Maio Marcado pelo Petróleo
O último mês não foi positivo para os investidores, reflectindo os receios perante a subida do preço do petróleo. Mas o balanço dos primeiros cinco meses do ano acaba em terreno positivo
O passado mês de Maio ficou marcado por desempenhos negativos dos mercados accionistas, excepto o norte-americano, que registou uma subida de 1,21 por cento medida pelo "benchmark" S & P 500. Dos mercados mais desenvolvidos, o japonês foi o que mais sofreu, tendo-se verificado uma variação negativa do índice Nikkei de 4,47 por cento. O índice Morgan Stanley Europe, "benchmark" para as acções europeias, registou uma descida 1,46 por cento, sendo de destacar a queda de 3,7 por cento do índice PSI 20, "benchmark" para o mercado accionista nacional.
É importante frisar que, apesar das correcções verificadas em Maio, os índices Nikkei e PSI 20 registam subidas desde o início do ano de 5,25 por cento e 7,05 por cento, enquanto que os índices Morgan Stanley Europe e S & P 500 apresentam subidas de apenas 1,15 por cento e 0,79 por cento no mesmo período. Este comportamento menos bom dos mercados accionistas em Maio deve-se em grande parte ao nervosismo criado junto dos investidores pela escalada de subida do preço do crude que, a continuar, poderia implicar consequências bastante desagradáveis para a evolução futura da economia mundial.
No quadro apresentado em baixo, com os cinco piores desempenhos verificados em Maio, podemos constatar a presença de fundos que investem no mercado japonês e em mercados emergentes, o que acaba por ser natural se tivermos em consideração a forte correcção que se verificou no Japão e o facto dos mercados accionistas emergentes serem normalmente mais penalizados quando se verificam quedas nos mercados mais desenvolvidos. Por outro lado, não nos podemos esquecer que os mercados emergentes têm registado fortes subidas nos últimos tempos, estando também por isso sujeitos a correcções mais acentuadas. Não nos podemos também esquecer que os investimentos em mercados emergentes têm sempre um elevado nível de risco associado, apresentando uma volatilidade substancialmente mais elevada que se reflecte em variações superiores, tanto em alturas de subida como de descida dos mercados accionistas globais.
Relativamente aos cinco melhores de Maio, são de destacar os desempenhos dos Fundos BPI Tecnologias e BPI Reestruturações, que ocupam os dois primeiros lugares, apesar de investirem no segmento accionista. Os cinco melhores desempenhos desde o início do ano são de cinco Fundos Poupança Acções, quatro deles com desempenhos efectivos superiores a 11 por cento, o que só pode ser considerado bastante positivo se tivermos em conta o facto do índice PSI 20 ter registado uma subida de cerca de sete por cento durante o mesmo período.
Já relativamente aos cinco piores desempenhos de 2004, o "ranking" é liderado pelo BPI Brasil, seguindo-se o Finibond Mercados Emergentes que, depois de ter sido a grande estrela dos fundos de investimento no ano passado, acaba por ser este ano naturalmente penalizado pelo clima actual de potenciais descidas das taxas de juro de curto prazo. Os restantes três fundos que compõem este "ranking" são fundos que investem no mercado accionista europeu e foram batidos pela evolução global deste mercado.
Em termos de rendibilidades médias, é de destacar o excelente comportamento tanto dos Fundos Poupança Acções, que subiram em média 10,52 por cento, como dos Fundos de Acções Nacionais, que registaram uma subida média de 9,35 por cento, o que contrasta pela positiva com a evolução do mercado accionista nacional e com o comportamento dos mercados accionistas globais no período em análise.
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