Luiz Augusto de Campos Metrass Moreira de Almeida.
Luiz da Cunha Gonçalves.
Luiz Maria Lopes da Fonseca.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
D. Maria Cândida Parreira.
Mário de Figueiredo.
Miguel Costa Braga.
Paulino António Pereira Montês.
Pedro Augusto Pinto da Fonseca Botelho Neves.
Querubim do Vale Guimarãis.
Srs. Deputados que entraram durante a sessão:
Sebastião Garcia Ramires.
Srs. Deputados que não compareceram à sessão:
Ângelo César Machado.
Fernando Teixeira de Abreu.
Jorge Viterbo Ferreira.
José Nosolini Pinto Osório Silva Leão.
Manuel Fratel.
Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.
O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à chamada.
Procedeu-se à chamada. Eram 15 horas e 37 minutos.
O Sr. Presidente: - Estão presentes 68 Srs. Deputados. Faltam 9.
Está aberta a sessão.
Eram 16 horas e 45 minutos.
O Sr. Presidente: - Só algum Sr. Deputado quere fazer qualquer reclamação sôbre o Diário das Sessões, pode pedir a palavra para êsse efeito.
Pausa.
O Sr. Presidente: - Visto que nenhum Sr. Deputado deseja usar da palavra sôbre o Diário das Sessões, considero-o aprovado sem reclamação.
O Sr. Presidente: - Tenho conhecimento de que estão na Sala dos Passos Perdidos, com o propósito de tornar assento na Assemblea, os Srs. tenente-coronel Linhares de Lima e engenheiro Sebastião Ramires.
Era prática antiga proceder-se à introdução solene dos Srs. Deputados quando posteriormente ao começo da Assemblea. Essa prática foi seguida, como não podia deixar de ser, durante esta legislatura, quando tomou assento, pela primeira vez, o Sr. Deputado António Augusto Aires. Não se observou, porém, essa prática quando tomou assento o Sub-Secretário das Colónias, Sr. Deputado Francisco José Vieira Machado. O facto tem esta explicação: é que S. Ex.ª entrou nesta Assemblea sem haver prévio conhecimento de que vinha tomar parte nos trabalhos da Assemblea.
Porque assim aconteceu, e paxá não haver qualquer espécie de melindre, também isso se não observou quando se repetiu facto idêntico com o Sub-Secretário de Estado das Corporações, o Sr. Teotónio Pereira, desde que começou a tomar parte nos trabalhos da Assemblea.
Parece, porém, que é conveniente regressar à antiga prática.
Muitos apoiados.
Em vista da manifestação da Assemblea, eu designo os Srs. Deputados Schiappa de Azevedo e Antunes Guimarãis para introduzirem na sala o Sr. tenente - coronel Linhares de Lima, e os Srs. Deputados Pinto da Mota e Santos Sintra para introduzirem o Sr. engenheiro Sebastião Garcia Ramires.
Em seguida, todos os Srs. Deputados se levantaram. Foram introduzidos na sala os Srs. Deputados tenente - coronel Linhares de Lima e engenheiro Garcia Ramires.
O Sr. Presidente: - Como V. Ex.ª sabem, faleceu ontem, pouco antes da meia-noite, no Palácio Real de Sandringham, Sua Majestade Jorge V, Rei de Inglaterra e Imperador das Índias.
Está de luto rigoroso a nossa velha aliada. Luto sentido e justificado, porque acaba de desaparecer uma grande figura política e uma excepcional figura moral.
Vozes: - Muito bem!
Vozes: - Muito bem!
O Sr. Presidente: - Uma grande figura moral, porque o Rei Jorge V era a encarnação perfeita da honra, da dignidade, da nobreza espiritual, isto é, dos predicados que formam e definem o tipo acabado do verdadeiro gentleman.
Por todas estas razões, porque via no seu rei o símbolo mais completo das virtudes da raça, todo o povo do Reino Unido, incluindo os próprios adversários do regime, amava e estremecia o chefe de Estado que acaba de falecer. O jubileu que se celebrou em Londres há poucos meses foi a demonstração eloquente dos sentimentos de carinho, de devoção e de respeito de todos os súbditos britânicos para com o seu soberano.
Está, pois, de luto rigoroso a nossa velha aliada. Porque assim é e porque há uma forte e secular comunhão de interêsses e de sentimentos entre Portugal e a Grã-Bretanha, comunhão expressa e afirmada na mais antiga aliança de que o mundo tem conhecimento, porque as alegrias e os desgostos da Inglaterra são as nossas próprias alegrias e desgostos, é com o mais profundo pesar que assinalo o transe-angustioso por que está passando neste momento a nação britânica e que, em meu nome e em nome da Assemblea Nacional, me associo à dor que faz sangrar, nesta conjuntura, o coração do povo inglês.
Vozes gerais: - Muito bem, muito bem!