pessoas que, na orgânica do tribunal, têm funções jurisdicionais próprias. Portanto, dizer-se que o Ministério Público é um órgão autónomo afigura-se-me, a mim, uma concepção que eu não partilho, ou que me parece, neste momento, perigosa.
É evidente ...
O Sr. Presidente: -Peço aos Srs. Deputados o favor de não estarem a circular pelos corredores. Daqui a pouco serei obrigado a encerrar a sessão por falta de quórum. Mas ainda não está no limite, não é?
Faça o favor de desculpar. Pode continuar.
O Orador: - Muito obrigado, Sr. Presidente. É evidente que esta afirmação de que o Ministério Público faz parte do tribunal não impõe ou não retira a ideia de que o Ministério Público é um órgão diferente do juiz. Enquanto que o juiz é uma magistratura hierarquizada, os juízes são magistraturas independentes. Simplesmente, entendo, e julgo que é de se entender, que esta formulação de autonomia do Ministério Público é uma formulação imprecisa, incorrecta. se a tomarmos, inclusive, como ponto de relação em relação aos tribunais. Depois, o Ministério Público não funciona junto dos tribunais exclusivamente. Mesmo que adoptássemos a ideia de que o Ministério Público era um órgão autónomo, a afirmação de que funciona junto dos tribunais é, a meu ver, errada, porque o Ministério Público tem outras funções, nomeadamente a de emitir pareceres que sejam requeridos à Procuradoria-Geral da República por certos órgãos do Estado.
Nesta base, e para além de tudo que aqui fica dito e pressuposto, e que foi dito pelo meu camarada Dr. Sousa Pereira, parece-me que a nossa formulação é mais correcta e é aquela que permitirá resolver, deixando para a futura Assembleia estas importantíssimas questões de teoria de direito.
(O orador não reviu.)
O Sr.. Presidente: - Continuamos sem quórum. Agora começamos outra vez a não ter quórum. Fazem favor de dizer aos Srs. Deputados que estão fora que venham para a Sala.
Se não está mais ninguém nos corredores, vou ser obrigado a encerrar a sessão, por uma diferença tão pequenina.
Um momento só.
Pausa.
Eu estou a tentar trabalhar, não é? Sabem perfeitamente que estamos no limite do quórum e começam a sair e a entrar ...
Vamos fazer a contagem outra vez e pela última vez.
Pausa.
Os Srs. Deputados que se encontram no corredor, é favor regressarem aos vossos lugares, se não vejo-me obrigado a encerrar a sessão.
Feita a contagem, verificou-se não existir quórum.
O Sr. José Luís Nunes (PS): - Não suporto isto ...
O Sr. Presidente: - Temos presentes 122 Srs. Deputados. Desejo-lhes umas boas-festas e um ano muito feliz para V. Ex.ªs e para todas as vossas famílias.
Até ao próximo dia 6 de Janeiro de 1976, às 15 horas.
Eram 17 horas e 5 minutos.
Rectificações ao Diário da Assembleia Constituinte enviadas para a Mesa durante a sessão:
2981 2.ª 28 julgar; julgar,
29 atitudes, eu atitudes. Eu
2982 1.ª 24 acolhe! acolhe?
36 esperem devem esperar
41 qualificado purificado
47 autoqualifica, autopurifica, fortalece fortalece-se
Lisboa, 14 de Dezembro de 1975. - Alfredo de Sousa (PPD).
2.ª 3 ou:- as frases certas
41 militares de militares
3018 LB 10 teríamos teremos
13 propósitos, propósitos e
3019 2.R 36 ideológicas, mas ideológicas. Mas
42 com que como
47/48 social-democra- Internacional
quando quanto
31 mal, mas mal. Mas
35 o facto ao facto
2.ª 1 possível impossível
3 sociais-demo- sociais e políticráticas cas
13 Boa Vista, nem Boa Vista do
23 Eu não sei Eu sei que
29 não considera- não o consideramos
35 ele ela
45 Não é por soli- Não é para hidariedadelariedades
... eu estou-lhe Se eu lhe estou
a negar ... a chamar ...
19 regularmente regulamentar
32 e que pode e que a pode
Lisboa, 14 de Dezembro de 1975. -Alfredo de Sousa (PPD).