Sidney 2000
Golfe
Uma tarde de pouco labor. Raramente a Estónia chegou até à sua zona. Aos 31', socou uma bola para uma zona proibida e motivou uma situação de algum perigo, com um remate de Kirilov que podia ter trazido outras consequências.
Nada a apontar–lhe pela negativa. Sempre com vontade de apoiar, a fazê–lo com frequência, e bem a defender, nas poucas vezes em que foi preciso. Larga contribuição no segundo golo de Portugal, a ganhar a bola e a endossá–la, rapidamente, para Miguel entregar o ouro a Paulo Costa.
Sem problemas na sua área, actuando com personalidade e algumas vezes a surgir em zona de remate. Pelo menos contabilizámos duas tentativas, aos 51' e aos 53'. Destaque, também, para um precioso corte, a revelar atenção, aos 57', numa altura em que Mölder, em posição privilegiada, se preparava para rematar.
Pode ter ficado marcado pelo lance do golo da Estónia, no qual foi ultrapassado por Haavistu. Daí não ter estado num plano idêntico ao de Tonel. Uma actuação mais passiva, mas nem por isso menos eficaz depois do golo.
Reparte as culpas com Vasco Faísca no golo do adversário, só que também foi dos seus pés que saiu o cruzamento para Paulo Costa marcar. Duas imagens que são o espelho da actuação de Fredy, substituído ao intervalo. Uma actuação com desequilíbrios.
Tinha indicações para actuar como líbero e rapidamente percebeu que precisava de subir. Assim fez, com personalidade, com agressividade, no bom sentido, claro! Muitas das tentativas de ataque de Portugal passaram pelos pés de Caneira, que nunca disfarçou o seu inconformismo.
Tem apontamentos brilhantes e encanta quando pega na bola e dá liberdade à sua arte. Recuperou muitas bolas, organizou o jogo, rematou à baliza. Aos 56', proporcionou a Kisseljov mais uma grande defesa e teve sempre grande protagonismo no jogo.
Dinâmico, mas pouco funcional. Bem no primeiro golo, a simular, mas uma actuação nem sempre florida. Substituído ao intervalo.
Posicionado sobre a direita, Cândido Costa foi um dos jogadores mais energéticos, a provar que atravessa um bom momento de forma nesta altura, até fisicamente. Recuperou muitas bolas e aventurou–se pela sua zona, desenvolvendo alguns dos melhores lances do encontro. Notável, de visão, "aquele" remate, aos 52', que Kisseljov, sabe Deus como, desviou para canto. Mas o jovem Cândido Costa teve muito mais para dar e até para marcar. Marcou aos 61' e ainda assinou mais um remate, novamente defendido pelo guarda–redes, aos 73'.
Bem a movimentar–se, a abrir espaços, a servir Cândido Costa para o terceiro golo, mas nem sempre enquadrado na equipa. Sem ter jogado mal, João Paulo evidencia qualidades que podem ser melhor aproveitadas. Ontem, não conseguiu.
Transmitiu, sem dúvida, outra profundidade ao lado esquerdo de Portugal, obrigando os estónios a recuarem cada vez mais. Pena que a sorte não o tenha acompanhado no momento de entregar a bola.
Com o jogador do Benfica em campo, a selecção portuguesa também ganhou outra ambição. Miguel soube pegar na bola, com ele a equipa começou a praticar um futebol mais interessante. Muito bem no segundo golo, a levantar a cabeça e a oferecer a bola a Paulo Costa.
Agradável surpresa para tão poucos minutos em campo. Muita alegria a jogar, a equilibrar o meio–campo e a rematar, de forma espectacular, levando a bola a tocar na barra.
O Paulo que deu à Costa
O homem que conduziu Portugal à vitória. Dois golos, um deles de grande beleza, a perfumarem uma actuação que se manteve sempre em bom nível. Mesmo na fase em que a equipa parecia mastigar o jogo. Aí, Paulo Costa encarregou–se de vir ao meio–campo, de procurar a bola, de fazer jogar os seus companheiros. Na altura certa, apareceu onde devia, no coração da área, marcando dois golos. O Paulo que deu à Costa a virar o resultado
Agostinho Oliveira: "Chegámos a praticar
Ednilson: "Guarda-redes complicou"
Romão e Caçador
assistiram ao jogo
redistribuídos, directa ou indirectamente, em qualquer meio
computador destes materiais ou de partes dos mesmos,
salvo para fins pessoais ou não comerciais.
Entrevista com António Oliveira
"A nossa função é entusiasmar"
"Temos de ser pacientes e eficazes nas acções ofensivas"
"É importante marcar cedo"
"Mesmo com três defesas Figo é capaz de brincar..."
Estónia 1 - Portugal 3
Outrosresultados
Suécia goleadora