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Ténis » Entrevista com Cunha e Silva JOÃO CUNHA E SILVA continua em recuperação. Uma semana depois da terceira intervenção cirúrgica ao joelho, o jogador lisboeta lamenta a ausência na Taça Davis, cuja presença trocaria pelos Jogos Olímpicos, e antes de anunciar planos para o futuro, revela ter concluído a sua parte na edição de um livro que relata a experiência em termos de treino e competição "É mais penoso não ir

à Taça Davis do que

não estar nos

Jogos Olímpicos"

A exactamente quatro meses de completar 33 anos, João Cunha e Silva vive um período que, infelizmente, nem sequer é novo na sua carreira de tenista profissional. À operação efectuada na semana passada - a terceira ao mesmo joelho (direito) desde 1996 - segue-se agora uma fase de recuperação, que o impede de disputar, pela primeira vez, os Jogos Olímpicos, e de representar Portugal no encontro da Taça Davis, com a África do Sul.

Relativamente a estas duas provas, o ex-vencedor de cinco campeonatos nacionais confessa ter "mais pena de não jogar a Taça Davis do que não ir a Sydney".

Apesar de reconhecer que uma participação nos Jogos Olímpicos deste ano seria uma derradeira oportunidade, considerada como "uma experiência gira e importante em termos de currículo", Cunha e Silva e atribui um maior significado à Taça Davis, assumindo que: "Sinto mais a camisola do nosso país nessa prova".

João Cunha e Silva está ligado aos melhores êxitos de sempre da nossa selecção na Taça Davis e é o jogador mais utilizado, tendo mesmo na variante de singulares ultrapassado este ano as 50 internacionalizações. Regresso aos treinos só daqui a um mês

Afastada a hipótese de estar em Sydney (última quinzena de Setembro) e disputar a Taça Davis (6, 7 e 8 de Outubro), Cunha e Silva espera poder regressar no Campeonato Nacional Absoluto, beneficiando da alteração da data de um evento que terá lugar apenas em Novembro. Por outro lado, a informação clínica de que dispõe, prevê que possa recomeçar a treinar no final de Setembro.

"Não tenho muita pressa em regressar e fui informado que iria correr muitos riscos se disputasse a Taça Davis, ainda por cima com encontros à melhor de cinco partidas", revelou o jogador, mais interessado, nesta altura, "em fazer uma preparação adequada para voltar à competição em força e recuperar o melhor possível tendo em vista o futuro". Descida inevitável

Um futuro que, pelo menos para já, não prevê a possibilidade de se "reformar", pois, como faz questão de sublinhar, "para já não gostaria de estar a especular", mas, por outro lado, é nítido o seu interesse em "reformular a carreira atendendo a que a próxima época vai ser repensada", principalmente em virtude da descida no ranking que não poderá evitar quando for confrontado com a perda dos 38 pontos obtidos no circuito satélite que disputou em Outubro do ano passado, e que o poderão fazer cair para lá da 400ª posição no ATP Entry System. Família vai aumentar e o livro está escrito

O afastamento dos "courts" tem-lhe permitido estar mais perto da mulher e do filho, uma família que vai ser aumentada em Dezembro, com o nascimento de uma menina. Mas há outra novidade e que tem a ver com a sua veia de "escritor". O livro que começou a redigir em 1996, por ocasião da tal primeira operação ao joelho, ficou ontem concluído. "É um trabalho em conjunto com o João Carvalho (n.d.r.: um técnico que o tem acompanhado nos últimos anos) e que relata a minha experiência no ténis, as formas de treino, os esquemas. Não inventei nada, até porque muitas coisas são do conhecimento do grande público, mas aproveito, por exemplo, para explicar porque é que determinado esquema pode dar resultado".

"Espero que se possa tornar numa modesta ajuda para os jogadores e os simpatizantes da modalidade", afirmou, a propósito de uma obra que, sem dúvida, irá preencher uma lacuna na bibliografia "made in Portugal" que aborda áreas, entre outras, tão vastas como as do treino, da técnica, da técnica e do físico.

A edição desse livro deverá acontecer apenas no próximo ano. Até lá fica aguçado o apetite daqueles que virão a estar interessados em "devorá-lo".

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