Portugal, a Equipa dos Sem-equipa
Dinamarca no topo Norte (assim no mapa como no Dragão), República Checa no topo Sul (só no Dragão: na Europa tem a vantagem competitiva e o "handicap", depende das circunstâncias, de jogar no meio-campo), resto do mundo no resto do estádio: foram estas as coordenadas topográficas básicas do República Checa-Dinamarca de ontem, poderão ser estas as coordenadas topográficas básicas dos jogos que se aproximam (atenção ao Grécia-República Checa, por exemplo). Com três quartos das selecções apuradas para o Euro 2004 já fora de jogo, algumas contra as expectativas mais optimistas dos seus próprios adeptos (explicação oficial para a presença de alemães e italianos ontem no Dragão: era suposto o República Checa-Dinamarca ser, digamos, um Alemanha-Itália) e contra as expectativas mais realistas dos observadores neutrais, a bipolarização das bancadas é um fenómeno cada vez mais discreto. Vantagem numérica para os sem-equipa, portanto, uma maioria silenciosa em que se incluem os luxemburgueses Pit e Pol ("como nunca vamos a lado nenhum, estamos sempre pela Inglaterra; como já não há Inglaterra, estamos pela Dinamarca"), o escocês Paul (completamente agnóstico, sobretudo desde que Larsson - da Suécia, perdão, do Celtic de Glasgow - saiu da prova) e todos os ex-"com-equipa" do Euro 2004.
Solução (sobretudo para quem já teve uma equipa)? Trocar de camisola, obviamente. A Inglaterra foi para casa? Nada que não se resolva: David e Daren estão pela Dinamarca porque o Claus Jensen joga no Charlton (Portugal pode ficar com a taça porque a Inglaterra só perde com os melhores, daqui para a frente "nada de ressentimentos"), Graham e Ronnie estão pela República Checa até à final (com "Portugal a perder, desculpem!") porque o Smicer e o Baros já foram do Liverpool. A França foi para casa? A vida continua: para Christophe e Anne, pelo menos, que estão por Portugal (até por solidariedade: Portugal também perdeu com a Grécia) tal como a maioria dos sem-equipa. A Alemanha foi para casa? Christoph e Tibor têm tudo controlado: apoiam a Suécia (ups!, 4-5), aliás apoiam a Dinamarca (ups!, 0-3), aliás apoiam Portugal (disto falamos depois da meia-final) e assim sucessivamente (é o que dá ter o azar de torcer sucessivamente pela equipa-não do dia).
A Itália foi para casa? Aqui há mais coisas em jogo. Raffaello e Federica vão "obviamente" com a República Checa até ao fim do mundo (até porque o Nedved e o Poborsky já jogaram pela Lazio de Roma), mas sobretudo ao fim do 3-0 contra a Dinamarca (tal como irão com a Holanda até ao fim do mundo, mas sobretudo ao fim do 5-4 contra a Suécia): "Aquele empate entre a Suécia e a Dinamarca foi marado. Jogámos mal, merecemos ir para casa, mas isso não engolimos", explicaram ao PÚBLICO antes de mostrar a faixa estrategicamente colocada para jogador dinamarquês ver: diz "22 spits on fair play" (qualquer coisa como "22 cuspidelas no fair-play", tantas quantos os jogadores envolvidos "na batota") e sim, é um álibi para o Totti. "Pelo menos a cuspidela dele foi um caso isolado".
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