A Linha de Saúde Pública (808211311) recebeu anteontem 300 chamadas, quando a média diária tem rondado as 60. Maria do Carmo Sanches, enfermeira coordenadora deste serviço da Direcção-Geral da Saúde em parceria com as administrações regionais de Saúde, diz que o maior número de telefonemas aconteceu precisamente no final do dia, depois de ter sido noticiada a morte de uma segunda criança na sequência de uma pneumonia adenovírica.

A infecção está a alarmar os pais. "Alguns ligam porque têm filhos no infantário frequentado por crianças doentes, ou porque já foram observados pelos médicos de saúde pública e foi-lhes dito que, em breve, teriam notícia dos resultados dos exames (sendo que estes casos não são sequer suspeitos, nem prováveis, apenas tiveram contacto com outras crianças), ou porque estiveram no Amadora-Sintra, ou porque os filhos têm sintomas ligeiros..."

Ontem, a Linha de Saúde Pública continuava a registar um volume intenso de telefonemas. "Os telefones não têm parado. Quem liga são sobretudo pessoas que querem saber quais os sintomas da infecção por adenovírus e como devem actuar".

O papel dos enfermeiros que atendem tem sido, em primeiro lugar, o de acalmar os ânimos. "Há grávidas que fazem perguntas e pais que ficam um bocadinho aflitos com as notícias. Acalmamos e aconselhamos falando das medidas preventivas que têm sido divulgadas: a necessidade de lavar as mãos muito bem, tossir ou espirrar pondo a mão à frente para não enviar partículas para outras pessoas, evitar locais fechados com muita gente, assoar-se com lenços de papel e deitá-los fora de seguida, evitar contactos próximos com pessoas doentes..."

A Linha de Saúde Pública tem igualmente aconselhado os pais a só levarem as crianças aos hospitais quando se justifica. A enfermeira lembra que é normal que nesta altura do ano haja problemas respiratórios e que, apesar de as crianças abaixo dos dois anos estarem mais vulneráveis a quadros mais graves, "no geral, estas infecções são benignas, não resultam num quadro complicado".

Esta linha funciona em rede com outras entidades, como é o caso da Linha Saúde 24 (808242400), um serviço do Ministério da Saúde que é gerido pela Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde SA, vocacionado para problemas relacionados com menores de 14 anos. É para aqui que são encaminhadas muitas chamadas.

"Não há razão para alarme"

Na Linha Saúde 24 não se registou, no entanto, um aumento significativo de telefonemas quando comparado com o que é habitual. Na quinta-feira, "gerimos cerca de 890 chamadas e habitualmente gerimos 850. Hoje [ontem] também estamos dentro da média", disse o responsável pela comunicação e imagem, António Videira.

Contudo, muitas das perguntas feitas pelos pais têm sido sobre o adenovírus, acrescenta. Uma delas dizia respeito a uma criança que teve contacto próximo com uma das que faleceram na quinta-feira, no Amadora-Sintra. Porque apresentava uma sonolência exagerada, e como "medida meramente cautelar", foi encaminhada para as urgências do hospital.

António Videira faz questão de sublinhar que, "neste momento, não há razão para alarme relativamente a esta matéria - é esta a opinião dos médicos. Infelizmente morrem, todos os anos, crianças na sequência de infecções por adenovírus".

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