Atentado no Iraque Volta a Matar Iraquianos

A explosão de uma viatura armadilhada à entrada de uma esquadra da polícia em Baquba, no Centro do Iraque, provocou ontem de manhã dois mortos e cerca de 30 feridos. O dia ficou também marcado pelo anúncio do exército americano de que capturou o número 54 da lista dos 55 nomes dos iraquianos mais procurados.

Testemunhas citadas pela agência Reuters contaram que viram um carro civil a acelerar na direcção do principal portão da esquadra da polícia de Baquba, tendo depois explodido junto de um elevado número de civis e polícias iraquianos.

As autoridades locais dizem estar convencidas que o condutor do carro era um suicida que terá mesmo amarrado o pé ao acelerador para garantir que o veículo continuaria na sua trajectória mesmo no caso de ele ser abatido antes do ponto de detonação.Uma porta-voz do exército americano afirmou, porém, horas depois, que a viatura não tinha ninguém lá dentro e estava cheia de granadas e bombas de morteiro, tendo sido detonado por controlo remoto.

Insistindo na tese de atentado suicida, o governador de Baquba, Abdallah Rachid afirmou que o autor do ataque era um combatente estrangeiro, "que falava árabe com acento e tinha a pele escura" e acusou, sem especificar, "países vizinhos" de quererem semear o caos no país.

Depois de uma noite em que o exército americano fez uma operação de busca em Samarra, onde prendeu quatro sobrinhos de Izzat Ibrahim al-Douri, actualmente o homem mais procurado no Iraque, as chefias militares consideraram que o cerco está cada vez mais apertado à volta deste homem que acreditam ser um dos principais líderes da resistência iraquiana.

Sem apanharem Izzat Ibrahim, os EUA optaram por anunciar a detenção, no dia 11, de Khamis Sirhan al-Muhammad, um dirigente local do sul de Bagdad do partido Baas, "como resultado de operações agressivas" realizadas esta semana pelo exército americano.

Ao fim do dia, uma coluna que transportaca material para as forças aliadas perto de Tikrit foi atacada por homens armados. A Reuters dá conta de três mortos (dois paquistaneses e um indiano) mas a AFP fala apenas em dois mortos estrangeiros que trabalhavam para uma empresa americana. Saddam desconfiava dos árabes estrangeiros

O antigo líder iraquiano Saddam Hussein terá recomendado, quando estava em fuga, aos líderes da resistência anti-americana para não confiarem nos combatentes árabes estrangeiros, escreveu ontem o "New York Times". Um documento encontrado na altura da sua captura em Dezembro parece contradizer a Administração Bush que acusou repetidamente Saddam de estar em contacto com grupos terroristas internacionais, incluindo a Al-Qaeda.

Segundo responsáveis americanos citados pelo "NYT", Saddam Hussein terá lançado este aviso porque estava convencido que as motivações dos combatentes estrangeiros, envolvidos numa guerra santa contra o ocidente e os EUA, eram diferentes daquelas do partido Baas, que desejava reaver a soberania em todo o Iraque.

As fontes do "NYT" referem a existência desta informação num relatório que circula na Administração americana e um alto responsável do Governo de Washington confidenciou ao "Washington Post" que a informação sobre a ordem de Saddam só vem confirmar uma convicção largamente partilhada (mas ainda não assumida publicamente) sobre o fraco nível de cooperação entre os antigos membros do partido Baas e os combatentes estrangeiros. J.A.

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