A falta de acontecimentos relevantes marcou a oitava jornada do Campeonato Nacional de Juniores A.
A Norte, concretamente na Série B, o F.C. Porto defrontou e venceu o Salgueiros por concludente 4-0, no jogo considerado à partida como o mais interessante da ronda. Assim, o conjunto portista continua a ser o único em prova a contar por vitórias os encontros disputados. Por seu lado, o campeão, Boavista (2.º), manteve o atraso de seis pontos em relação ao guia, após o triunfo conseguido em Penafiel.
Na Série A, os favoritos começam a emergir. O Guimarães voltou a vencer, desta feita o vizinho Pevidém, e lidera sem contestação. Por seu lado, Braga e Rio Ave, com triunfos sobre o Gil Vicente e o Vizela, respectivamente, seguem lado a lado no terceiro lugar a um ponto do Valpaços (2.º), que empatou em "casa" com o Felgueiras.
A Sul, a grande surpresa foi o empate cedido na "Luz" pelo Benfica, terceiro da Série D, frente ao "lanterna vermelha" do grupo, o Beja.
Jogo no campo de treinos, nas Antas. Árbitro: Silvério Ferreira (Aveiro), auxiliado por António Gonçalves e Ramiro Gonçalves. Cartão amarelo: Sérgio (63 m).
F. C. Porto - Mingote; Tonel, Genaro, Correia e Ramos; Sousa, Barros (Jaló, aos 37m, depois Edgar, aos 70 m), Hugo (Marco, aos 56 m) e Pedras; Ricardo e Celso.
Treinador; Filipe Petrónio.
Ao intervalo: 1-0. Marcadores: Correia (42 e 55 m), Pedras (86 m) e Genaro (90 m).
Jogo muito disputado, mas não bem jogado. Os locais entraram logo de início a pressionar os rapazes de Vidal Pinheiro, mas estes, bem organizados e com um meio-campo super-povoado, iam dificultando a tarefa ao adversário. Mas seria o F. C. Porto a inaugurar o marcador, por intermédio de Correia, que teve a colaboração da defensiva salgueirista.
No reatamento, assistiu-se a uma melhoria de futebol praticado, principalmente por parte do F. C. Porto, que jogavam em toda a largura do terreno e criavam lances de perigo junto da baliza de Ivan. Aos ataques portistas respondia o Salgueiros em contra-ataques, mas estes "morriam" na defensiva contrária. E seria novamente Correia a fazer o 2-0. A partir daqui, o Salgueiros praticamente não saiu do seu meio-campo e o F. C. Porto não teve dificuldades em obter mais dois golos, por Pedras e Genaro.
Resultado certo num jogo bem arbitrado pelo juiz de Aveiro.
Jogo no Estádio Municipal da Cruz, em Valpaços. Árbitro: Santos Rocha (Braga), auxiliado por Ricardo Rocha e António Miranda. Cartões amarelos: Choio (50 m) e Vieira (53 m).
VALPAÇOS - Paulo; Marco, Teófilo, Pedro Varandas e Lumongi; Vítor (Pedro Ramos, aos 76 m), Nascimento, Choio e Carlos Magalhães (Pedro Magalhães, aos 83 m) e Osvaldo (José Lourenço, aos 73 m).
FELGUEIRAS - Sérgio; Filipe José, Vieira, Hélder e Hélder Ricardo (Jorge, na 2ª parte e André, aos 84 m); Paulo, Dias e Óscar; Filipe (Sampaio, aos 77 m), Daniel e Pacheco.
O Valpaços não conseguiu produzir, diante do Felgueiras, aquilo que vinha sendo já hábito em partidas anteriores. De facto, foram mesmo os pupilos de Rui Luís que na primeira parte tiveram uma ocasião flagrante de marcar, por intermédio de Dias, aos 37 minutos. Na segunda parte, os locais melhoraram, equilibrando mais a partida, mas o Felgueiras, bem organizado, acabou por justificar a igualdade conseguida.
Boa arbitragem.
Rio Ave 4
Jogo no campo de treinos do Estádio dos Arcos, em Vila do Conde. Árbitro: Jorge Saramago (Aveiro), auxiliado por Ferreira da Silva e Ferreira Pinto. Cartão amarelo: Kiko (66 m), Cristiano I (78 m) e Américo (90 m).
RIO AVE - Sérgio; David (Carlos Manuel, aos 58 m), Tiago, Jorge Humberto e Pedro Milhazes; Hélder Manuel (Américo, aos 75 m), Paulo Nibra e Milhazes; Toninho, Sérgio e Serra (Zé Afonso, aos 78 m).
VIZELA - Vítor; Zezé, Kiko (Cristiano I, aos 45 m), Miro e Miguel; Armando (Nélson, aos 33 m), Cristiano II e Rui; Luís (Sobral, aos 79 m), Sousa e Eliseu.
Ao intervalo: 2-0. Marcadores: Jorge Humberto (32 e 85 m), Tiago (39 m) e Sérgio (70 m).
Vitória incontestável do Rio Ave, que comandou sempre as operações desde o apito inicial.
Os vilacondenses, com dois golos marcados em cada período, justificaram bem a sua supremacia frente aos vizelenses, que apenas por duas vezes foram à baliza contrária, mas sem resultados práticos.