O Sr. Presidente: - Suponho que há três pedidos de palavra; não sei se serão da inscrição normal ou se no seu legítimo direito de defesa desejam intervir nesse ponto.

Pausa.

Têm todos o direito de resposta.

Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Amaral.

O Sr. Fernando Amaral (PPD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: V.Ex.ª há momentos pedia ao orador, num apelo que se me afigurou oportuno e veemente, um apelo ao bom senso e à inteligência. Faltou bom senso e a inteligência parece-me não existir.

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - Foi toda para aí ...

O Orador: - Falhados estes dois pressupostos, o orador prosseguiu na sua diatribe contra a qual eu julgo ser legítimo, por parte do PPD, levantar o seu veemente repúdio e o seu protesto pelas palavras proferidas por um Deputado que se me afigurou não ser digno de estar aqui com os seus pares ...

... porque desrespeitou naquilo que há de mais sério, fundamental e digno por parte de quantos sabem viver e pretendem viver em democracia.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - À falta do conhecimento exacto de um inimigo, que o Partido Comunista tem esquecido, cria espantalhos e criou fantasmas. Se não fora o facto de saber que é um elemento do PCP que profere aquelas palavras, teria de afirmar que haveria a insidiosa infiltração de um boneco para ilustrar ridículos. A mentira continua a ser a sua arma predilecta e a calúnia continua a ser a sua veste habitual. Por isso o PCP não é viável em Portugal e o povo já o manifestou.

Burburinho na Sala.

O Orador: - Porque é demagógico, porque é prepotente, porque é totalitário!

(O orador não reviu.)

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

de vista, fiz um apelo à sua inteligência, ao seu bom senso e ao seu equilíbrio. Em vão. A coisa continuou.

A verdade é que não há nada no Regimento que me obrigue a dar a palavra a representantes de partidos que sejam objecto de qualquer acusação feita nesta Assembleia. O direito de resposta é um direito meramente individual. É esse direita que vou daqui por diante respeitar ...

Uma voz: - Muito bem!

Uma voz: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Vamos atender à lista dos Srs. Deputados inscritos, tendo a palavra o Sr. Deputado Hilário Teixeira.

Pausa.

O Sr. Deputado Vital Moreira pediu a palavra para ...

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Para fazer uma pergunta á Mesa, invocando o Regimento, Sr. Presidente.

Queria saber se ao dar a palavra ao Sr. Deputado do PPD que acaba de intervir, ela foi dada a título de pedido de esclarecimento, que o Regimento admite, ou a título de abertura de um debate que o Regimento admite.

Se foi a primeira hipótese, creio que a Mesa devia chamar à ordem o Sr. Deputado, porque não foi isso que ele fez; se foi a segunda hipótese, devo dizer que não prescindo do meu direito de intervir no debate que acaba de ser aberto.

O Sr. Presidente: - A Mesa foi a primeira a reconhecer e a penitenciar-se de ter infringido, dentro da tal amplidão e da tal dimensão de discussão, como é próprio da minha maneira de ser, e nessas condições considero permanentemente encerrado o debate quanto a este ponto.

Tem a palavra o Sr. Deputado que se encontra inscrito, Hilário Teixeira.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Peço a palavra para invocar o Regimento.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Hilário Teixeira.

Burburinho na Sala.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Sr. Presidente ...

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Hilário Teixeira e depois segue-se a ordem de ins-