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Que é que se passa

Vítor Gamito venceu finalmente a Volta a Portugal. Depois de cinco anos de vitórias estrangeiras, lá tivemos o privilégio de ver um português no primeiro lugar do pódio. E com inteiro merecimento, depois de quatro segundos lugares, sendo o mais frustrante o da época passada, quando apenas perdeu na última etapa para o David Plaza do Benfica. Benfica que, depois de um primeiro lugar individual e por equipas, conseguiu este ano apenas o 15º da geral e o 8º colectivo. Surpreendente para quem no ano passado festejou este título ciclista como se tivesse sido um campeonato de futebol da I Divisão. Com o seu currículo passado e o actual êxito total, não percebo porque é que os entendidos não consideram, tal como eu, o Vítor o melhor corredor nacional da actualidade. Mas o facto de ter sido 7º não retira ao Joaquim Gomes o "título" de meu corredor preferido, que ainda este ano contribuiu e de que maneira para a vitória colectiva da sua equipa e deu em mais de uma etapa grandes lições de dedicação e profissionalismo.

No futebol, no atletismo, no basquetebol ou em qualquer outra modalidade desportiva, elejo os meus favoritos, tenho preferências e gosto de torcer por eles. Este ano no ciclismo fiz o pleno. Ganhou o Lance Armstrong a Volta a França e o Gamito a Volta a Portugal. Ainda por cima, o Joaquim Gomes provou que ainda está aí para as curvas. Gostei e prometo continuar a gostar, até porque acho que houve uma grande moralização da verdade desportiva nas provas de ciclismo. Praticamente não se falou de "doping", o que prestigia, e de que maneira, a modalidade. E o futebol a sério, a doer, daquele que nós todos gostamos a valer está a chegar! Os fins-de-semana vão ser melhores. A semana de trabalho vai custar menos a passar. É também para isso que serve o futebol. Para ser um elemento de prazer (mesmo quando não se ganha!) e de lazer ao fim-de-semana, que ajuda, como muitas outras coisas da vida, a encarar a semana de trabalho de outra forma.

Abençoada derrota "leonina" no Restelo. Concordo com Inácio. Foi uma lição, um pouquito de humildade não faz mal a ninguém. E o Belenenses do Marinho Peres (lembram-se daquelas 11 ou 12 vitórias seguidas de há alguns anos?) fez uma boa exibição. Confesso que também gostei do Sporting. Pelo facto de ter perdido não deixou de demonstrar, sobretudo na primeira parte, as potencialidades que tem e vai exibir nas competições oficiais.

Sá Pinto voltou. Reli há pouco as minhas crónicas neste jornal quando há já quase três anos o defendi como cidadão e atleta na sua intempestiva atitude com o então seleccionador nacional. Esse erro, pagou-o ele, e de que maneira, e sempre teve dos adeptos do Sporting grandes provas de apoio e carinho. Acredito que tenha perdido algum dinheiro com a opção de voltar ao Sporting. Mas acho que todos os sportinguistas mereceram a sua atitude. Que seja feliz no seu regresso e que seja uma grande dor de cabeça para Augusto Inácio, que este ano também vai ter de demonstrar as suas qualidades na gestão do plantel.

Mesmo para os treinadores de bancada (e em minha casa são "só" três), vai ser difícil entenderem-se na formação da equipa... E quando Delfim e Pedro Barbosa estiverem também aptos, como o Sporting não pode jogar com 15 ou 16 de início, ou mesmo 18, sempre quero ver como vamos descalçar a bota. Independentemente das preferências individuais de todos os treinadores de bancada sportinguistas, eu terei aquela posição habitual. As escolhas de Inácio serão as minhas, a não ser que coloque o Schemeichel a ponta-de-lança, o Acosta a defesa-esquerdo e não convoque o Beto ou o João Pinto.

Mais a sério. Aproxima-se um ano de grande responsabilidade "leonina", onde se espera, até a nível europeu, e com um pouco de sorte, sempre necessária, uma reafirmação do futebol do Sporting. E domingo, dia 13, nas Antas, começaremos a prová-lo. Nada melhor que perante um FC Porto vitorioso na Bélgica. Até já consegui que o meu filho concordasse comigo nestes desígnios. Era essa a minha obrigação de pai, de desportista e de português. Como vêem, só os burros é que não mudam de opinião.

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