não podendo, por falta de quaisquer elementos, prever qual a parte desse plano a realizar em 1953, pareceu de interesse, nas vésperas da sua entrada em execução, reunir alguns dados que dão ideia dos investimentos realizados por intermédio do Ministério das Obras Públicas (seu principal órgão de execução) e referentes aos sectores que constituem a actual esfera de acção desse Ministério.

A exiguidade do tempo não permitiu fazer mais.

Seguem esses dados sumários, de certa maneira impressionantes, e dispostos de maneira a facilmente dar ideia do trabalho feito. c} Instalações de serviços.-Gastaram-se cerca, de l:444 milhares de contos em obras englobadas nesta rubrica, destacando-se, como mais importantes, as seguintes: novos Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, cujas obras já importaram em 53:398 contos; as instalações para o Exército, 338:241 contos, sendo a verba despendida com os novos quartéis de 270:171 contos; as novas instalações para a Marinha, 282:450 contos, e os edifícios para os CTT, com 166:527 contos. d) Estabelecimentos de ensino. - Em matéria de edifícios destinados aos vários graus do ensino gastaram-se 679:436 contos. Para escolas primarias despenderam-se 322:010 contos; para escolas de ensino técnico profissional 59:909 contos; para liceus 165:065 contos; e para Universidades 108:927 contos.

Até final de 1951 construíram-se l 354 edifícios, comportando 2805 salas de aula, para escolas primárias.

Encontra-se terminado o programa das construções liceais (22 liceus construídos - o dobro dos existentes anteriormente), e, definido o plano das novas escolas comerciais e industriais, entrou este já em execução, devendo estar nos fins .do ano corrente concluídas e em construção 18 escolas destinadas ao ensino técnico profissional.

Concluíram-se já os edifícios seguintes da Cidade Universitária de Coimbra: arquivo geral, Instituto de Coimbra, reitoria e secretaria-geral, Faculdade de Letras e observatório astronómico. É de notar que o Hospital Escolar de Lisboa ficará dispondo de novas instalações para a Faculdade de Medicina da capital. Oxalá dentro em pouco a Universidade Clássica de Lisboa possa, no seu majestoso aglomerado previsto, dar à cidade novo motivo de orgulho - cessando para a sua reitoria, Faculdades de Direito e de Letras o penoso espectáculo do lugar onde. têm de ser exercidas tão elevadas funções. f) Problema da habitação. - Somam 420:958 contos as verbas gastas, de 1932 a 1951, com casas económicas, bairros dos pescadores e casas para famílias pobres.

Este problema da habitação vem merecendo o maior interesso ao Ministério das Obras Públicas. Em 30 de Junho do ano corrente a sua posição apresentava-se assim: g) Trabalho atido a artistas portugueses em obras de arte. - Em obras de arte destinadas a ornamentar as construções do Estado despenderam-se nos últimos finco anos, neste Ministério, 6:314 contos, em 7:100 contos que importaram as obras. De pintura pagaram-se 1:582 contos e de obras de escultura 4:732 contos. Avultam entre as obras de arte as destinadas à Capela de Nossa Senhora de Fátima, na Igreja de Santo Eugênio, de Roma. Estradas e pontes - A obra da Junta Autónoma de Estradas. - Em vinte e cinco anos de existência, comemorados recentemente, a Junta Autónoma, de Estradas despendeu 3:495 milhares de contos com as estradas nacionais: 4 884 km construídos e 16 884 km reparados.

Com pontes gastou aquele departamento do Ministério das Obras Públicas 341:000 contos: 240 pontes construídas e 60 pontes reparadas.

Segundo o plano rodoviário, estão previstos 20597 km de estradas nacionais, existindo actualmente 16884 km.

Para a realização da sua obra a Junta mantém ao serviço 5 000 funcionários permanentes e 20 000 trabalhadores eventuais. Política das comparticipações do Estado para a realização de melhoramentos de interesse local. - A actividade desenvolvida neste tão importante sector a cargo do Ministério ressalta destes números elucidativos:

Média anual das comparticipações concedidas:

No período de 1932 a 1946, 33:090 contos.

Nos cinco anos do (Ministério das Obras Públicas, 142:214 contos.

A importância despendida no período decorrido de 1932 a 1951 soma 1.190:874 contos, sendo de 711:068