Tem a palavra o Sr. Deputado Alfredo de Sousa.

O Sr. Alfredo de Sousa (PPD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Terminámos a votação, creio do texto da 4.ª Comissão, sobre a organização económica. Foi dito aqui, várias vezes, a propósito de vários preceitos, que se fazia o teste sobre o socialismo. Considero que é no saldo final da votação deste texto, sobre a organização económica do País, que se fez finalmente a teste, o exame, de se saber quem era pelo socialismo democrático, gela construção democrática do socialismo, de um socialismo do povo, e não de um socialismo de Estado.

O Sr. Pedro Roseta (PPD): - Muito bem!

O Orador: - Creio que é o socialismo do povo, um socialismo democrático, que venceu. As tentativas, as repetidas tentativas, disfarçadas ou não, para nos conduzirmos a um outro tipo de socialismo, que nós não consideramos como tal, fracassaram. E embora o conjunto, num ponto ou outro, nos mereça algumas reticências, que já lhe fizemos e declarámos nas nossas declarações de voto, o conjunto desta votação para nós é considerado como um ganho positivo no sentido de caminharmos por uma via democrática, para um socialismo que seja um socialismo realmente de todos, e não um socialismo de uma casta.

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Orador: - Temos esperança de caminharmos democraticamente para esse tipo de socialismo. Há forças que estão empenhadas em dar o golpe noutro sentido.

O Sr. Herculano de Carvalho (PCP): - O PPD!

O Orador:-... mas nós estamos perfeitamente persuadidos de que não será o PPD, mas será o povo português todo inteiro, com todas as forças democráticas, que garantirá o caminho democrático, o caminho de acordo com a vontade popular, para se construir aquele socialismo que o povo português realmente quer e aquele socialismo que lhe interessa.

É esta declaração de voto final do Partido Popular Democrático.

(O orador não reviu.)

Aplausos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Olívio França. Se é declaração de voto terá de ser par escrito.

Pausa.

Ora bem! Parece portanto que terminou a discussão e a votação deste texto. Teríamos, portanto, para amanhã às 15 horas - não há sessão da parte da manhã - a apresentação e o relatório do texto da Comissão e o seu debate. Mas para tanto dou a palavra ao Sr. Dr. Olívio França.

O Sr. Olívio França (PPD): - Ora, Sr. Presidente, era para informar o seguinte:

É que os trabalhos da 5.a Comissão ainda não estão concluídos e prosseguem amanhã gela manhã, não sabemos, portanto, o que irá ainda acontecer. Parece-me um tanto prematuro marcar-se os trabalhos para as 15 horas sem a apresentação da nosso projecto.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Há aqui um problema que a Assembleia ...

Mas a Comissão não terá tempo da parte da manhã?

Pausa.

Não sabe?

O Sr. Olívio França (PPD): - Não sei.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Se eu tivesse a certeza ou pelo menos a presunção, ou marco a sessão ou não marco a sessão ...

Estarmos o dia inteira sem trabalhar é que me parece um bocadinho ...

O Sr. Deputado José Luís Nunes.

Tenho de pôr isto à consideração da Assembleia. Peço o favor. Ainda temos meia hora.

Parece-me que as pessoas estão muito apressadas, quando afinal ainda falta meia hora para terminar a sessão.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado José Luís Nunes.

Pausa.

Faz favor.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputadas: V. Ex.ª acaba de marcar a sessão para amanhã às 15 horas. Da declaração do Sr. Dr. Olívio França, o nosso colega do PPD, ressalta que ele não sabe se amanhã poderá ou não apresentar o articulado da 5.8 Comissão. Será certamente um facto que nós apreciaremos amanhã na altura própria.

Sugeria, portanto, que se mantivesse a indicação que V. Ex.ª concedeu.

(O orador não reviu.)

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Parece que chegámos a um ponto ... O Sr. Deputado Mota Pinto tenha a bondade.

O Sr. Mota Pinto (PPD):- Sr. Presidente, Srs. Deputadas: Era só para dizer que tinha solicitado a palavra para emitir um ponto de vista coin-