Carta Aos Moradores do Bairro de Belém

O boletim da Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém, de Maio de 2004, informa na capa: "Terreno no Bairro de Belém vai dar lugar ao centro social". Parece uma excelente notícia para o bairro, ver resolvido o problema do espaço a que os mais velhos chamavam "A Cova". Mas o resto da notícia levanta grande inquietação: o que viabilizará a construção do centro é um conjunto 13 de moradias em banda, com cave e mais dois pisos. Vejamos os motivos de preocupação: o bairro, inaugurado em 1938, foi concebido para 190 casas e, como equipamento, uma escola primária e um jardim. As casas eram de tipologias baixas, com a principal excepção da Rua Um, onde foram construídas as habitações maiores. Hoje, muitas foram ampliadas, aumentando a população residente. Não deveriam existir, nos anos 40, mais do que um ou dois automóveis em todo o bairro. Hoje, a taxa de motorização não deve ser inferior a 1,5 carros por casa, o que corresponde a 285 carros. Os acessos de veículos existentes - Largo das Escolas, Rua 6 e Rua 21 - estão saturados, o que é fácil de compreender pois em nenhum deles é possível o cruzamento de dois veículos. Grande parte do estacionamento é resolvido em cima dos passeios, das curvas ou em ruas que nasceram para uso exclusivo de peões e já foram invadidas pelos automóveis.

O agravamento que se antevê: não se cumpre o previsto, a criação de uma peça de equipamento (jardim). Introduzem-se em seu lugar 13 moradias de tipologia T3, o que corresponderá a um acréscimo de população entre 65 a 78 pessoas e 20 a 25 automóveis. Destes, 13 ficarão em garagens próprias, o que se traduz num acréscimo de sete a 12 carros a disputar o estacionamento de rua; mas perde-se a capacidade de estacionamento correspondente à nova frente construída (12 lugares) e, sendo assim, o agravamento líquido traduzir-se-ia um valor médio de 20 lugares.

A criação de um centro social é uma ideia positiva, e enquadra-se na filosofia de melhoria de condições de vida dos residentes, contrabalançando em parte a perda de uma área livre e ajardinada. O local proposto parece ser o mais pacífico, se a sua volumetria não atentar significativamente contra o desfrute de vistas das habitações a norte. Percebe-se que a junta de freguesia cobice um centro social que lhe chegaria às mãos "de borla". Não se percebe que não defenda antes o fecho do plano do bairro, com a execução de um espaço livre de utilização pública e colabore na densificação, com a consequente perda de qualidade de vida.

Eduardo Rebello de Andrade Dejectos caninos na Portela de Sintra

Muito já se escreveu sobre a falta de cuidado das pessoas que transformam a via pública nos sanitários dos seus cães. Compreende-se que os animais precisem de fazer as suas necessidades e de "esticar" as pernas fora dos cubículos citadinos em que são forçados a viver. O que não se aceita é que os cães "aliviem" as necessidades em qualquer sítio e os donos assobiem para o lado, indiferentes à porcaria que deixam espalhada pelos passeios pronta a ser pisada por um incauto transeunte, seja ele idoso ou criança. É o que se passa no Largo Vasco da Gama, no bairro da Portela, em Sintra, como em muitos outros passeios dos centros urbanos do concelho e do país. Será caso para perguntar à Câmara de Sintra se não tem um regulamento que permita punir os prevaricadores? Se lhes custa muito apanhar com um saco plástico os dejectos caninos ensinem-nos a usar a sanita lá em casa... Caso as normas já existam em letra de lei para que servem, se não são aplicadas? Ou a fiscalização só funciona quando é para arrecadar mais dinheiro dos contribuintes, depois de tudo o que já descontam em impostos sobre os seus salários, para financiar uma administração pública esbanjadora? Meus senhores, multem então os donos dos cães por conspurcarem a via pública, que os animais limitam-se a fazer o que a natureza manda.

Maria Antunes

Sintra

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