A exportação de bebidas tem diminuído muito e já foi menos de 328:000 em 1948 do que em 1946.

O vinho do Porto sofreu grave baixa. A exportação passou de 232:000 hectolitros para 118:000, ou menos 53:000 contos, que é a diferença entre 319:000 e 266:000 contos, respectivamente, em 1947 e 1948.

O decréscimo na exportação de vinho do Porto, entre 1946 e 1947, fora já de 62:000 contos.

Exportaram-se (para o ultramar principalmente) mais vinhos comuns em 1948 do que em 1947, mas o preço foi menor.

Nas pescarias posam sobretudo as conservas. Exportaram-se 444:000 contos em 1946 e 327:000 em 1947 no caso da sardinha. Esto último valor mantém-se em 1948. O acréscimo foi devido a maior valia no atum.

Finalmente, na rubrica «Diversos», contam sobretudo as frutas verdes e secas, mas especialmente as últimas, porque as primeiras perderam a sua importância no comércio externo.

Apenas saíram 1:400 contos de ananases e 5:100 de castanhas. Nas frutas secas a alfarroba e as passas de figos continuam a ser as exportações mais valiosas. Ao todo as frutas exportadas valeram cerca de 50:000 contos.

Outras mercadorias de interesse, nesta classe, são as azeitonas e os tomates de conserva que em 1948 produziram 23:000 contos, contra 4:700 em 1947. Pelo contrário, o pimentão não passou do 5:700 contos em 1948, e já produzira 16:000 contos em 1942.

A melhoria notada nos farináceos refere-se ao envio do arroz e trigo para Timor. A exportação do obras diversas, que atingira 991:000 contos em 1946, reduziu-se para 898:000 contos em 1947, menos 100:000 contos, e para 840:000 contos em 1948.

Pode indicar-se do modo que segue a sua composição, em milhares de contos, nos três últimos anos:

O que mais pesa é a cortiça em obra, que totalizara na exportação 347.000 contos em 1947 e 375:000 em 1946. Doseou para 313:000 em 1948.

A madeiraserra da para caixas manteve, com 111:000 contos o nível da exportação do 1947.

As principais rubricas deste capítulo tiveram os valores seguintes, em milhares do contos: A rápida análise que acaba de fazer-se ao comportamento das exportações em 1948, em relação aos anos anteriores, mostra que a descida foi nas rubricas mais importantes. Os totais mantiveram-se porque foi possível aqui ou além exportar, e episodicamente, produtos, como o azeite e o arroz, para os mercados tradicionais, e ainda porque se enviaram quantidades inesperadas de vinhos comuns para Angola e Moçambique.

Estes produtos, juntamente com as pirites, volfrâmio, pez e outros, ampararam bastante a descida notada nas mercadorias basilares da exportação nacional: os vinhos, aguarraz, cortiças e bordados.

Convém reter esta tendência para o futuro e procurar, dentro das possibilidades nacionais, desenvolver a produção de coisas que possam alcançar melhor mercado fora do País.

Não é fácil em pouco tempo conquistar mercados, e ao mesmo tempo intensificar, internamente, a produção de coisas susceptíveis de serem exportadas.

O problema é simultâneamente um problema de aumento de exportações e de redução no que se importa. Nos dois casos só o acréscimo na produção pode neutralizar os efeitos do déficit da balança, ou, alternativamente, a apreciável redução nos consumos, e, por consequência baixa no nível de vida.

A origem e o destino do eoméreio externo A estrutura geográfica do eoméreio externo, se for considerado apenas o aspecto cambial, não se agravou em relação a 1947, porque foi possível no último semestre transferir parte importante das mercadorias compradas na zona do dólar para certos mercados, embora não todos, em que não houve transferência de ouro, como a zona do esterlino. Não há o propósito agora, nem o tempo nem o espaço o permitem, de traçar uma resenha completa sobre este assunto, que envolve o cálculo da balança de pagamentos com os diversos países europeus e americanos. Contudo, vale a pena dar uma ideia do destino das nossas exportações e da origem das mercadorias importadas, como aliás foi feito com os números provisórios no ano passado. O quadro seguinte indica o estado da nossa balança comercial em 1948, em escudos e em dólares, com a maior parte dos países europeus e americanos:

Déficit em 1948