Olimpismo

Colóquio com Rui Oliveira Mauri e companhia

O Benfica terá a ingrata tarefa de defender o triunfo na Volta a Portugal já não contando com aquele que o conseguiu, David Plaza. Pior ainda, vai apostar tudo num contra-relogista, sabendo que a corrida se decidirá na montanha. Também grave, não se sabe se a equipa de trabalho poderá estar à altura em tão forte competição. Para completar o panorama negro, foram vários os problemas internos ao longo do ano, começando nos ordenados em atraso, passando pela saída do técnico-adjunto, Armindo Lúcio, e chegando à suspeita de que alguns corredores também sairiam.

Face a tantos pontos negativos, parece que o Benfica não terá hipóteses. Mas isso não é verdade. Em primeiro lugar, trata-se do Benfica, um clube capaz de passes de mágica, tanto no futebol como no ciclismo. Depois, António Brás é também ele um técnico surpreendente e sobretudo brilhante quando se trata da Volta a Portugal. Por último, o líder é Mauri, o nome mais respeitado do pelotão. E que desta vez, em parte porque a idade não perdoa, se reservou para o principal compromisso do ano, uma garantia de que estará bem. O melhor será contar com este Benfica, a começar logo pelos "sprints" desta semana, onde entrará Smetanine.

Especialidade: contra-relogista

Principais vitórias: Volta a Espanha (1991), Volta a Valência (1991 e 92), Volta a Múrcia (1994 e 96), Campeonato de Espanha de Contra-relógio (1995), Volta a Aragão (1996), Circuit de La Sarthe (1997 e 98), Volta ao Alentejo (1998), Volta ao Algarve (1999), Grande Prémio JN (1999), Porto-Lisboa (2000) e cinco etapas na Vuelta. Total: 43.

Só o palmarés impressiona. Além do elevado número de vitórias, foi sexto no Tour, vice-campeão mundial de contra-relógio e vai querer defender, em Sydney, o sexto lugar em Jogos Olímpicos que obteve em Atlanta. A panóplia de êxitos comprova que, mais do que um dos melhores contra-relogistas mundiais, o catalão é um corredor de grande classe, característica que o conservará entre os favoritos de uma Volta a Portugal com um traçado que não lhe agrada. Terá uma equipa dedicada à sua causa e leva, como facto animador, uma vitória em tempo recorde no Porto-Lisboa.

O "sprinter" russo demorou a comprovar as suas qualidades, mas começou a fazê-lo com um importante triunfo na Semana Lombarda (estreia benfiquista a vencer em Itália, note-se…), para continuar no Grande Prémio Mitsubishi, onde defendia uma vitória absoluta obtida o ano passado, acabando por perder apenas no último dia. Tem condições para brilhar na Volta.

Terminou por duas vezes a Volta na segunda posição e ainda o ano passado venceu o Porto-Lisboa, mas irá, sobretudo, destacar-se no trabalho para o seu ídolo, Mauri, para quem poderá ser precioso nas montanhas. Benfiquista de longa data e grande paixão, terá uma importância acrescida na equipa.

O vencedor da Volta de 1991 parecia "acabado", mas António Brás recuperou-o para os lugares cimeiros, naquele que terá sido um dos maiores êxitos do técnico "encarnado". Rolador temível, tanto poderá voltar a aparecer em longas fugas como ser útil no controlo do pelotão.

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