"Para lá do Marão, mandam os que lá estão!". Na sua terra, os transmontanos gostam de ser eles a ditar as leis. Mas é falso que não sejam hospitaleiros nem gostem de se dar a conhecer aos forasteiros. Essa é uma tarefa que exige tempo mas o resultado dessa porfia vale bem a pena. Que o diga Miguel Torga, que compreendeu bem o sortilégio do "reino maravilhoso" de Trás-os-Montes, ao escrever: "Fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos. E quem namora ninhos cá de baixo, se realmente é rapaz e não tem medo das alturas, depois de trepar e atingir a crista do sonho, contempla a própria bem-aventurança". Estas palavras de Torga podem ser lidas na badana do livro "Vila Real - Seis dias para um distrito", editado pelo Governo Civil, que sugere um roteiro pela região, desde os socalcos do Alto Douro Vinhateiro até às alturas do Barroso, com passagens por núcleos urbanos em crescimento e aldeias esquecidas. A viagem, em registo bilingue (português e inglês), é conduzida pela pena de A.M. Pires Cabral, escritor radicado em Vila Real e assessor cultural da autarquia, sendo as fotografias da responsabilidade de António Pinto. Não faltam imagens de roubar o fôlego e várias dessas guinadas no tempo que nos permitem ouvir a voz dos nossos antepassados e até mesmo o silêncio das pedras, quando o homem era apenas uma miragem. Para lá do Marão, mandam os que lá estão e... a julgar por este livro, também sabe bem lá estar e por lá andar. Nem que seja por apenas seis dias.

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