O Sr. Jorge Miranda (PPD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PPD votou a favor da proposta apresentada pelo Partido Socialista, e que no fundo reproduz uma proposta anteriormente apresentada pelo Partido Popular Democrático no início deste debate. Entretanto, o PPD reconhece que o debate travado trouxe elementos altamente positivos à análise do problema posto pelo pacto, ou Plataforma de Acordo Constitucional, entre o MFA e os partidos, e reconhece que esse debate teve, pelo menos, se não fosse outro o seu mérito, a grande importância de pela primeira vez em Portugal se discutirem publicamente os problemas relacionados com a organização do poder político. Ao contrário do que pensa o representante do Partido Comunista Português, nós estamos absolutamente convencidos de que esse debate veio mostrar claramente a desadaptação da Plataforma assinada em Abril em circunstâncias que são totalmente diversas das circunstâncias actuais, e que veio demonstrar que nós, representantes eleitos do povo português, queremos que o MFA continue a desempenhar um papel na vida política deste país. Mas queremos que esse papel seja um papel que se conjugue com o elemento democrático representativo que há-de decorrer da expressão livre do povo através do voto.
É nesse sentido, de uma reformulação do papel do MFA, sem pôr em causa a sua presença na vida política portuguesa, é nesse sentido de uma reformulação da Plataforma, a fim de o povo português, finalmente, poder ser senhor do seu destino, que nós entendemos que devem ser encarados os trabalhos da 5.ª Comissão quando voltar a funcionar após as negociações com o Conselho da Revolução.
(O orador não reviu.)
O Sr. Presidente: - Mais algum Sr. Deputado deseja formular declarações de voto? Já lhe dou a palavra, Sr. Deputado Carlos Candal.
Por consequência, foi aprovada uma proposta no sentido de suspendermos a votação e remetermos o texto à apreciação da 5.ª Comissão novamente. No que diz respeito à parte da proposta também aprovada de se encetarem conversações com o Conselho da Revolução, teremos que estudar a melhor maneira de o fazer, o que não pode ser improvisado de momento.
Ora, temos ainda que ouvir os pareceres da Comissão de Verificação de Poderes sobre a renúncia de alguns Deputados, de modo que tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Candal.
O Sr. Carlos Candal (PS):
Relatório e parecer
2. Analisados os documentos pertinentes de que a Comissão dispunha, verificou-se que os substitutos indicados são real e actualmente os primeiros candidatos não eleitos ainda não solicitados na ordem de precedência das listas eleitorais apresentadas a sufrágio pelo Partido Socialista no círculo eleitoral de Lisboa, relativamente ao primeiro, pelo Partido Comunista Português no círculo eleitoral de Setúbal, no que
O Sr. Presidente: - O parecer está submetido à apreciação da Assembleia.
Pausa.
Se ninguém pede a palavra, consideramo-lo aprovado e, como habitualmente, damos as boas-vindas aos novos colegas.
Pausa.
Perguntarei ao presidente ou a alguém que represente a 6.ª Comissão se se considera em condições de ler o respectivo relatório. O texto, como sabem, já foi distribuído.
Não sei a quem me estou dirigindo.
O Sr. Fernando Amaral (PPD): - Se V. Ex.ª me dá licença eu vou apenas trocar ali uma impressão breve.
O Sr. Presidente: - Poderíamos proceder amanhã à leitura do relatório?