... em todas as províncias, na Madeira, nos Açores, no Alentejo, no Algarve ou em Trás-os-Montes.

E deslocaram-se na qualidade de representantes do Partido Socialista.

Portanto, eu creio que quaisquer referências, cujo significado negativo foi aqui altamente empolado, não se terão de forma nenhuma dirigido ao Prof. Henrique de Barros, na qualidade de Presidente da Assembleia Constituinte. De forma nenhuma a sua dignidade, como titular desse cargo, nem a dignidade desta Assembleia, nem sequer a sua personalidade, esteve, com certeza, em causa nas formulações que eu não conheço e que eventualmente, como é próprio da juventude, podem ser irreverentes e...

Manifestações.

... até dentro da irreverência, poderão ...

Burburinho.

Vozes de protesto.

O Sr. Presidente: - Peço a atenção.

O Orador:-... passar do justo limite.

Manifestações diversas.

O passo do comunicado que foi transcrito, a referência eventualmente injusta, seguramente injusta, segundo fomos informados, de não poder falar sobre problemas da Madeira quem só conhece a Madeira por fotografia, contrária à verdade, certamente, foi-nos aqui assegurado que era contrária à verdade, não me parece, todavia, vistas as coisas no âmbito de um contencioso partidário, de uma polémica partidária, susceptível de fundamentar a ideia de que há uma ofensa pessoal a V. Ex.ª e muito menos de que há uma ofensa ao Presidente da Assembleia Constituinte e uma ofensa à Assembleia Constituinte.

Parece-me extremamente desproporcionada a violência e a veemência das considerações do Sr. Deputado Manuel Ramos. Por um lado, porque eu creio que, quando se trata de analisar comunicados da juventude, há sempre que tomar em conta a irreverência, sobretudo se se é jovem e se se é receptivo à juventude.

Uma voz:- Se se é reaccionário ...

Outra voz: -Tal pai, tal filho ...

Manifestações.

O Orador:- Não creio que sejam formas de paternalismo, muito menos formas de paternalismo ...

Burburinho.

... extremamente violentas, que possam desempenhar um papel pedagógico nesta matéria. Designadamente não quero deixar passar em claro a referência do Sr. Deputado anterior à necessidade de duas boas surras aos adolescentes da JSD, que me faz lembrar, tristemente, a célebre formulação e o célebre critério de quem pretendia com «uns bons safanões a tempo» resolver os problemas da vida portuguesa e da liberdade de opinião em Portugal.

Vozes: -Muito bem!

Aplausos.

O Orador: - Quero só afirmar que, ainda que a Juventude Social Democrática tivesse pisado o risco que assinala o limite da sadia irreverência, não é o exemplo de falta de equilíbrio, de demagogia desenfreada, de linguagem desbragada, que agora ouvimos, que pode ser pedagógico para quaisquer pessoas, muito menos para jovens e muito menos para a democracia em Portugal.

Uma voz: -Mereciam mais ainda!

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Sr. Manuel Ramos (PS): - Sr. Presidente, dá-me licença?

O Sr. Presidente: -Tem a palavra, se faz favor.

O Sr. Manuel Ramos (PS): - Sr. Presidente: Vou evocar o direito de resposta, e são só duas palavras.

É para dizer que não reconheço ao Sr. Deputado Mota Pinto qualidade alguma para me dar lições seja sobre o que for.

Aplausos.

Vozes: -Muito bem!

O Sr. Cunha Leal (PPD): - Está ao nível do que diz que são os rapazes da Madeira!

O Sr. Presidente: - O direito de resposta pode ser evidentemente legítimo e quem foi atingido foi uma entidade partidária e o leader respondeu. Creio que o assunto poderá ser considerado esclarecido.

Eu volto a assinalar que não me considero de maneira nenhuma atingido na minha honra pelas considerações feitas. De modo algum.

Pausa.

Eu peço atenção.

O Sr. Deputado da Madeira desejaria usar da palavra. Acho natural que deseje. Tem a palavra.

Burburinho na Sala.

O Sr. Emanuel Rodrigues (PPD): - Sr. Presidente: Queria apenas fazer duas perguntas ao Sr. Deputado Manuel Ramos, se não estou em erro.

Mas começarei por dizer que a sua intervenção despropositada vai apenas revelar...

Manifestação na Sala.