Ainda podíamos admitir que cada partido tivesse direito, por exemplo, a um número x de senhas, mas um número x de senhas mínimo e igual para todos os partidos. Como exemplo: 10 senhas para cada partido, tendo em conta as pessoas que vêm da província. Poderíamos considerar essa hipótese, mas todas as outras que não sejam uma coisa deste género creio, Sr. Presidente, que é a personificação de se querer fazer uma selecção no que respeita às galerias. Isto é, de certo modo, assegurar que nas galerias a proporção de pessoas que lá estejam seja correspondente à proporção de cada partido aqui dentro. E, quanto a isso, estamos em completo desacordo com essa ideia.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Candal.

critério da distribuição, o critério «a cada deputado a sua senha», pois o Partido Comunista terá menos senhas do que o PPD. Pois lamento isso, mas não é antidemocrático. Enfim, é uma consequência do processo democrático que foi seguido. Pois faço votos para que o Partido Comunista, em próximas eleições, possa ter expressão numérica mais adequada à sua combatividade e militância e ao seu passado político na luta antifascista.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado António Abalada.

O Sr. António Abalada (PCP): - Disse que a entrada nesta Assembleia é livre. A partir daqui, se ficar aprovado que seja por senhas, deixa de ser livre a entrada na Assembleia, para assistência, aos trabalhadores, porque muitos deixam de trabalhar algumas horas para assistir às sessões desta Assembleia, para verem quem é que defende os interesses dos trabalhadores. É isto.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Encerramos a sessão às 20 horas, conforme manda o nosso Regimento, mas ainda não chegámos lá pelo relógio da casa.

Tem a palavra o Sr. Deputado Américo Duarte.

O Sr. Américo Duarte: - Só queria pôr aqui o seguinte ponto:

A UDP apresenta uma proposta para que se dê prioridade às comissões representativas dos trabalhadores. Isto quer dizer: aos sindicatos operários, agrícolas, a todos aqueles que, em geral, vendem a sua força de trabalho.

O que acontece é que ainda não vi aqui nenhum destes senhores dos partidos defender essas comissões de base. Porquê?

Porque estes senhores, e vê-se bem, o que têm medo é que realmente as comissões de trabalhadores de base aqui estejam a ver como se estão a cozinhar as leis nas suas costas. É esta a minha posição. Outro caso que queria apresentar diz respeito ao Sr. Deputado Carlos Candal, quando ele diz que aqui dentro podem vir os reaccionários. Se ele não quiser que venham cá os reaccionários é votar na proposta da UDP para as comissões representativas dos trabalhadores estarem aqui presentes e os seus partidos convidarem essas comissões a virem verificar o que se passa aqui dentro.

(O orador não reviu.)

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Amândio de Azevedo.

O Sr. Amândio de Azevedo: - Mantendo-me fiel ao critério de que são desejáveis intervenções breves, eu queria apenas chamar a atenção para o facto de a proposta do PPD ir exactamente ao encontro de críticas que aqui foram feitas à proposta do PS. Pensamos que se deve dar oportunidade a certas pessoas que não têm a possibilidade de se deslocar à Assembleia, não vão chegar aqui e verem-se impossibilitadas de assistir às sessões, de terem garantida a possibilidade de acesso. Mas cremos que não é justificável que essas pessoas que têm garantida essa