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Que é que se passa

de "outsider"

No ano passado, o futuro do Boavista parecia pasar por Josep Jufre. O jovem espanhol teve o azar de cair numa etapa da Volta, comprometendo uma classificação no topo da tabela. O "eterno" Delmino, em nono, voltou a ser o melhor "axadrezado". Como um azar nunca vem só, a equipa do Bessa perdia o patrocinador de quase sempre, a Recer, após uma ligação de uma década. Ao mesmo tempo que Jufre vivia uma temporada no anonimato, o futuro da equipa passava a estar em causa, sendo o presente assumido em exclusivo pelo clube. Depois de duas Voltas ganhas, em 1992 e 93, com Cássio Freitas e Joaquim Gomes, o Boavista passou de ser um dos "grandes" do ciclismo a ter estatuto de "outsider", de acordo com o qual lutará por colocar um homem nos primeiros dez, vencer etapas, tentar uma camisola secundária e fazer um bom lugar colectivo.

Delmino é sempre aposta segura para terminar nos dez primeiros.

Ausência de marcação cerrada por não entrar nos cálculos da discussão pelo primeiro lugar.

Vários ciclistas "todo-o-terreno".

Falta de um candidato à vitória numa equipa que já ganhou duas Voltas.

Necessidade de voltar a convencer um patrocinador que viabilize a continuidade.

Principais vitórias: Dois campeonatos nacionais de estrada (1989 e 1997), geral Volta do Futuro (1990 e 1992) e duas etapas, geral GP Minho (1990), geral Volta a Vila Real (1990, 1994, 1998), geral e duas etapas GP Abimota (1996), geral (1997) e cinco etapas do GP Torres Vedras, etapa Volta a Portugal (1989), duas etapas GP Jornal de Notícias (1992 e 2000), prémio da montanha na Volta a Portugal (1995). Total: 39.

É dos mais antigos mas também consistentes corredores do pelotão nacional. Juntamente com o seu director-desportivo, José Santos, é o símbolo de um Boavista que teima em manter-se entre a elite do ciclismo português, ano após ano. A fiabilidade (que o leva a ser um dos regulares integrantes do "top ten" da Volta) é a sua maior característica, mas Delmino alia à experiência a capacidade que ainda tem para surpreender, como sucedeu no último GP Jornal de Notícias, quando impôs a sua "garra" na chegada a Mondim de Basto.

O catalão cumprirá o seu 25º aniversário no penúltimo dia desta Volta e poderá festejá-lo com um lugar entre os primeiros classificados. Pelo menos é esse o desejo de José Santos, que o contratou na temporada passada com esse propósito. Até porque terá de justificar a sua compra, já que ainda não apresentou resultados de relevo. Tem como atenuante a queda que deu na edição do ano passado, na etapa que terminou em Tábua, e que o impediu de terminar melhor do que na 22ª posição.

O matosinhense de 24 anos é um dos dois "sprinters" desta equipa (o outro é José Barros) e a sua pequena estatura e pouco peso constituem naturais desvantagens no confronto directo com velocistas maiores, capazes de desenvolver andamentos mais pesados. Mas a esses, Soeiro responde com astúcia, como fez, por exemplo, na Volta ao Alentejo deste ano ou na chegada do GP Jornal de Notícias de 1998 ao Porto.

Somente com 23 anos, este feirense é um fenómeno de força aplicada ao pedal. Rolador possante, foi o melhor jovem da Volta a Portugal no seu ano de estreia entre os profissionais (1998). Tal como tem sucedido em outras corridas, na Volta Pedro Andrade será um valioso instrumento ao serviço da estratégia de José Santos, quer na tentativa de "furar" o controlo dos "chefes" do pelotão quer no apoio outros companheiros de equipa.

Serpellini e os portugueses

Benfica: Mauri e companhia

Porta da Ravessa: Às portas do êxito

Barbot/Torrié/Gondomar: "Caloiro" de luxo

dos Móveis/Tintas VIP: A única equipa sem vitórias

Troiamarisco/Matesica: Aspirar aos dez primeiros

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