisa, foi a última vez que, eu suponho, tive o prazer de falar consigo e é esta a última que tive o desprazer de o ouvir.

(Os dois oradores, Srs. Deputados Santos Silva e Carlos Brito, não reviram.)

O Sr. Presidente: - O incidente, por hoje, pelo menos, está encerrado.

Tem a palavra o Sr. Deputado Joaquim Velez.

Pausa.