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Que é que se passa
António Oliveira voltou, cerca de seis anos depois, a elaborar uma lista de jogadores que vão defender as cores da Selecção Nacional. Se a 7 de Setembro de 1994, em Belfast, Irlanda do Norte, estava a ser dado o primeiro passo para o Campeonato da Europa de 1996, disputado em Inglaterra, desta feita o seleccionador nacional tem pela frente a modesta equipa da Lituânia, um adversário que, segundo o próprio, servirá para preparar o embate com a Estónia, esse sim já a contar para a qualificação do Mundial de 2002.
O diálogo com a comunicação social, ontem no Estádio Nacional, teve início com o seleccionador nacional a explicar que, de acordo com a sua perspectiva, não fazia sentido proceder a grandes alterações relativamente a convocatórias anteriores. "É verdade. Do meu ponto de vista não se justificavam grandes alterações, embora elas ainda possam suceder a qualquer momento. Se reparar, desde 1994, existiram poucas modificações em todas as convocatórias. Digamos que é o continuar de um processo que se iniciou nessa altura. Além disso, depois da brilhante carreira no Europeu não havia motivos para grandes mudanças", justificou o sucessor de Humberto Coelho, consciente, por outro lado, da importância que representam as boas relações com os clubes: "Já iniciámos alguns contactos que pretendemos estreitar cada vez mais a todos os técnicos dos clubes que habitualmente fornecem jogadores à equipa nacional. Quinta-feira, no dia seguinte ao jogo, será a vez de visitarmos o Benfica."
Mas porquê um jogo com a Lituânia? A pergunta foi colocada a António Oliveira e a resposta saiu de pronto. "Pelas indicações de que disponho e segundo as observações que já foram feitas, vamos defrontar uma equipa com um estilo de jogo muito parecido com o da Estónia, pelo que é uma forma de começarmos a preparar o primeiro embate de apuramento para o Mundial de 2002. Digamos que será um encontro que terá como objectivo preparar o próximo", acrescentou Oliveira, garantindo, mais à frente, as ilações que pretende retirar deste desafio: "Tomar o pulso a todos os jogadores, sabermos do seu estado físico e psicológico."
Referindo-se à chamada de Vítor Baía, que nesta altura se encontra sem cube e, por isso, sem um plano específico de treinos, António Oliveira assegurou: "Sem qualquer tipo de privilégios em relação ao Vítor ou a qualquer outro jogador, não podemos deixar de lembrar que estamos a falar do capitão da Selecção Nacional. O Vítor Baía poderá estar hoje a passar por um processo menos claro, com incertezas e dúvidas em relação ao clube que irá representar no futuro, mas não deixa de ser um atleta que, a curto prazo, vai ter a sua situação esclarecida. Eu tive oportunidade de falar com ele. Está já num processo de preparação e de treino, razão pela qual tenhamos optado, por mera precaução, por chamar três guarda-redes. Mas, salvo qualquer contrariedade, o Vítor é um jogador com o qual temos de contar."
Relativamente aos restantes jogadores que alinham no estrangeiro e que habitualmente não fazem parte dos planos do seleccionador, Oliveira prometeu que a observação dos mesmos está "assegurada", avançando que irá ser "estabelecido um contacto semanal com todos os que actuam nos vários campeonatos europeus."
Antes de terminar, o novo responsável pela equipa das Quinas justificou as chamadas de Simão Sabrosa e Nélson, os dois únicos que não estiveram presentes no Euro'2000: "O Simão, tal como outros jogadores que estão ao serviço da Selecção B e de Sub-21, tem talento e todas as potencialidades para poder vir a integrar um lote que pretendemos ver cada vez melhor e mais alargado. E o que se diz do Simão, aplica-se em relação ao Nélson. É dentro desta filosofia que há atletas que, num curto espaço de tempo, podem ascender à Selecção principal. Não tem nada a ver com reformulação de idades. Hoje está o Simão, amanhã poderão estar o Cândido ou o Hugo Leal. Felizmente para nós que nas camadas mais jovens tem sido feito um trabalho notável."
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Oliveira chama Simão e Nélson