"Amália" Destrona "Revolução" nos Mupis de Évora
A Câmara de Évora (CME) retirou dos seus mupis a maior parte dos cartazes de uma peça sobre o 25 de Abril pela companhia de teatro da cidade e substituiu-os por outros, do espectáculo "Amália". Dias depois removeu do centro histórico dois painéis eleitorais da CDU, suscitando protestos e acusações de "censura".
A câmara removeu de 30 mupis os cartazes que anunciavam a peça "Autos da Revolução", pelo Centro Dramático de Évora (Cendrev). Construída sobre textos de António Lobo Antunes e dirigida pelo encenador francês Pierre-Etienne Heymann, "Autos da Revolução" é a 148ª produção da companhia eborense em 29 anos de existência.
Os mupis são propriedade da câmara, que os cede gratuitamente aos agentes culturais. O Cendrev procedeu à reserva de 40 mupis, notificando que a peça permaneceria em cena de 25 de Abril a 16 de Maio. No entanto, a meio da temporada a maior parte dos seus cartazes foram retirados sem aviso, para dar lugar aos do musical de Filipe La Féria, com estreia marcada para o dia 19.
Uma fonte da autarquia disse ao PÚBLICO que, independentemente das reservas feitas, a CME conserva o direito de substituir os cartazes sempre que a necessidade de informar os munícipes o exija. A fonte anunciou na altura que a câmara iria repor 20 dos 30 cartazes do Cendrev que tinham sido retirados, dado não ser necessário continuar a publicitar "Amália", cujas lotações já esgotaram.
"Amália" tinha inicialmente sete representações agendadas no Teatro Municipal Garcia de Resende, onde o Cendrev é a companhia residente. Uma oitava representação foi entretanto decidida, dado o sucesso de bilheteira desta itinerância produzida por Aficionar, uma empresa promotora de espectáculos tauromáquicos e cénicos.
Na semana passada, a reunião de câmara de quarta-feira foi marcada pela presença de um grupo de munícipes ostentando uma simbólica venda na boca. Os manifestantes condenavam assim a atitude do executivo socialista, que removera painéis de propaganda no Largo das Portas de Moura e na Praça do Giraldo, no centro histórico. Depois, colocaram dísticos com os dizeres "Censura Nunca Mais" nesses dois locais, bem como diante dos paços do concelho, que foi rapidamente removido pelos serviços municipais.
Em Setembro passado, a câmara já mandara retirar painéis da CDU daqueles dois locais. A coligação não se conformou, insistindo que a edilidade reagira daquele modo porque o cartaz criticava a sua política cultural. O presidente da CME, José Ernesto d'Oliveira, garantiu que a retirada do painel resultava da apenas da "necessidade de salvaguardar o centro histórico de Évora, sendo completamente irrelevante o conteúdo dos cartazes". A CDU anunciou que iria processar a CME e recolocou o painel no local. A câmara tornou a mandar removê-lo e comunicou que faria "seguir para o Ministério Público uma participação por desobediência".
O lugar deixado vago pelo painel da CDU foi ocupado um outro, anunciando um espectáculo de fado também produzido pela Aficionar, que ali permaneceu até à realização do evento.
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