da Nação, foi esta reintegrada no exercicio da Soberania, de que o egoismo ardiloso, mas cobardamente o despojara. Desejarão logo os Membros, que compõem este Senado fazer patente ao Soberano Congresso o regozijo, que mal lhes cabia nos corações; mas quizerão antes fazer violencia aos seus proprios sentimentos guardando respeitoso silencio, do que distrahir a attenção do Augusto Congresso em momentos tão preciosos. Então foi prudencia o que hoje fora crime. Ao vêr o infatigavel zelo, e desvelada solicitude, com que o Congresso se emprega em promover a prosperidade geral, experimentando já os beneficos resultados de seus assiduos trabalhos, seria buiu monstro de ingratidão, indigno do glorioso nome Portuguez, quem recusasse tributar aos Pays da Patria o mais puro, e sincero reconhecimento; Entre os beneficios que ao Soberano Congresso deve a Patria agradecida, merece pela sua superioridade ser especialmente mencionada a publicação das Bases da Constituição da Monarchia; este monumento eterno da sabedoria do Congresso, este dom precioso, que attrahe a gratidão de todos os Portuguezes este segurissimo penhor da nossa futura felicidade. Alli observão os Naturaes com gloria, Os estranhos com inveja o liberalismo a par da prudencia, a justiça demãos dadas com a moderação; e na bem combinada distribuição, e justo equilibrio das partes integrantes da Imperio contemplão todos os chefes dobra do engenho humano. Huma Constituição firmada em taes bases deve ter a duração dos seculos. Embora o egoismo, interesseiro e vil, exerça contra ella todas as suas artes; embora empregue a intriga, o embuste, e a mentira para derriballa; qual rochedo no meio das vagas encampelladas do procelloso Oceano, a nossa Constituição resistirá ao embate das paixões, e frustrará os criminosos esforços do preverso egoismo. Taes são os votos com que esta Camera, penetrada domais profundo respeito á pessoa de V. Exa., que tão distincta parte tem nos gloriosos feitos dos nossos
Illmo. e Exmo. Senhor - Os Magistrados, e Officiees da Camera de Villa Viçosa, tributão do Soberano Congresso a mais sincera homenagem, respeito, e adesão, pertencendo elles á grande familia da Nação Portugueza participarão, até agora com ella, são affectados pela prespectiva de hum futuro mui lisongeiro, que as justas medidas, e sabias deliberações do Soberano Congresso lhes affianção, e com rasão lhes inspirão aquelles sentimentos, que mui cordealmente desejão sejão presentes ao mesmo Soberano Congresso; e por isso roga a V. Exa. se digne satisfazer aquelle tão justo como bem fundado desejo, accrescentando que estas expressões não são dictadas pela hipocrisia politica, mas sim pela verdade, e fidelidade, e patriotismo:
Senhor. = O Presidente, e Vereadores da Camera de Alcoutim, o Prior Joaquim José Cavaco, o Ajuvador Fr. Thomaz de Santa Rita Evangelista, e habitantes desta Villa, tendo jurado obediencia á Junta Provisional do Governo Supremo do Reyno, que em Nome d'ElRey Nosso Senhor, o Senhor D. João VI, havia governar até á instalação das Cortes: jurado obediencia ás mesmas Cortes, e á Constituição que ellas fizessem, mantida a Religião Catholica Apostolica Romana, e a Serenissima Casa de Bragança; tem sido illuminada por muitas vezes toda a Villa, e as torres das Igrejas com repiques de sinos; tendo-se tambem cantado o Te Deum por muitas vezes em acção de graças, veio finalmente o dia 29, em que com o maior prazer juramos as sagradas Bases da nossa Constituição; cheios todos nós de hum verdadeiro enthusiasmo (á vista das previdentes e sabias deliberações deste sabio Congresso, que tem posto, e vai pondo huma barreira eterna ao despotismo, firmando com Decretos immortaes a sagrada Ley da liberdade de todos os Cidadãos Portuguezes) não podemos, Senhor, ficar por mais tempo em silencio: nossos corações respirão alegria, enundão em prazer, nossas lingoas, cantando novos hyninas, novas canções, vimos felicitar a V. Magestade por esta empreza a mais justa e mais santa, a qual ficará para sempre marcada nos animes da posteridade; nos bem dizemos, Senhor, os dias 24 de Agosto, 15 e 17 de Septembro, o primeiro de Outubro de 1820, assim como o de 24 e 26 de Janeiro, e o memorando dia 29 de Março, todos estes do presente anno, dias immortaes que, afogando o despotismo Portuguez, fizerão conhecer ao mundo os sagrados direitos do homem, e produzírão a nossa independencia.
Escravos da tyrannia, rasgou-se a mascara da vergonhosa adolação, com a qual pelos vossos interesses pessoaes tendes enganado os Imperantes; agora, cheios de confusão, vinde vêr, vinde admirar a conduta do