Se, realmente, ficar colocado na situação de não ter por onde escolher, senão entre uma atitude discriminatória e a incompetência, pois bem, preferirei optar pela incompetência.

Vozes: - Não apoiado!

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Coelho dos Santos (PPD): - Era para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faz favor.

O Orador: - Eu pergunto se no artigo 20.º do Regimento, onde se define claramente quais são as prerrogativas do Presidente da Mesa, e são treze as alíneas, se aí consta que ao Presidente compete fazer observações sobre os documentos de Deputados, e parece-me que a única observação a esta interrogação, que faço, seria dizer se tenho ou não razão.

De resto, repudio qualquer observação que não seja feita nestes termos.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Surpreende-me a atitude do Sr. Deputado, quando eu procurei ter uma atitude o mais conciliatória possível e exprimi toda a consideração que me merece. O que eu disse foi que, tendo tomado agora conhecimento do protesto, ele iria ser estudado cuidadosamente. Não creio que possa pretender o estudo desde já. Foi o que eu disse. Creio que também ninguém poderá levar a mal que diga que não houve qualquer intenção discriminatória; isto não pode ser levado a mal de maneira nenhuma.

O Sr. Secretário (António Arnaut): - Eu queria apenas informar, com permissão do Sr. Presidente, que os secretários que nesse dia estiveram na Mesa estão inteiramente solidários com o Sr. Presidente, porque julgam que ele fez a aplicação correcta, ou melhor, a interpretação correcta do Regimento.

O Sr. Presidente: - Agradeço, mas, de facto, o Presidente, sozinho, poderá arcar com essa responsabilidade.

Vamos agora ler alguns requerimentos.

O Sr. Manuel Dias tem a palavra para ler um requerimento do seu lugar.

O Sr. Manuel Dias (PS):

Considerando que a juventude deste país será, no futuro, a grande obreira da sociedade;

Considerando que, a curto prazo, essa juventude será o mais válido da nossa população activa;

Considerando que o Governo tem por obrigação defender por todos os meios ao seu alcance a integridade física e moral dessa mesma juventude;

Considerando ainda que o uso e abuso de drogas está alastrado assustadoramente de Norte a Sul;

Considerando que essa terrível praga já penetrou ou está penetrando em quase todas as escolas secundárias e superiores do País;

Considerando que o contrabando e cultura interna de estupefacientes aumentou enormemente por mãos criminosas e por condições criadas por eventos muito recentes;

Considerando que as autoridades responsáveis não podem ignorar assunto de tal gravidade;

Considerando que a não actuação firme dessas mesmas autoridades na prevenção e repressão do contrabando, comércio ilegal e uso da malfadada droga, levar-nos-á à perca de muitos dos nossos melhores:

Requeiro, ao abrigo das disposições legais, que o Governo, através do Ministério da Justiça, me informe: Quais os meios, técnicos e humanos, ao dispor para combater e prevenir o uso indiscriminado de estupefacientes;

2) Se esses meios, depois do 25 de Abril de 1974. foram aumentados e em que quantitativos;

3) Se o consumo de estupefacientes, em nítida ascensão, tem contribuído para o aumento de toxicómanos e quais os números destes (aproximados);

4) Quais os meios utilizados para desintoxicação, tratamento e recuperação dos. afectados pelo uso de drogas.

O Sr. Presidente: - Requerimento do Deputado Mota Prego.

O Sr. Mota Prego (PS): - Este requerimento é determinado fundamentalmente por aquilo que se passa no Minho, realidade que eu mais de perto conheço:

publicidade, em ordem ao seu efectivo cumprimento por parte dos beneficiários:

Requeiro que o Ministério competente me informe: Em que estado se encontra o estudo e elaboração de legislação adequada ao suprimento das carências de subsistência resultantes para os proprietários que se não encontrarão em condições de