11- Considerando que em disciplina é a do capitão Rocha quando chega à Praça de D. João I em vez de virar os canhões contra os fascistas apontas pais a sede da UDP que estava a ser atacada.

Vozes: - Onde estão os fascistas!

Burburinho.

O Orador: -12 - Considerando que essa ordem defendida pelo capitão Rocha que autorizou que dez fascistas entrassem na sede da UDP e seguidamente s virassem de pernas para o ar, partindo 2náquirias e móveis.

Vozes: - Que máquinas?

Outras vozes: - Assassinos!

O Orador: -13 - Considerando que essa autoridade é a de terem escrito nas paredes da sede da UDP «viva o ELP», «viva o MRPP» sem que as forças da tal ordem conseguissem vislumbrar os autores de tais provocações.

O tumulto aumenta.

O Orador: - Requeiro que o Presidente da República esclareça:

Vozes:- Para a cadeia! Quais os dados e elementos concretos que o Governo tinha em seu poder sobre a lamentável morte de um estudante para, mentirosa e provocadoramente, fazer sair um comunicado ...

Uma voz: - Assassinato político!

O Orador.

... em que fala em assassinato, quando os nossos camaradas presos nem sequer tinham sido ouvidos pelo juiz de instrução.

Vozes: - É falso!

Burburinho.

O Orador: Quais as razões por que as forças de ordem só intervieram passado cinco horas, quando a sede da UDP no Porto estava a ser atacada por fascistas.

3. Quais as razões por que a PSP disparou uma rajada de metralhadora contra a serie da UDP no Porto.

4. Se o ELP ainda é proibido porque é que as forças da ordem que tomaram conca da sede da UDP não prenderam quem andou dentro da nossa sede a escrever, «viva o ELP», «viva o MRPP».

O Sr. Presidente: - Fazem favos de deixar concluir.

O Orador: - Eu dá-me a impressão de que o Porto é que foi enganado.

Vozes de protesto de vários sectores.

O coro está é desafinado. Ali os fascistas do CDS falam de uma maneira! Ali os ...

O Sr. Presidente: - Não, o senhor não faz comentários.

Burburinho.

Leia o requerimento.

Burburinho.

Vozes: - Rua!

O Sr. Presidente:- Não faz comentários. Leia o requerimento.

Burburinho.

O Orador: Quem são os responsáveis pela destruição dos móveis e máquinas que se encontravam na nossa sede. Onde está o inquérito sobre o inato de Vítor Borrardes, no Rossio, pela PSP, em meados de Agosto de 1974, aquando de uma manifestação anti-colonial.

Vozes: - Rua! Assassino!

O Orador: Onde está o inquérito sobre o assassinato, a tiro, do camarada João Manuel Lapas, militante da UDP, em Setúbal, nas vésperas do 11 de Março aos acontecimentos provocados pelo PPD.

Uma voz: - Fora!

O Orador. - Está lido o requerimento, vai ser entregue à Mesa.

O coro está desafinado ...

Vozes: - Fora assassino! Malandro!

Diário da Assembleia Constituinte:

Diário n.º 63. Na p. 1937, col. 1.ª, l. 46, em vez de: «plenitude», deve ler-se: «faculdade».

Diário n.º 64. Na p. 1987, col. 2.ª, l. 18, em vez de: «uma acusação de preferência por qualquer partidos, deve ler-se: «uma acusação de parcialidade contra qualquer partido».

No mesmo Diário. Na p. 1973, col. 2.ª, l. 36 e 37, em vez de: ao seu Presidente não estava de modo algum obrigado, deve ler-se: «o Sr. Presidente da República não estava de modo algum obrigado».

Outras rectificações enviadas para a Mesa durante a sessão:

Venho rogar a V. Ex.ª se digne mandar introduzir no Diário da Assembleia Constituinte as seguintes rectificações: