Da coordenadora do PS do núcleo CTT Marconi, TLP, um telegrama do seguinte teor:

Coordenadora PS núcleo CTT Marconi TLP apoiam VI Governo e repudiam energicamente acontecimentos passado dia 9.

De Ponta Delgada, Açores, outro telegrama, dos trabalhadores da firma Silva e Conde, L.da, do seguinte teor:

Repudiamos trabalhos 8.ª Comissão sobre autonomia Açores stop Pedimos sua imediata dissolução.

Também de Ponta Delgada, outro telegrama, da comissão de trabalhadores da firma R. G. Santos, do seguinte teor:

Comissão trabalhadores firma R. G. Santos repudiam vivamente autonomia burla elaborada 8.ª Comissão exigimos sua imediata dissolução stop Autonomia Açores tem ser elaborada Açores por açorianos..

Também de Ponta Delgada, outro telegrama, de Jerónimo Cabral, do seguinte teor:

Protesto energicamente contra 8.ª Comissão falsa na proporcionalidade dois partidos eleitos arquipélagos Açores Madeira e absurda presença partidos nenhuma representatividade estas regiões ponto repudio resultados trabalho essa Comissão.

Igualmente de Ponta Delgada, da JSD, mais outro telegrama, do seguinte teor:

Comissão local Juventude Social-Democrática Ponta Delgada repudia texto autonomia Açores 8.ª Comissão considerando alta traição povo açoriano stop Exigimos imediata dissolução desta stop Consequência estatuto redigido Açores pelos açorianos saudações sociais-democráticas.

Agitação na Assembleia.

Mais um telegrama do núcleo distrital da Horta do PPD, cujo texto é o seguinte:

Repudiamos nove artigos já aprovados 8.ª Comissão texto inserir título VIII Constituição por reconhecermos essa articulado constitui autêntico logro povo Açores pois dá com uma mão o que seguida tira duas contrariando legítimas aspirações ampla real autonomia político-administrativa esta região preconizada respectivo projecto PPD ponto Urge abrir olhos indestrutível realidade livre escolha esmagadora maioria povo açoriano linhas programáticas PPD e recompor referida Comissão consentânea aquela opção fim evitar subsistência burla ponto Saudações democráticas.

Agitação na Assembleia.

O Sr. Presidente: - Estamos a ler o expediente.

O Sr. Romero Magallhães (PS): - É que fala aí de um articulado que traz . ..

O Sr. Presidente: - Eu já lhe dou a palavra, Sr. Deputado, deixe acabar a leitura do expediente.

O Sr. Secretário: - Da Sr.ª D. Amélia Madrugo Bárcia, de Lisboa, uma carta respeitante aos recapturados de Alcoentre. Vem trazer ao conhecimento de V. Ex.a, a quem pede auxílio, o seguinte:

«Após a fuga de 29 de Junho último, os recapturados foram postos em rigoroso isolamento.»

Mais abaixo, em ponto dois, refere: «Assam, e mais de quatro meses decorridos, não sabem ainda os familiares dos detidos em isolamento se os mesmos são vivos ou mortos, se se encontram de saúde física e moral ou se estão doentes.» Outro passo: «Quanto aos detidos nunca mais tiveram visitas ou, quanto aos detidos não isolados, nunca mais tiveram visitas . ou puderam receber encomendas.»

O Sr. Júlio da Silva e Sousa, de Odivelas, Loures, enviou uma extensa carta com extractos de textos aprovados em várias instâncias internacionais e extractos de algumas leis publicadas em alguns países, sobre o assunto «objecção de consciência e serviço militar».

Fica à consideração dos Srs. Deputados.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Romero Magalhães queria fazer qualquer comentário a propósito da leitura do expediente?

O Sr. Romero Magalhães (PS): - Não, Sr. Presidente. Eu queria fazer uma pergunta a V. Ex.': é se V. Ex.ª tem conhecimento de algum articulado aprovado por uma 8.4 Comissão, da qual eu, Deputado, nunca ouvi falar.

Se V. Ex.ª tiver, é ignorância minha realmente ter isso presente. Mas se V. Ex.ª também não tiver, tenho a impressão de que toda a Assembleia ficará em condições de igualdade: ninguém tem esse conhecimento.

O Sr. Presidente: - A resposta é que não tenho o menor conhecimento desse articulado.

O Sr. Romero Magalhães (PS): - Muito obrigado, Sr. Presidente.